É até pecado postar uma review tão atrasada de um episódio tão bom de Grey’s Anatomy.
Poderia passar horas me alongando em explicações, mas como isso não vai mudar nada, vou me resumir dizendo que viagens no feriado bagunçam tudo que você tem pra fazer e só hoje eu consegui assistir ao episódio.
Can’t Fight this Feeling provavelmente foi meu favorito da temporada. Com 10 minutos passados, eu já imaginava que algo do tipo poderia acontecer, pois praticamente todas as tramas que o roteiro se propôs a contar vinham carregadas com um grande teor emocional que a série conseguiu manter aceso até o final do episódio. Eu achava que a história do filho da Sarah Chakle tomaria a dianteira e ganharia mais tempo de tela, mas, no fim das contas, tudo foi bem dividido e talvez tenha sido esse o maior “charme”.
Ver o Owen tão envolvido com uma criança me fez imaginar que cedo ou tarde vão voltar a tocar no assunto “filhos” na relação dele com a Cristina. Eu achei que isso ia acontecer já aqui em uma das últimas cenas dos dois. Esse plot (da família toda acidentada) foi o meu favorito, provavelmente por causa do pequeno garotinho. Era impossível não imaginar o que aconteceria e ficar torcendo para que os pais dele ficassem bem. A cena que mais mexeu comigo foi, sem dúvida, o surto de falta de memória da mãe dele.
Ao mesmo tempo em que eu quero que Owen e Cristina falem em crianças (por ele, porque deu pra ver o quanto ele gosta pelo modo como tratou o Ethan), eu tenho medo dos rumos disso. A Cristina mudou, ele mudou, os dois conseguiram fazer com que o relacionamento funcionasse, mas tenho minhas dúvidas com respeito ao quanto o assunto “filhos” pode interferir nos dois agora.
Outra trama que foi ensaiada, por assim dizer, foi o lance do mapeamento genético. Até falei em textos passados que isso não ficaria em apenas um episódio e que a história de Meredith estava muito feliz, só não imaginei que poderiam unir as duas coisas. Quando ela disse que quer saber se tem Alzheimer, eu fiquei pensando que, talvez, isso é o que muita gente espera e talvez por isso mesmo, a Shonda surpreenda e arrume outro problema pra ela ou pra Zola.
Eu acho que o grande ponto de Cant Fight this Feeling foi exatamente ser um episódio forte, emocionante, especialmente nos casos tratados, mas sem esquecer dos personagens e construindo, por intermédio dos próprios casos, tramas futuras para eles. A história do Parker e da Casey (Aqui vou abrir um parêntese pra dizer que gosto muito da atitude da Sarah de levar a história do filho dela para a TV) serviu para despertar na Mer o medo de não estar ali para a Zola, a da família acidentada mexeu diretamente com Owen e Cristina.
April acabou tendo um destaque duplo. Se viu mexida pela história do marido que perdeu a esposa depois de ter lutado para ficar com ela e pela internação do Matthew. O engraçado é que ambas as situações a reaproximaram do Jackson, ao mesmo tempo em que a aproximaram também do Matthew. Não dá pra chamar bem de triângulo amoroso essa situação dos três porque o Jackson aparentemente está tranquilo com o relacionamento da ex. O Matthew é gente boa, ele e a April combinam em praticamente tudo, mas não tem como ficar do lado dele, porque ela e o Jackson são “meant to be” e eu espero que a Shonda dessa vez não estrague um ótimo casal, como ela fez com Lexie e Mark.
Uma coisa bem interessante foi a maneira como levaram a história de Callie e Arizona. Até hoje elas juntam os cacos que o acidente casou (nada mais natural) e aquela cena da videoconferência foi tão sincera e tão bonita que me faz pensar que a Callie é uma personagem que está na série desde o piloto, porque imaginar Grey’s Anatomy sem ela hoje é impossível.
Outras observações:
– Eu não dou a mínima pra esses internos, então essa competição entre Brooks e Ross é menos interessante do que qualquer coisa que já tenha acontecido na temporada.
– Eu não vou comentar sobre o Alex até ele deixar de ser esse idiota que ele se transformou por causa da Wilson. É incrível como ele sempre se vira do avesso por causa de mulher.
– Voltamos a nossa programação normal e amanhã (ou no máximo no sábado) a review do 9×20 já está no ar.
