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Grey’s Anatomy – 9×20 She’s Killing Me

Por: em 5 de abril de 2013

Grey’s Anatomy – 9×20 She’s Killing Me

Por: em

She’s Killing Me veio para desenhar os rumos que essa reta final da temporada vai tomar. Não foi um episódio tão bom quanto seu antecessor, mas não deixou a série esfriar novamente, depois daquele início morno. A 4 episódios do fim, já é possível começar a fazer uma análise do que foi essa 9ª temporada, as coisas que funcionaram, as que não funcionaram.

O ponto negativo continua sendo os internos, mas nem de longe como antes. Não sei dizer exatamente o que aconteceu, se o roteiro passou a trabalhá-los melhor ou simplesmente me acostumei com a ideia de que eles agora são parte da série, mas de alguma maneira, por mais que eu não dê a mínima para qualquer plot que os envolva, eles não me irritam mais (Tirando a Wilson que eu torço pra que suma da série no fim da temporada). A briguinha particular de egos de Ross e Brooks, por exemplo. Uma boa trama, bem desenvolvida, que felizmente se encerrou antes de cair na chatice (graças a, quem diria, a sensatez do Derek), mas só.

Os demais personagens estarem com ótimas tramas, claro, não ajuda nem um pouco.

Owen ainda não percebeu que está se afeiçoando ao Ethan mais do que deveria. Não é apenas porque os pais dele estão internados, é porque, de certa forma, o garoto representa tudo que o Hunt sonha (e que a Cristina, agora, não pode lhe dar). O desejo dele de ter um filho já está mais do que claro para nós e para os personagens da série há tempos. Ele superou o aborto da Yang, seguiu em frente, os dois decidiram tentar novamente, mas um desejo desse não some facilmente. Não acompanho spoilers, então não sei se o garoto vai continuar na série por mais tempo, mas é o caminho que parece estar sendo desenhado. Fiquei me perguntando se poderiam recorrer ao velho clichê onde os pais do garoto morrem e o Owen tentaria adotá-lo, mas não sei se ele teria coragem de bater de frente com a esposa.

Uma coisa, pra mim, é certa: O Ethan vai deixar marcas. Se a trama não seguir por essa linha, vai abrir as portas para que a discussão sobre filhos venha novamente à tona. Isso fica óbvio quando o roteiro desse mesmo episódio faz questão de retratar que nada mudou, que Cristina não quer ser mãe, ela não tem a menor vocação para isso e não há problema algum nisso tudo. Ela pode até tentar pelo Owen, mas não sei se funcionaria e nem se isso seria válido. Se ela não quer cuidar da Zola e do “feto”, filhos de sua melhor amiga, sua pessoa, por que iria querer cuidar de uma criança orfã ou outra que possa vir a aparecer? Sinto que, mais uma vez, Crowen vai dançar. Temporadas atrás defendi que os dois eram opostos demais para funcionarem juntos e achava que depois de tudo que a Cristina passou, isso pudesse ser superado, mas se a série realmente voltar a trazer esse plot para o casal, não sei se eles vão conseguir se entender.

O medo da Meredith é genuíno e totalmente compreensível. Era bem óbvio que ela teria o gene pro Alzheimer. Shonda Rhimes, com seu humor sempre singular, afirmou semanas atrás em seu twitter que a finale deste nono ano mudaria para sempre a vida de um personagem e eu sou capaz de apostar que será a Mer. Talvez a doença comece a se mostrar e esse seja um dos focos da 10ª temporada (a priori, a última com Ellen Pompeo no elenco) ou o bebê demonstre algum tipo de doença, anomalia genética.

O medo também esteve representado aqui, mesmo que de outro maneira, no Jackson. A vida dele mudou da noite para o dia, com tanta responsabilidade, tanta bajulação, tantas coisas para pensar e decidir. É como o Richard disse, por mais que ele tenha apenas direito a voto no conselho, ele detém O voto, porque é o representante da Harper Avery. E não deve ser nada fácil lidar com isso e com Callie, Cristina, Alex e todo mundo o tempo inteiro tentando convencê-lo do que é melhor.

O lance dos médicos da Síria que tinham que aprender a fazer cirurgias com poucas condições, além de lembrar do saudoso clássico trash que era Off the Map, influenciou diretamente na história da April. Me afeiçoei a personagem, não sei explicar exatamente quando e já estava na hora da série encerrar essa história com o Matthew. O paramédico é um personagem bacana, bonito e com tudo que a April sonhou a vida inteira, mas um relacionamento que começa baseado em uma mentira, não tinha chance alguma de funcionar. Eu vi alguns comentários criticando o Matthew, achando que ele foi egoísta e teve uma reação exagerada, mas eu acho que o lance aqui é bem maior do que a April ser ou não virgem, é o fato dela ter mentido sobre algo que, pra ele, significava tanto.

E é exatamente por isso que, por mais que eles se completassem, jamais funcionariam juntos. A April precisa de alguém que a aceite como ela é, sem julgamentos e sem meias verdades (o que o Matthew não conseguiria mais fazer ao saber a verdade) e essa pessoa, no momento, é o Jackson.

Finalmente vamos ver a Bailey em uma trama dramática. Eu imaginei que a infecção estava vindo dela lá pros 30 minutos de episódio, quando a terceira vítima foi detectada – e porque se fosse realmente algum dos internos, o plot não tomaria a dimensão que estava tomando, porque, honestamente, quem liga pra qualquer um deles? Sou um leigo em medicina e em direito então eu não faço a menor ideia que rumos essa história vai tomar, mas pelas caras do Owen e do Jackson no final, não vai ser nada de bom.

Grey’s entrou novamente em hiatus e volta dia 25/04, para exibir os 4 últimos episódios da temporada sem pausa, com o season finale no dia 16 de maio. Até lá!

 


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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