Bom, os reviews de Hawaii Five-0 estavam mais do que atrasados aqui no blog, então não vamos perder tempo e comentar mais esses dois episódios que a série nos trouxe. Cada um foi bom ao seu modo, trouxeram casos da semana e ainda acrescentaram uma coisa aqui e outra ali no desenvolvimento dos personagens, que vem sendo um dos grandes trunfos da série hoje em dia.
Loa Aloha, por exemplo, me confirmou o que eu já imaginava há episódios atrás: Como personagem, o Danny tá rendendo bem mais que o Steve, que é o protagonista da história. Acredito que boa parte do destaque do Danny se deve a excelente atuação do Scott Caan, que conseguiu fazer do personagem um coadjuvante com diferencial. O detetive é um misto de comédia e drama, sabendo fazer as duas coisas de uma ótima maneira. Um detalhe que me chamou atenção nesse episódio em específico é um possível flashback dele com a Rachel. Os olhares trocados, o modo como ela mostrou que o conhece e tudo o mais.
Foi muito bem sacada toda a história envolvendo o irmão dele. Quando o Matthew apareceu no começo do episódio, eu logo imaginei que ele teria algum tipo de ligação com uma das tramas do episódio. Acho que depois de tantos episódios, já é fácil entender mais ou menos a dinâmica que a série segue. Um mérito que eu acredito que mereça ser citado é como Hawaii Five-0 conseguiu construir a relação dos dois em poucos minutos, para que não soasse forçada. Isso foi essencial para que todo o desfecho da história fosse ainda mais poderoso. Eu podia jurar que o Danny ia atirar no irmão e impedir que ele enfrentasse a lei pelo golpe que deu, mas no final, o amor fraternal acabou falando mais alto.
Paralelamente, a série desenvolveu um outro caso, esse bem perturbador. Aliás, vou abrir aqui um parêntese pra dizer o quanto eu gosto de quando H50 usa esse artifício de 2 casos por episódio. Dá uma dinâmica maior ao capítulo, torna tudo mais ágil e mostra o potencial pra fazer boas tramas policiais que ela tem. A abertura da história foi de arrepiar, com a garota despencando depois do pai receber aquela ligação sinistra.
Particularmente, eu senti até um pouco de medo. Aquela voz ameaçadora do outro lado da linha, o modo como as mortes foram acontecendo e o desespero que se aplicava as famílias (olha o tema aí de novo!) foi angustiante e me senti vendo algum tipo de terror psicológico. Tenho que dar meus parabéns pra equipe de roteiristas por conseguir arquitetar um caso tão bom e ao mesmo tempo tão arrepiante. Tive medo de que a resolução não fizesse sentido, mas fez até mais do que eu imaginava. O cara culpava as pessoas por terem lhe tirado seu filho. Para ele, era óbvio que elas também deveriam sentir essa dor. Doentio. Só isso.
Já Na Me’e Laua Na Paio, veio com uma proposta diferente: Contar um caso da semana ao mesmo tempo em que desenvolve um pouco mais da trama central da série, que finalmente apareceu. Confesso que eu já estava me perguntando onde ela estava, porque por mais que as façanhas policiais de Steve e cia sejam interessantes, não dá pra apostar somente nelas pra manter o interesse. É preciso também seguir um pouco o estilo serializado. Mesmo assim, o episódio (embora tenha sido bom, como eu disse), ficou abaixo do nível de muitos outros da temporada. Deve ter sido o mais fraco em muito tempo.
O problema de tudo foi o caso, que acabou se mostrando chato. E pior: arrastado. As pistas que surgiam não empolgavam; muito pelo contrário. Acabaram transformando tudo em uma colcha de retalhos onde chegou a um ponto em que eu não entendia mais muita coisa. Como nerd que sou, até me animei com o começo do episódio e a Comic-Con. Tava torcendo muito pra que o caso fosse resolvido por lá mesmo, mas isso acabou ficando em sonho. Quem sabe mais adiante, né?
O capítulo valeu pelo aprofundamento maior na trama do Wo Fat. A cena final com ele ficando cara a cara com o Steve, que agora já sabe que ele é responsável pela morte do seu pai, foi sensacional. Juro que fiquei tremendo aqui imaginando o que iria acontecer a seguir. O roteiro foi extremamente bem cuidadoso e os diálogos que os dois trocaram foram na medida exata. O começo de uma rivalidade pincelado de maneira excelente. Quero muito ver os próximos passos dessa trama, embora eu tenha quase certeza que tal desenvolvimento só vai chegar mesmo na season finale.
E, claro, não posso deixar de comentar a presença de Jenna, nova personagem da série e que tem muito em comum com o Steve. Mais alguém aposta em um possível romance entre os dois? Tenho quase certeza que rola algo. Os dois foram afetados pelo Wo Fat e querem vingança. Trabalhando juntos nisso, com certeza a química vai se mostrar presente. É esperar pra ver se o casal vinga ou se é tudo uma invenção maluca da minha cabeça.
Faltam poucos episódios pra season finale e minha torcida é que, nos próximos episódios, possamos adentrar mais ainda na trama de Steve e Wo Fat, porque isso promete coisa boa. Até lá.
