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Homeland – 2×03 State of Independence

Por: em 17 de outubro de 2012

Homeland – 2×03 State of Independence

Por: em

Fica difícil escrever sobre Homeland sem me tornar repetitiva. Sinto que de alguma forma, vou sempre estar apontado os mesmos pontos, e isso pode ser muito chato pra quem lê essa review. O problema é que estamos diante de uma das melhores, se não a melhor série da atualidade, e todas as semanas somos presenteados com episódios primorosos. Seja na desenvoltura da história ou nas grandes atuações – e já não me refiro somente a Claire Danes -, essa trama elevou em muito o nível, e alcança-la com certeza será uma tarefa quase impossível.
Nunca torci tanto para que um domingo chegasse ao fim, e isso é algo quase inimaginável. Como todos que acompanham essa série, eu queria saber o que aconteceria após a descoberta do vídeo. Era impossível não se entregar a tensão, já que aquele momento era algo que só imaginávamos que aconteceria no series finale. Só que a história não se amedrontou e continuou mostrando que o the end está longe de acontecer. Durante os primeiros minutos do episódio, prendi a respiração, e achei que seria daquela forma que a confissão se perderia por toda a eternidade. Ao confiscarem a mala de Saul em busca de algo específico, me perdoem, mas entretida com tudo, eu nem cheguei a cogitar a chance de nosso agente ter sido mais esperto que todos. Só que ele foi, e sendo assim, comecei a temer por ele.

Mas pra segurar o suspense mais um pouco, Saul voltou a aparecer somente nos minutos finais, e isso é assunto pra daqui a pouco. Enquanto ele voava de Beirute para os Estados Unidos, Carrie continuava prestando seus serviços como uma boa cidadã que é. Depois de arriscar sua vida- sem garantia nenhuma -, apenas com a intenção de continuar tentando salvar seu país de um terrorista, imaginar que teria o emprego de volta, não é assim tão absurdo. Ou é? Só que Estes apesar de agradecido, não confia em alguém que criou uma teoria, que transformava um herói de guerra em terrorista. Mesmo não tendo nenhuma empatia com ele, talvez suas atitudes não sejam assim tão sem fundamento. Se você tem um funcionário com histórico tão comprometedor com o da Carrie,  afasta-lo é o minimo a ser feito. O que acaba irritando na verdade, é vê-lo a usando para obter o que precisa, e depois a descartando como se não lhe devesse nada. Sei que não vai acontecer por enquanto, mas adoraria ver sua cara ao descobrir que Carrie sempre esteve certa.

Ainda não conheci ninguém que não torça pela Carrie, e existe um motivo. A doença a torna alguém real, e acredito que como eu, muitos esperam que os personagens passem longe daquele padrão perfeito de filmes hollywoodianos. E todas as facetas da bipolaridade são desenvolvidas perfeitamente diante dos nossos olhos. As crises de euforia, seguidas por momento de depressão extrema são caracteristicas do transtorno, e ficamos sem saber o que virá depois. Esse episódio apostou em 6 minutos – sim, eu contei -, sem nenhum diálogo. Era somente o som ambiente e a angustia que só Claire Danes é capaz de nos fazer sentir. Como qualquer tratamento, o momento da suposta melhora é quando a situação se torna critica, e Carrie se entregou – pelo menos por alguns minutos. Durante todas as cenas em seu apartamento eu não pisquei, pois tive medo de perder qualquer detalhe daquela atuação. Foi maravilhosa e emocionante – como sempre-, e bati palmas sozinha para mostrar meu reconhecimento.

Quando Saul apareceu no finalzinho, para mostrar aquela prova irrefutável da “culpa” de Brody, a cara de Carrie com certeza era reflexo da expressão de todos nós telespectadores. Quero que a trama percorra um longo caminho, mas espero que a nossa protagonista recupere seu emprego, e volte a ficar na cola do ex-fuzileiro. Acredito que a confissão não vai parar na mão da CIA tão cedo, mas o que vai acontecer? Campanha queremos Homeland todo dia JÁ! 

