Fiquei confusa nos primeiros minutos do episódio, Lost retornou? O navio de Richard entrou em cena? Foi um inicio diferente, trazendo de volta uma doença dada como extinta no mundo. Tirando a piada óbvia com Lost, logo se tornou claro que se tratava de um navio negreiro e todos sabemos o quão insalubres estes navios podiam ser, com mínimas condições de higiene e saúde.
Duzentos anos após seu naufrágio, o navio ainda causa desgraças, como a contaminação de uma garota de 16 anos, possivelmente com varíola, o que precipitou o isolamento do hospital. Foi interessante ver a equipe sem poder ter contato com a paciente após o Centro de Controle de Doenças passar a conduzir o caso. A mecânica do diagnóstico precisou ser alterada, devido ao isolamento. Difícil não lembrar do ótimo filme Epidemia ao ver as herméticas roupas laranjas, ainda mais com House possivelmente contaminado. Tão Epidemia… A engenhosidade do médico é sempre surpreendente, ou alguém esperava a tradutora que House arrumou para o diário de bordo do capitão do navio holandês? Uma prostituta holandesa virtual! Muito surreal, até para ele.
O que pudemos observar claramente no episódio é que o relacionamento entre House e Cuddy terá que sofrer muitas adaptações para poder dar certo. Ele é egoísta, mas isto não é novidade, entretanto Cuddy também não está conseguindo separar o pessoal do profissional. Já perdi a conta de quantas vezes House mentiu para ela e sempre foi perdoado já que era para o bem do paciente. Ela ficava zangada, magoada, mas entendia. Só que agora ela misturou um pouco as estações. Não dava para achar que ele mudaria de uma hora para outra só porque estão namorando. Nem quando ele se esforçava para conquistá-la e roubá-la de Lucas (sumiu completamente) tornou-se um “bom moço”. Vamos ver como este relacionamento vai evoluir, torço muito pelos dois.
Outra coisa que gostei bastante neste episódio foi Wilson ter uma trama mais elaborada. A garotinha com câncer que precisava ser convencida a realizar o tratamento sem seu bichinho de pelúcia de estimação foi comovente e irritante ao mesmo tempo, e os esforços do casal para convencê-la foram desastrosos e esforçados. Mostrou um pouco mais do relacionamento de Wilson e Sam, e me surpreendeu a sugestão do simpático médico de se tornarem pais.
Foi um excelente episódio, porém sinto falta de mais ação por parte da equipe. Gosto de Martha, mas não gostaria de vê-la ofuscar Chato, Pegador e Pequeno. Foi divertido ver os os subterfúgios utilizados por Dr. House para passar ordens, nada éticas, aos meninos da equipe tentando evitar que a garota soubesse de seus planos, porém não pode se tornar algo usual. Quanto a House e Cuddy, ambos terão que fazer concessões e não tenho certeza de que estejam preparados para isto. Alem disto, quero ver a cara do Dr. Rabugento quando seu Grilo falante falar que decidiu ser pai.
Que venha o próximo!
