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Grey’s Anatomy – 9×12 Walking on a Dream

Por: em 25 de janeiro de 2013

Grey’s Anatomy – 9×12 Walking on a Dream

Por: em

É um alívio escrever sobre um episódio que gostei muito de uma temporada que não estou gostando tanto.

Quando Walking on a Dream começou com aquele sonho da Arizona e o voice over da Meredith sobre um membro amputado, eu tive medo do roteiro nos transportar de volta ao começo da temporada e o drama repetitivo e chato da Robbins. Por isso, foi bacana ver a série abordando outra vertente do problema e falando sobre a questão da dor do membro fantasma (que eu não sabia que existia e fui pesquisar  após o fim do episódio). Na teoria, é uma coisa que pode soar bizarra, mas não cabe a ninguém julgar o que estas pessoas sofrem. Acho que a Jessica Capshaw  conseguiu captar bem o momento da personagem e entregou sua melhor atuação em muito tempo na série.

Inclusive, vale acrescentar que o plot rendeu uma das cenas mais angustiantes da última temporada: O sonho da Arizona onde no meio da cirurgia ela vê a perna amputada praticamente trucidada e começa a realizar uma amputação própria. Eu acabei me revirando um pouco na cadeira e até franzi os olhos;  o tipo de sentimento que há muito eu não tinha com Grey’s Anatomy. As cenas da real cirurgia e o desespero dela pedindo para que o Alex ‘atacasse’ a prótese também foram muito boas, muito embora eu tenha ficado preocupado com a paciente e achado até um pouco egoísmo da parte dela entrar na O.R sabendo que podia ter uma crise e que eles estavam em avaliação.

A história da supervisão que o Owen contratou também foi interessante e foi uma medida menos radical do que declarar falência ou algo do tipo. A tal da Arlane me irritou, mas como acredito que a função da personagem era exatamente essa, há que se dizer que ela cumpriu o papel. Era óbvio que ela não iria fechar o programa do Alex ou alguma coisa relacionada ao Derek, que a enfrentou, então eu já estava me irritando com o texto criando situações que caminhassem para tal, mas perdoei isso pela virada final, porque, em momento algum, eu esperei que ela sugerisse o fechamento da emergência.

Parando pra analisar agora, faz sentido, porque a April e a Edwards estavam totalmente deslocadas no episódio tentando arrumar o caos de lá e eu não estava acreditando que tanto tempo de tela seria apenas para justificar a Kepner sendo convidada para tomar café com um novo paramédico bonitão.

De qualquer forma, eu acredito que o que essa trama da supervisão trouxe é algo que vai ser trabalhado a longo prazo e que já foi visto na reação da Bailey ao argumento do Derek de que a E.R não poderia ser fechada. É óbvio que, uma hora, a questão da indenização milionária vai recair sobre os ombros de Cristina, Derek, Mer, Callie e Arizona. Eles vão ser olhados diferentes, julgados, até culpados na análise de alguns, acredito eu, quando eles não têm realmente culpa de nada. Acho que essa pode ser uma storyline interessante para a segunda metade da temporada e espero que renda algo.  

A Meredith ganhou um destaque interessante. Foi engraçado vê-la tendo todas as reações hormonais possíveis de uma gravidez e a Ellen deu show. Inclusive, venho gostando bastante (talvez, pela primeira vez, sem ressalvas) da atuação dela nesta temporada. Não sei se o mérito é do roteiro que está lhe dando o destaque adequado sem que ocorra uma saturação ou da atriz mesmo que está extraindo tudo do material que lhe é passado. No fundo, acho que é uma junção dos dois elementos.

A parte chata ficou mesmo pelo trabalho com o Ross. Alguém comentou no texto do Leandro sobre o episódio de semana passada e eu concordo: É irritante o quanto personagem aparece sorrindo a cada 5 minutos. Eu não confio em gente que está feliz o tempo todo, é o tipo que mais me irrita, portanto o Ross só não está a ponto de se tornar o interno que mais detesto porque existe a Wilson e esse posto é dela por direito. Contudo, nessa semana eu não vou falar mal dela porque ela não deu motivos. Começo a achar que o problema é quando a colocam perto do Alex.

O Ross, na contramão, me irritou. Gostei muito do caso que ele, a Mer e a Bailey estavam cuidando (acho que foi meu favorito do episódio), por isso quando o vi destruindo o fígado que poderia salvar a vida da grávida, me doeu na alma. Ainda não consigo acreditar que ele não foi demitido por isso e ainda acho incoerente. Mas quando lembro de tudo que Meredith e Izzie fizeram, fica um pouco mais fácil de aceitar a situação, por mais que a verossimilhança passe longe, acredito eu. Como não sou da área da saúde e não conheço a política de internos, posso estar falando besteira, então, se alguém souber direito como isso funciona, por favor, comente conosco.

A parte mais legal da trama: A ligação com a Meredith ainda relutante em entrar em um avião, o que combina com o plot da Arizona. As duas ainda enfrentavam demônios adquiridos com a queda e não vai ser um cheque milionário que colocará um ponto final nisso.

Curti também o modo como esse tema (a superação de ambas) é o perfeito paradoxo do que está acontecendo no hospital. Elas (+ Callie, Derek e Yang) estão seguindo em frente. Pro Owen e pro resto da galera do hospital, tá só começando e a ‘perda de um membro’ que a Meredith fala na citação final pode também estar relacionado ao possível fechamento da E.R.

Abaixo, a promo de Bad Blood, episódio da semana que vem:


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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