Nick Brody continua tão complexo como Carrie, e isso é ótimo. Suas atitudes abrem margem para tantas discussões e suposições, que vemos o personagem ainda totalmente indefinido. Ele pode ser rotulado como terrorista por ter se aliado a Abu Nazir, mas ainda sim ficamos em cima de uma corda bamba quando trata-se de dizer se ele ele é bom ou ruim. Em sua confissão naquele vídeo, ele deixa claro que tomou sua decisão sozinho, já que após a morte de Issa, e a atitude do governo americano em relação ao atentado, ele queria livrar seu país de um problema interno. A relação que ele criou com aquela criança, fez com que ele enxergasse que toda guerra tem dois lados – o que não parece muito lógico para o Vice-Presidente do país.Como fuzileiro ele já era um assassino, só que agora ele tem um motivo no qual acredita ser o correto. O que deixa tudo um pouco mais complicado, é tentar entender o que faz Brody temer tanto. Apesar do pavor, aquela tentativa de explodir a sala não parecia ser algo do qual ele duvidava. E agora tudo parece mais sofrido e questionável, e não dá pra prever quais serão seus próximos passos.

Roya pediu para que Nick buscasse o alfaiate – aquele que preparou o colete-bomba na 1ª temporada-, pois as agências de inteligência americana tinham chegado próximos de uma conexão. Isso revela que aqueles documentos que Carrie sorrupiou, valem mais do que imaginamos. Temendo por ele próprio, Brody faz de tudo pra provar para Bassel que é uma ajuda amiga, só que fica meio difícil de acreditar quando você é um aliado do lider da Al-Qaeda. Sua desconfiança era totalmente aceitável, e sua fuga meio previsísvel. Adoro o fato da seríe conseguir fazer com que uma simples troca de pneu, se torne uma sequência tensa e dramática. A cada minuto que passava, eu imaginava que ele tentaria matar Brody – com a chave de roda, com a pedra, ou com as próprias mãos. Como o azar estava ao seu lado, Bassel não só não feriu seu salvador, como também “causou” sua morte no estilo filme de terror trash.

Morrer ele ia mesmo, mas quando Brody quebrou seu pescoço – mais por medo de ser descoberto pela esposa, do que para acabar com o sofrimento -, nós vemos o lado mais sombrio do personagem. Alias, todas as cenas posteriores, com ele cavando e se lavando, só com o som ambiente e a atuação incrível de Damian Lewis foram sensacionais. A maior luta que Nick tem que travar é com a sua própria consciência, e ela pode selar o seu fim. Dando a mínima para o tal evento dos soldados feridos, o trabalho sobrou para Jessíca.

Podem falar que a situação faz o ladrão, mas Jéssica está adorando sua nova vida. Até entendo que não seja fácil descobrir que seu marido na verdade não morreu, e que depois de 8 anos sem noticias, ele estava voltando pra casa. Imaginar se adaptar uma situação dessas, depois que você já seguiu com sua vida, é muito complicado. Só que esse mundo de glamour e grandes eventos mexeu com ela e isso é inegável. Seu discurso de substituta foi cheio de emoção, e eu já vi o Vice-Presidente com os olhos brilhando e a imaginando na politica.

Gosto muito da interação dela com Mike, por que fica visível o sentimento que rola por ali, e claro, aquela boa tensão sexual. Melhor ainda foi vê-la tomando uma posição em relação ao casamento, sem medo do que ela possa perder em consequência. O Brody esconde alguma coisa? Ah vá!  Não duvido que ele tente se reconciliar, e tentar um novo comportamento, já que um político com o casamento fracassado nunca é visto com bons olhos.

Não chegamos nem a metade da temporada, e muita coisa já aconteceu. Agora resta saber qual é objetivo a longo prazo, e se Homeland nunca cairá de rendimento.

ps: Citaram a caneca que Nick ganhou, mas Chris Brody foi realmente abduzido. Até Xande aparece mais do que ele!

Gostaram do episódio? E quais são suas teorias? Aguardo todas as observações aqui embaixo.

até!


Priscilla Evans

Campinas / SP

Série Favorita: Friends

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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