Em “Remorse”, tivemos uma das melhores pacientes que House já viu. Valerie era uma mulher que sofria de uma variação de um disturbio conhecido como psicopatia – ela entendia o significado das emoções, porém não conseguia senti-las. Sempre achei o tema fascinante e foi bem interessante vê-lo retratado na série. Gostei das implicações que Valerie trouxe aos personagens; a ameaça que ela representou para Thirteen e a comparação que foi feita entre ela e House. E que atriz maravilhosa que interpretou a Valerie!
Apesar do House de antigamente – cheio de sarcasmo e de insultos para mascarar seus sentimentos – funcionar perfeitamente, eu senti falta de ver o progresso na transformação do médico. A terapia o mandou procurar alguém que ele tivesse magoado no passado para pedir desculpas e tentar compensar seus erros. Ele foi atrás de um colega de faculdade de quem tinha roubado um trabalho.
Claro, porque apesar de ainda estar em tratamento, ele muda gradualmente e fazer as pazes com um sujeito que ele não vê há anos e que não tem qualquer peso em sua vida parece muito fácil. Ele ainda deixa de lado quem realmente importa; pra ele, essa pessoa seria Cuddy. Ela parece feliz, tem outra vida, me aparentemente, House meio que desistiu dela. Ele ainda não se acha bom o suficiente. Mas será que ele é capaz de sentir remorso verdadeiramente? Eu creio que o remorso está intimamente ligado a culpa e House sente os dois, por isso que pra ele é tão difícil voltar atrás e se desculpar.
No último episódio, Moving the Chains, finalmente conhecemos Marcus, o irmão de Foreman que já tinha sido mencionado várias vezes no decorrer da série. Eu gostei muito do episódio, foi interessante ver House dentro da sala de diagnóstico com os outros médicos depois de algum tempo.
Confesso que senti raiva de House quando ele mencionou a mãe de Foreman. Ela morreu há apenas três meses e se ele não contou a ninguém sobre o fato, nem a Thirteen, com quem ele recentemente fez as pazes, é porque ainda é muito doloroso falar do assunto. Ele nem conseguiu discursar no funeral da mãe, pois acha que mesmo tendo vivido apenas para não desapontá-la, pois de algum modo ele se sente responsável pelos problemas do irmão, ainda não foi bom o suficiente. Foi bom conhecer mais sobre Eric Foreman e compreender algumas de suas atitudes. Apesar de ter boas intenções e querer aproximar os irmãos, House sempre escolhe os caminhos mais difíceis. É aí que me questiono se ele realmente sente do mesmo jeito que as pessoas “normais”. Foi ótimo ver os irmãos se reconciliando no final e o Foreman pedindo para que Marcus não prometesse nada.
Também gostei muito da trama do soldado que não queria voltar pra guerra. Ele queria ficar pra ver o filho crescer e pra isso ele precisava que um médico atestasse que ele era inapto. House não quis ajudar o garoto e o empurrou ao extremo pra ver até onde aguentava ir e se ele realmente estava disposto a fazer sacrifícios pela sua família. Primeiro foi o dedo. Depois o pé. O garoto perdeu o pé pra não correr o risco de perder a família e House ficou surpreso. Foi remorso o que vi nos olhos dele?
Demorou pra eu acreditar que House e Wilson não estavam pregando peças um no outro. Eu adoro essa coisa Watson/Sherlock que eles tem, como eles estão sempre se provocando. Adorei a cena dos dois esperando na cozinha pra pegar o “brincalhão” no flagra, mas não gostei que no final fosse Lucas. Preferia que fosse Foreman. Ou Taub. Mas Lucas? Que personagem mais odiável; não tinha ninguém melhor pra Cuddy namorar? Fico surpresa dos dois ainda estarem juntos, porque o Lucas já sabe que a Cuddy gosta muito do House e isso ficou bem claro pra ele nesse episódio. Ela sempre o cala com um beijo quando ele começa a falar no médico. Quanto tempo mais ele vai aguentar esse triângulo invisível?
O próximo episódio mostra um dia no Princeton-Plainsboro visto da perspectiva de Cuddy e isso me parece promissor. Estou ansiosa!
P.S.: Que mulher linda que é a Lisa Edelstein, hein? Ela estava especialmente bela nesse episódio.
