Hawaii Five-0 segue numa regularidade impressionante pra essa fall season. Até aqui, tivemos 10 episódios excelentes, redondos, com um balanço entre ação/drama e com ‘casos do dia’ realmente interessantes. Por mais que a solução seja, em algumas vezes, clichê, o modo como a série chega até ela torna tudo muito interessante. Mas sem dúvida, o maior atrativo se encontra em seus personagens. Hawaii Five-0 já conseguiu desenvolvê-los de maneira exemplar, de modo que já é possível sentí-los como amigos. Dessa maneira, torna-se muito mais fácil curtir todo o desenrolar dos episódios, mesmo que eles não apresentem – ainda – uma continuidade. Juro que isso não me incomoda, até porque eu ando gostando muito dos casos, mas quando a série tira um pouco do seu tempo para o desenvolvimento pessoal de seus heróis, como nesse episódio, eu fico muito feliz.
E a tal ex-esposa má do Danny nem é tão má assim! Na verdade, eu adorei a Rachel. Pelo que o Danny falou dela nos episódios anteriores, eu imaginei que ela fosse ser uma personagem completamente odiável. Ela é uma ótima pessoa, muito simpática e que parece se importar muito com o Danny ainda. Quando ele e o Steve chegaram na casa dela, eu achei – por um rápido momento – que ela poderia estar envolvida com a quadrilha que eles estavam procurando, mas foi uma impressão inicial que logo passou.
Obviamente, alguma coisa ainda existe entre eles dois. Se separaram porque a Rachel não aguentou a vida de policial do Danny e não por falta de amor ou coisa parecida. Fantástico o modo como a série inseriu a personagem e ainda fez com que ela fosse útil no caso da semana, tornando assim mais fácil a empatia. Preciso elogiar, também, o modo como os diretores conseguem criar uma clima de suspense tão grande. Quando o Danny estava na casa dos bandidos e os mesmos chegaram, todos os meus nervos congelaram automaticamente. Ainda bem que a Rachel estava lá para improvisar alguma coisa.
E vamos combinar, foi bem bonita a conversa final deles. Quem imaginaria que uma mulher elegante como ela bateria de propósito no carro de um policial só para ter oportunidade de conhecê-lo? Tá mais do que claro que o sentimento não morreu (o olhar dela pela janela quando ele estava indo embora disse tudo!) e eu espero que a personagem apareça mais. Aposto que isso vai acontecer e que rola uma recaída. A Grace vai adorar (e eu também, admito). As cenas do Danno com a filha também foram ótimas e ele usando o laptop dela também.
O caso da semana não foi nada menos que eletrizante e curioso. Já fiquei tenso desde o começo, quando o cara foi baleado na van. Toda a coisa dos sangues foi intrigante demais e o modo como os outros pontos foram se juntando… O plano de levar várias pessoas para um só lugar, o esquema armado na hora do triatlo. Muito, muito bom. É isso que diferencia Hawaii das outras séries de caso-da-semana (coisa que eu, sinceramente, sempre deixei de lado): A construção de suas tramas, que até aqui não decepcionou em nenhum momento e sempre me deixou ligado.
É estranho ficar ansioso para o próximo episódio, já que não tem nenhuma trama continuando, mas é assim que eu me sinto sempre que acabo de assistir a série. Só me resta desejar que ela tenha vida longa. Porque ouvir aquela viciante e impregnante música de abertura é, facilmente, um dos pontos altos da minha semana.
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PS: Adorei a perseguição final aos ladrões, com cada um da H5-0 indo para um canto. Cena de filme bem feito.