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O que esperar de 2018

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Grey’s Anatomy – 9×09 Run, Baby, Run

Por: em 15 de dezembro de 2012

Grey’s Anatomy – 9×09 Run, Baby, Run

Por: em

Grey’s Anatomy encerrou 2012 com o que eu considero um dos melhores episódios dessa primeira leva da temporada. A despeito de qualquer problema que eu continue tendo com o modo como o roteiro desse ano está sendo construído, aqui, (quase) tudo funcionou direitinho e mesmo com a quantidade excessiva de tramas comportadas em 40 minutos, acho que nada saiu prejudicado; tudo foi desenvolvido direitinho e, admito, a ansiedade para 2013 existe.

Já fazia um tempo que Chandra Wilson precisava de um espaço para brilhar. Relegada a coadjuvante há algumas temporadas, Bailey carecia de uma história decente e por mais que eu ainda tenha minhas ressalvas com casamento, porque acho que ela funcionaria melhor em uma trama que não envolvesse romantismo, eu adorei como tudo foi conduzido aqui. No começo, torci o nariz por vê-la tão nervosa e quase despreparada, já que não era o primeiro casamento, mas após o desabafo dela com o Richard, eu entendi que o motivo era exatamente esse.

Por mais que muitos temam o desconhecido, eu sempre fui adepto da teoria que aquilo que a gente sabe exatamente como funciona amendrota bem mais e, no caso da Bailey, isso é ainda mais justificável pela experiência que ela tirou da situação e pela bagagem que veio adquirindo com o passar dos anos. Casamento é realmente um passo muito grande e por mais que exista amor de ambas as partes, é preciso mesmo uma reflexão.

Claro que eu não esperava que a Bailey seguisse o conselho bizarro da Callie e fugisse do nada, sem um motivo plausível e aqui eu elogio o modo como o texto do episódio foi construído, do começo ao fim, de modo a colocar em foco a relação da Miranda com o Richard; como eles se importam um com o outro e, no fim do dia, é como se realmente fossem da mesma família, quase pai e filha. Seria bonito vê-los entrando juntos na igreja, mas Grey’s não seria Grey’s sem uma tragédia e Bailey não seria Bailey se deixasse Richard naquela situação, com uma Adele a beira da morte.

Eu acho que o Ben não vai perdoá-la. Não de cara, pelo menos. E talvez não pela situação da Adele, mas  mais pelo que ele ouviu da conversa das meninas na igreja sobre ela estar confusa.

Na contramão, temos Cristina e Owen. Sandra e Kevin estão melhores do que nunca nessa temporada (diria que o melhor plot é o deles) e todas as cobranças e discussões aqui foram maravilhosas. Claro que descobrir pela Meredith que o divórcio tinha sido um impulso judicial abalou a Yang, mas quando ela ficou balançada após ouví-lo confessar que se sente culpado pelo acidente, eu imaginei que eles terminariam voltando mais cedo do que eu imaginava, só não podia conceber que já seria agora. Fiquei com a cara no chão, mas feliz, com a declaração final da Cristina e o beijo. Vamos ver como vai rolar essa história do processo agora.

Gostei muito, mas muito mesmo da Lizzie. Nunca escondi o quanto eu não gosto (ou não gostava, já que nessa temporada, as coisas começaram a mudar) do Derek, mas a irmã, talvez por ser exato o oposto e trazer exatamente aquilo que eu sempre reclamei que faltava nele, me conquistou de cara. Vê-la tendo peito de se impor não apenas a ele, mas a Meredith, foi incrível. E de certa forma, eu não tiro a razão dela em nenhum momento, por mais que eu – talvez – até consiga entender um pouco o lado da Mer. Não sei por quantos episódios a participação da Neve (atriz) vai se estender, inclusive até me surpreendi por a cirurgia já ser feita agora, mas eu definitivamente adoraria ver mais da relação dela com Mer, agora que ela sabe da gravidez.

Poderiam, por exemplo, trocá-la pela Wilson. Se semana passada ela me irritou por ser uma caricatura completa da Izzie (só que piorada), aqui ela me fez ter vontade de fechar o episódio quando teve o ataque de infantilidade de ir falar com a Arizona sobre o Alex. Ele errou? É claro. E por mais que diga que não, pensou com a segunda cabeça ao deixá-la fazer um procedimento sozinha tão cedo. Mas daí a tirá-lo como o lobo mau da história, é outra coisa… Não é como se eles estivessem no ensino médio. Apesar da birra com a situação, quis aplaudir o Alex pelas coisas que ele disse a ela. Agora, o pior do plot: Aquela maneira que o roteiro usou para reaproximar os dois foi tão porca e tão ruim que nem pareceu o mesmo texto dos outros momentos do episódio.

Não pareceu o mesmo roteiro que, por exemplo, conseguiu construir muito bem a luta da Arizona contra seus próprios demônios com a história do sapato. Um detalhe singular, mas que conseguiu emocionar e eu acho que, em grande parte, pelo show que a Sara Ramirez deu, mais uma vez. O desabafo foi rápido, mas forte o suficiente para ser, de longe, a melhor cena do episódio.

O tratamento que vem sendo dado a Jackson e Kepner é uma coisa que tenho me surpreendido. Venho falando disso semana após semana, mas é preciso ressaltar que, aqui, eles acertaram de novo, saindo do drama do rompimento e partindo pra uma “superação” bem humorada. É claro que eles vão voltar logo, mas até lá, até que pode ser divertido vê-los com esses novos “pares”. O Jackson ficou claramente balançado ao ver a Stephanie tão linda. E o Ross é tão atrapalhando quanto a April. Um par e tanto.

Grey’s agora só volta ano que vem. O meu desejo de natal é que esse hiatus faça bem a série e que ela volte com tudo, emocionando daquele jeito que a Shonda sabe fazer. Até agora, considero a temporada instável – gostei bastante do começo, mas entre o 4º e o 5º, acho que as tramas caíram em banho-maria e pouca coisa de interessante (e pra isso não é preciso drama ou tragédia, como a 8ª temporada mostrou) aconteceu.

A todos vocês que me acompanharam aqui nessa primeira metade de 9º ano, boas festas e a gente se vê em 2013 🙂


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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