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Homeland – 2×02 Beirut is Back

Por: em 10 de outubro de 2012

Homeland – 2×02 Beirut is Back

Por: em

Tensão. Choque. Ansiedade. Esses são uns dos sentimentos que podem ser descritos após a exibição desse episódio. Beirut is Back trouxe o que Homeland sabe fazer de melhor: nos fazer refletir. É isso mesmo! É impossível assistir a um tema tão delicado e complicado se desenrolando na nossa frente, e não se perguntar de que lado você estaria – ou está. Os nomes podem ser fictícios, como um aviso de um ditado popular: Qualquer semelhança é mera coincidência. Só que nesse caso não é. A guerra é real e dá pra sentir. Estou escrevendo apenas o 2º episódio da temporada, mas fico com a sensação de que em uma questão, vou estar sempre batendo na mesa tecla. A atuação de Claire Danes. Os Emmys e Golden Globes  não serão suficientes para descrever o que ela é capaz de passar da tela para o telespectador. É fantástico! Palpável, admirável. Não consigo imaginar outra atriz capaz de carregar o papel de Carrie, e agradeço imensamente por essa escolha.

Aquele sorriso da semana passada – comentado e adorado por todos -, mostrou que nossa ex-agente estava em um território no qual se sente confortável. A luta para proteger seu país e a busca por Abu Nazir. Só que um fator ainda é extremamente importante, já que a personagem está em processo de recuperação. Não foi somente a doença que a afetou, mas o “erro” em relação a Brody tirou uma parte da sua confiança – o que é essencial para alguém que muitas vezes tem que se basear em informações de terceiros. Quando Fatima Ali informa que seu marido irá se encontra com Nazir no centro de Beirut, como Carrie eu apostei todas as minhas fichas. Restabelecer a credibilidade e senso crítico da personagem é um ponto essencial para trama a partir de agora.

O ataque de pânico foi desesperador, e me causou realmente uma sensação de mal estar. Como lidar com o peso de salvar o seu país de um terrorista, quando nem você mesma confia em seus pensamentos? Você pode dizer: – Eu imagino o que você está sentindo-, sem tem a menor ideia do que isso significa. E é exatamente esse tipo de relação que o público acaba nutrindo com a Carrie. Me sinto como uma encorajadora a distância, que teima em sussurrar palavras de apoio para uma tela, imaginando que ela terá o necessário para continuar. A descarga de adrenalina ao vê-la correndo do carro para buscar alguns papéis e arriscando a própria vida – e a dos outros também -, foi tudo o que eu espero da série. Aguenta coração!

Só que Carrie não seria Carrie, sem Brody. Cada vez mais vemos ele diante de uma sinuca de bico, e esse dilema moral- no qual ele se encontra-, tornou-se uma das minhas partes favoritas da história. Tentar imaginar o que a trama propõe, pode nos deixar de cabelos em pé. Simplesmente por que é muito difícil se colocar nessa situação, só que é muito fácil entender suas dúvidas. E é ai que está o ponto chave, e talvez o mérito da série. O certo e o errado são relativos, não é assim que se começa uma guerra?

                           Se quer mesmo ajudar os veteranos, mate todos nessa sala.

O conflito ainda é interno, já que Brody não pensa duas vezes antes de avisar Abu Nazir sobre a tentativa de captura/assassinato. A cena chegou a lembrar um pouco a da temporada passada, onde ele quase explodiu todo mundo. O nervosismos que ele passa é somente por medo de ser pego ou por estar fazendo algo que ainda considera moralmente errado? Não sei se vocês saberão definir, mas acho que é um pouco dos dois. Cercado por um monte de políticos, que não estão nem um pouco interessados nos israelenses, iranianos ou árabes mortos, sua devoção pelo líder da Al-Qaeda não me parece tão absurda. Aquele homem o acolheu de alguma forma, e o seu país desistiu de você. Dá pra entender muito bem as questões com as quais o Sargento Brody tem que lidar.

Já não bastasse tudo isso, Brody começa a ser bombardeado com questionamentos de seus amigos fuzileiros sobre a morte de Walker. Engraçado que eu estava me questionando sobre o sumiço do Mike, e ele parece para colocar mais pilha em cima de nosso possível terrorista. Faz sentido que essa parte da história não desapareça, já que ela é essencial no rumo da trama. Só que o futuro vice-presidente dos Estados Unidos precisa aprender a se controlar um pouquinho melhor, e tentar não entregar tanto seu nervosismo ao falar do amigo ” traidor”. Homeland é a série onde bêbados e bipolares não são levados a sério, mas sempre estão no caminho certo.

Dana mais uma vez me agradou. Apesar de não tê-la visto destilando seu ódio – tirando o dedo do meio gentilmente revelado-, continuando a achando incrível. Ficou muito óbvio que o filho do candidato a presidência do país será seu amigo e possível interesse amoroso, e que os segredos do seu pai não ficarão trancado por muito tempo. Seu irmão está sendo rejeitado ou é só impressão minha?

Claro que isso se deve as novas atividades da Jéssica. Se sentindo a nova Jacqueline Onassis, ela não tem perdido tempo na hora de manter as relações com a alta sociedade. Quem imaginaria que aquela dona-de-casa que saia com o melhor amigo do marido supostamente morto, daria uma boa socialite? Essa amostra de poder, vai fazer com que ela queira ir até a últimas consequências para manter esse padrão de vida, o que vai totalmente contra a tudo com que Brody tem lutado.

Até esse momento do episódio, tudo estava quase perfeito. Mas quando Saul encontra aquele cartão de memória no forro da bolsa que Carrie “pegou” na casa de Fatima Ali, meu coração pulou. A gravação com a confissão do Sargento Brody foi descoberta, e tudo que eu pensei foi – O que vão fazer agora? Readmitir Carrie na CIA? Entregar o suposto terrorista? Como vão continuar a partir dessa revelação? A minha cabeça continua girando, e só consigo pensar que domingo que vem está longe demais.

ps: David Estes e Jéssica, poderiam fazer um casal. #Intragáveis

Empolgados como eu? Ansiosa pelos comentários e até a próxima semana.


Priscilla Evans

Campinas / SP

Série Favorita: Friends

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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