Após um breve hiato temos House novamente no ar. O episódio desta semana teve a participação de Jack Coleman, que recentemente também este em The Mentalist, como um chefe de campanha política com uma doença misteriosa. Já deu para perceber que seria um bom episódio, já que House e política sempre vai render bons momentos.

Eu estava um pouco temerosa com a adição ao elenco de Amber Tamblyn, mais conhecida entre nós pela série Joan of Arcadia. Meu receio era porque ela não parecia “combinar” com o restante do grupo. Não sei explicar de forma coerente isto, apenas era uma impressão não muito boa sobre ela juntar-se ao grupo.

Mordo a língua. Gostei do personagem: Martha Masters, uma estudante de medicina com um QI altíssimo, que terminou o ensino médio aos 15 anos, que já estudou matemática aplicada e história da arte. Como ela foi imposta por Cuddy,  já que a equipe estava desfalcada desde a saída de Treze, House a aceita de má vontade. Tivemos reações diferentes entre o restante da equipe: Taub a hostilizou quase imediatamente, Foremann meio que a apóia porque notou a reação de Taub, e Chase me pareceu um tanto indiferente, só reagindo ao ser incitado a azucrinar o primeiro.

Foi estranho ver um Foreman relaxado, divertindo-se em pegar no pé do colega, sendo debochado e irônico. Ele é sempre tão fechado, numa tentativa de se impor sobre os demais, que esta outra face o tornou um personagem mais interessante. Acho que ele se encaixaria como o “chato”, segundo a apresentação de House: chato, pegador e pequeno, sem definir quem era quem.

Adorei as discussões com a novata, já que com sua crença absoluta na ética oferece um contraponto interessante ao cinismo de House. Algumas frases memoráveis foram ditas neste episódio, como por exemplo quando ele apresenta Martha a equipe faz um monte de perguntas aleatórias para ela, definindo-a como “a internet com seios”.

Finalmente Wilson reassumiu seu papel de grilo falante de House, tentando-o fazer entender que a mentir para Cuddy não é uma boa idéia, mesmo que esta mentira seja profissional e não pessoal. Afinal, ainda é mentira. Sentia falta desta interação entre eles, que têm uma química fabulosa em cena.

O episódio passou a ser meu favorito até aqui desta temporada. O desenrolar do relacionamento do médico e de Martha parece muito promissor, pois pra quem acha que todo mundo mente ela é um desafio e tanto. Acredito que ele não vai desistir até vê-la mentindo para um paciente, e isto será divertido de acompanhar. Também será interessante ver como Cuddy vai agir após descobrir que foi enganada por House para aceitar que o tratamento experimental e de alto risco fosse aplicado ao paciente. Ela não gostou nada e pareceu muito decepcionada. E decepção é sempre pior que raiva, mais difícil de consertar.

Destaques do episódio: Taub intimidado pela estudante, questionando sua participação; debates de House e Martha; jogo de basquete entre Foreman e Taub; Foreman e Chase pegando no pé de Taub até descobrir o motivo de sua rejeição a garota; a discussão entre House e Cuddy sobre o tratamento; Martha chamando Cuddy de covarde; as diversas demissões e recontratações da jovem; o trio de médicos presos por invasão, tendo que passar um tempo na cadeia; a descoberta de como o paciente contraiu sua doença; a forma acidental como Cuddy descobriu que a mentira armada por House.

Que venha o próximo!