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Grey’s Anatomy – 9×10 Things We Said Today

Por: em 13 de janeiro de 2013

Grey’s Anatomy – 9×10 Things We Said Today

Por: em

Grey’s Anatomy voltou de um curto hiatus. Sentiram falta? Na verdade, nem deu muito tempo. O episódio foi bom. Instável (como vem sendo a temporada), mas bom. Algumas cenas muito boas, outras histórias dispensáveis e, no meio disso tudo, o lado killer de Shonda Rhimes atacando de novo.

Alguém esperava que a Adele saísse com vida desse episódio? Conhecendo o espírito da Shonda, eu já estava preparado, inclusive até estranhei ao ver funcionarem os procedimentos que a Mer e a Bailey faziam para tentar salvá-la. Claro que depois ficou claro que era tudo uma saída de roteiro para que a Miranda voltasse para a igreja, mas, na hora, aquilo me surpreendeu. Em termos práticos, não consigo ver no que a morte da mulher do Richard pode interferir na estrutura da temporada. Ela já estava afastada há algum tempo, voltou basicamente para morrer, então tirando um ou outro plot que pode cair nas mãos do ex-Chief, não acredito que o acontecimento vá repercutir muito. Meu medo é que o Richard, agora, fique ainda mais deslocado. Desde que o Owen assumiu a chefia, todos as suas tramas se resumiam a Adele (ou a Catherine, mas nem sinal de uma volta dessa), então não sei pra que caminho a história vai levá-lo agora.

A despeito disso, há que ser feita a justiça: Ele foi a melhor coisa desse episódio. James Pickens Jr nunca teve exatamente grandes chances de mostrar sua competência, mas nos poucos momentos em que o roteiro o trouxe pro centro das ações, como aqui, ele deu show. Uma atuação contida, intimista, tudo representado por nuances; uma sobrancelha levantada, uma ruga, um choro silencioso. A confissão dele a Mer no final foi a melhor cena de Things We Said  Today exatamente por ser, quase que em sua totalidade, sustentada nisso.

Pra compensar a previsibilidade da morte da Adele, uma coisa me surpreendeu: Bailey subir ao altar.

Imaginava que, com toda a confusão, ela e Ben se veriam diante dos sentimentos que nutrem um pelo outro e um dos dois (apostava no Ben) chegaria a conclusão que o casamento era uma medida radical. Ainda não sei o que pensar da cerimônia ter se realizado, não consigo imaginar onde isso vai parar, talvez porque eu não goste, na verdade, da ideia de ver a Bailey casada. Talvez seja interessante, mas talvez faça com que a personagem se torne mais coadjuvante cômica ainda. Vamos ter que pagar pra ver.

Não sei dizer em que ponto ou como isso aconteceu, mas Cristina e Owen, hoje, pra mim, protagonizam a melhor trama da temporada, ou pelo menos a que mais me interessa. Já fiz muita campanha contra o casal, mas agora, pela primeira vez, enxergo uma real possibilidade dos dois conseguirem ficar juntos. Essa impressão ficou ainda mais forte quando o Owen enumerou todos os motivos para o casamento deles não ter funcionado da primeira vez. Foi uma cerimônia que nunca devia ter acontecido e, agora, com o divórcio assinado, talvez eles tenham a chance de começar de novo, sem cometerem os mesmos erros do passado.

Callie e Arizona também seguem com uma trama bacana, mas que precisa ganhar um direcionamento logo, antes que  o roteiro se perca dentro da ‘depressão’ da Robbins – que é sim totalmente justificável. Mas deixando o pessimismo de lado, aqui as duas tiveram cenas ótimas, acho que algumas das melhores do episódio. Ver a Arizona se adaptando a nova vida é muito bom depois daquela overdose inicial de drama. Acho, inclusive, que se Grey’s ainda tivesse alguma expressão nas premiações, provavelmente Sara Ramirez levaria algumas estátuas para casa.

Os pontos negativos da semana, mais uma vez, ficam para os internos. Extremamente irritante e ridícula toda a historinha do Alex com a Wilson. Ela, talvez, seja a que me mais irrite dentre todos os novos personagens, com a personalidade parecida com a da Izzie. É óbvio que os dois vão engatar um romance e é óbvio que a Wilson vai virar uma personagem regular na temporada que vem, então tudo que eu queria era que desenvolvessem a história dos dois de um jeito menos chato, embora acredito que seja impossível. É uma pena, porque o Alex é meu personagem favorito e eu tinha esperanças de que finalmente o roteiro abandonasse essa ideia de que ele PRECISA se envolver com alguma mulher e focassem na carreira dele na pediatria. Acho que ainda não vai ser dessa vez.

Ross e Stephanie não são tão irritantes quanto a Wilson, o problema deles, agora, é se meter entre Kepner e Jackson, que vinham sendo um dos grandes prós desse 9º ano até aqui. Tecnicamente, o roteiro vem conduzindo bem o quadrado em si, a história não ficou forçada e no fim das contas pode ser apenas mais um subterfúgio para, no futuro, reaproximar o casal. Meu problema é que, no passado, usaram o mesmo artifício com Mark, Lexie e Alex e, na hora de juntar Slexie de novo, os dois não funcionaram mais tão bem e, a partir de então, ficaram em looping eterno. Não queria ver a mesma coisa acontecer a Jackson e April.

Veja abaixo a promo do episódio de quinta, The End is the Begginning is the End:

PS. Mesmo pequena e fora do contexto central do episódio, foi bonita a cena da Meredith deitando ao lado do Derek.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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