Depois de um começo irregular, parece que a nona temporada de Grey’s Anatomy finalmente encontrou seu caminho. A indenização monstruosa que o SGMW teve que pagar a seus médicos abriu a porta para tramas que, por mais que não sejam a coisa mais empolgante do mundo, ao menos são coerentes e conseguem sustentar os 40 minutos semanais.
Conversando com alguns amigos, já tinha cantado a bola sobre a venda do hospital. Alguém ainda tinha dúvida de que a história chegaria a esse ponto? O rombo financeiro foi gigantesco e por mais bonito e utópico que fosse, não iria dar para engolir que tudo se resolvesse com cortes aqui e ali. Foram 15 milhões pra cada um, não dá nem pra mensurar o quanto de dinheiro isso é… Só Derek & Meredith têm 30 milhões! E é por isso que acho que vai partir deles (ou do Derek) a iniciativa de que os indenizados comprem o hospital. Parece o caminho mais óbvio – e mais coerente – a ser seguido agora.
Uma coisa me deixa com o pé atrás nessa história (e é a longo prazo): Se Meredith e Derek entrarem na compra, não sei como se explicaria uma eventual saída dos dois, caso a série se estenda para além da 10ª temporada (porque eu, particularmente, não acredito que Ellen e Patrick renovem o contrato mais uma vez). Mas como isso é coisa pra discutir ano que vem, melhor deixar quieto por enquanto. Não sei se Cristina, Callie e Arizona vão entrar na história, mas acho que, mesmo que não, talvez só o dinheiro do Derek e da Mer baste. Claro, isso é um chute, porque não entendo nada de economia, valor de mercado, etc.
No momento, minha maior preocupação com o casal diz respeito a gravidez. Tentaram nos dar um susto aqui pra depois nos entregarem momentos bonitos com o baby chutando, mas como essa ainda é uma série de Shonda Rhimes, eu só vou acreditar que vai dar tudo certo quando a criança nascer – e olhe lá. Vai que ela seja roubada de dentro da barriga da Mer. (Fãs de Private Practice irão entender).
O único lado positivo de uma possível complicação na gravidez seria ver a Bailey novamente em uma trama dramática. Não que não seja legal vê-la citando The Hunger Games a todo o momento, porque é, mas é apenas isso: Legal. E sabemos que a Bailey pode ser mais do que isso.
Cristina e Leah sustentaram a principal trama do episódio e a que dá o nome ao mesmo. Demorei um tempo pensando em como falaria sobre a mesma aqui, porque tenho uma opinião um tanto quanto extremática (pelo menos assim considero) sobre religião no geral e não queria levantar uma discussão que fugiria ao tema do episódio. Sendo assim, em resumo, eu concordo 100% com o pensamento da Leah (porque, pelo que deu a entender, o cara foi condicionado àquela religião pela família), mas discordo totalmente da atitude dela, de tentar fazer uma transfusão a força.
A atitude mais sensata foi a da Yang: Respeito acima de tudo – e no tudo, é claro, está totalmente incluso seu juízo de valor. O mais legal da história toda, pra mim, foi ver como a Cristina evoluiu. Acho que se esse caso acontecesse há umas 2 temporadas, arrisco a dizer que ela se colocaria do lado da Leah.
Uma coisa que gostei foi da questão do Big Brother. As novas câmeras instaladas acabaram equilibrando muito bem o clima do episódio, especialmente nesse plot, que era o mais tenso e exigia um cuidado maior. A despeito do desfecho e do meu pensamento, tiro o chapéu pra Shonda por levantar questões tão delicadas e que, ao menos eu, ainda não tinha visto serem levadas ao ar em outro programa.
Nessa semana, consegui gostar da Alana única e exclusivamente por causa do Owen. Que saudade que eu estava de vê-lo no trauma! E por mais legal que o desenvolvimento que o caso dos dois tivesse, ainda tive medo de cairmos em velhos clichês e a Cahill desistir de fechar a E.R depois de ajudar a salvar aquela vida. Não sei o quanto a participação da personagem ainda vai se estender, mas como ela pretende “tornar o hospital atrativo” para possíveis compradores, acho que ainda a veremos até próximo do fim da temporada.
E, pra finalizar, palmas pra Arizona. Gostei de vê-la dando um esporro na mean girl. Por que, além de mostrar que ela já superou totalmente a perda da perna, foi basicamente pra isso que a trama dela, Callie e Alex serviu, não é?
O episódio de semana que vem se chama The Face of Change:
PS. Quote da semana: “Big Brother knows my name.”
Priceless!