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Grey’s Anatomy – 9×07 I Was Made For Lovin’ You

Por: em 2 de dezembro de 2012

Grey’s Anatomy – 9×07 I Was Made For Lovin’ You

Por: em

Demorei mais do que o costume a ver esse episódio (não por “querer”, mas por fatores externos) e, bingo! Agora tô arrependido de não ter me esforçado um pouco mais para assistir I was made for lovin’ you antes. Foi, de longe, o melhor episódio da temporada até aqui.  Sei que muita gente saturou de GA, mas apesar das minhas ressalvas, continuo firme e forte e acho que estamos em uma boa leva de episódios. Quando quer, Shonda Rhimes  sabe fazer maravilhas e o que vimos aqui é a prova. E olha que no começo (10 primeiros minutos), eu estava achando a edição e a direção bagunçadas, só jogando mais e mais tramas na tela. Não sei dizer quando nem como o episódio me pegou, só sei que dei por mim e já estava completamente envolvido.

Se dois anos atrás, lá no começo da 7ª temporada, alguém me dissesse que um dia eu me importaria tanto com o Jackson, eu acharia graça. A evolução do personagem é estupenda. Ele sempre se destacou entre os Mercy, mas mesmo depois da chacina, não tinha conquistado seu espaço de direito, como começou a acontecer ano passado e  vem se concretizando agora. O romance com a April funciona não por eles serem os dois remanescentes da fusão, mas por que eles realmente têm química, um se importa com o outro e roteiro conseguiu solidificar o sentimento dos dois com o passar do tempo. Já era visível que ele estava mais envolvido do que com ela e quando a história da possível gravidez começou a aparecer, eu consegui adivinhar quase tudo que viria a seguir.

Errei porque imaginava que, mesmo sem estar grávida, a Kepner iria levar adiante essa história.  Me surpreendi ao vê-la despejando em cima do Jackson que eles não precisavam mais fazer nada e poderiam continuar da mesma forma. Ingenuidade a minha imaginar que a Shonda daria um “final feliz” assim tão rápido, afinal os dois surgiram como casal praticamente ontem. Mas é óbvio que isso ainda não acabou. A cara de cachorro abandonado do Jackson foi de dar pena e junto com o modo como ele defendeu a April para o Karev no final, deixa claro que ele tava gostando dela de verdade e se preferiu terminar, foi por autopreservação, por ter visto que ela continuaria com seus ideais e, no futuro, isso poderia machucá-lo mais.

Outro que eu não ia com a cara (e quem leu meus reviews das duas últimas temporadas sabe) mas que me ganha cada dia mais é o Owen. A história do processo ainda não desceu direito na minha garganta, mas pelo menos fez um sentido maior agora, devido a esses papéis de troca que o Hunt assinou no passado. De qualquer forma, ficou bastante óbvio o motivo de existência dessa trama: Cristina.

Foi um artifício de roteiro usado pra abalar de vez a já abalada relação dos dois. Eu acredito no Owen (e, inclusive, acho isso admirável) quando ele diz que nada vai mudar durante o trabalho por causa do processo, mas no que diz respeito a Yang, eu nem tinha me tocado que a relação seria diferente, já que eles (ainda) estão casados no papel. A assinatura de um divórcio, como ele sugeriu no final, pode mudar os rumos desse processo (e levá-lo a uma eventual demissão) judicial, além de por um fim sólido e real no relacionamento com a Cristina. O bizarro é que ele descreveu exatamente os motivos pelos quais os dois não funcionam juntos: Oposição em excesso, o que sempre vai magoar uma das partes. Esse sempre foi meu argumento contra esse casamento, mas vendo a Cristina tão “mudada” e o Owen tão “quebrado”, eu, hoje, não consigo não torcer pra que eles se acertem logo.

A Bailey jogou a real: Thomas mudou mesmo a Cristina, por mais que ela não admita. Era só vê-la dois minutos com seus internos pra constatar isso. E, talvez, seja exatamente essa mudança que faça com que a relação dela com o Hunt, agora, funcione. O caso que ela, Bailey, Ross e a outra interna cuidaram foi o mais emocionante da temporada  e toda aquela coisa de destino e meant to be foi, mais uma vez, metáfora para o relacionamento da Yang. O título do episódio, em uma análise direta, também faz referência a isso (embora ele, de certa forma, também tenha relação com todas as outras tramas que o episódio desenvolveu).

É tão bom ver a Arizona recuperada e, acima de tudo, bem consigo mesmo. Quando ela caiu na OR, eu tive medo de que o drama todo fosse voltar, até ela começar a rir da cara do Alex (e foi bacana, embora um pouco exagerada, da parte dele toda a organização e medo para o “retorno”). Quero ver a Robbins assim, resolvendo casos, seguindo em frente e dançando com a Sophia. Até porque agora é a Callie que vai precisar do apoio dela, por causa da história com o Derek. Gostei bastante de vê-lo finalmente disposto a mexer na mão, em grande parte por intermédio da Mer e do tumor que el encontrou no cara “saidinho”.

Graças aos meus amigos do twitter, acabei descobrindo sobre a gravidez da Meredith desde quinta, mas tudo bem, no fim das contas esse não foi um detalhe que exatamente estragasse todo o episódio pra mim, pelo contrário. MerDer nunca foi meu casal favorito, mas admito que nessa temporada eles têm me conquistado cada vez mais, especialmente por negarem qualquer clima depressivo e estarem dispostos a seguir em frente, resolvendo todos os problemas juntos. Só espero que a louca da Shonda não apronte nada com o McBaby.

Pra terminar, a melhor citação do episódio:

“Talvez eu acredite nessa coisa de destino. Por que não acreditar?  Sério… Quem não quer mais romance em suas vidas? Talvez só dependa de nós fazer acontecer. Aparecermos e sermos o destino do outro.  Pelo menos, desse jeito, você terá certeza se foram feitos um para o outro… Ou não.”


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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