Depois de um final bastante dúbio e que dividiu muito os fãs da série quanto aos rumos que os personagens estavam tomando, temos que assumir que os roteiristas conseguiram, mesmo que ainda muito pouco, começar a se retratar e mostrar que aquele final não fora colocado na trama geral sem um contexto maior. A grande saga de Ted pela mãe de seus filhos sempre teve um grande obstáculo no caminho, obstáculo esse que nos era invisível, exatamente por não parecer um empecilho para nada. Enquanto Robin estivesse ali, por perto, na outra porta para ser mais exato, sempre existiria a esperança de o tempo passar e, um dia, os dois estarem juntos mais uma vez. Só que o tempo já tinha passado o suficiente para dizer que isso, mesmo que contrariando o gosto dos próprios personagens, não iria acontecer.
Logo que começou o episódio, achei que esse plot entre Rob e Ted seria mesmo levado a série e um novo envolvimento emocional entre os dois seria desenvolvido. Ainda bem que eles usaram a artimanha de tirar Robin de cena para que Ted pudesse lidar com as conseqüências do que tinha falado e chegar a conclusão de que aquilo estava errado em muito níveis. Foi interessante também ver Barney sendo envolvido nisso mais uma vez, até porque essa foi seu único plot decente no episódio – esqueceram da tal stripper?, e, para mim, fica cada vez mais claro que a sua relação com Robin está longe de ter tido um ponto final. Mesmo com o discurso de Barney e dele inclusive liberá-la para Ted, acredito que ainda existe algo maior ali para ser desenvolvido, mas claro que posso estar muito enganado.
Foi legal que o modo que exploraram essa relação retomada dos dois caminhava para o total fracasso dos dois, mas acabou significando uma evolução muito grande para cada um dos personagens. Outra vez me impressiono com a amizade dos personagens, que se protegem e fazem de tudo uns pelos outros. Marshall foi incrível ao pedir que Robin saísse do apartamento de Ted, pois isso estava fazendo mal demais para o amigo, só que o mesmo jamais teria coragem de falar qualquer coisa que fosse. Pode ser verdade que eles não saíram do lugar em 5 anos e estavam os dois solteiros, a espera de um grande amor que mudasse suas vidas, mas Lily não poderia ter acertado mais do que na hora que falou que se eles não estiveram juntos em 5 anos, porque estariam agora? Apesar de um grande casal e importante na história da série, essa trama merece um ponto final, o qual eu espero que tenha sido colocado agora (mas com aquela citação do Marshall no final, desconfio que não).
A vertente cômica do episódio ficou por conta das apostas que Lily e Marshall fazem sobre o cotidiano dos seus amigos, o que soou bem divertido e realmente a cara do casal. Talvez tenha sido um dos únicos momentos para rir no episódio, com as apostas do Ted careca, Ted e Robin nunca juntos, Barney achando a fita de sexo e etc. Por sinal, o que foi o casal querendo convencer Barney a ver (ou não ver) sua fita pornô? Ri bastante nesse momento, principalmente com a falta de limites de Lily! E com o caminho livre, Ted finalmente estava liberto para encontrar o seu grande amor e que bela cena representativa aquele final, não é? Agora que conseguiu abrir espaço em seu coração, Ted poderia encontrar um guarda-chuva amarelo em qualquer lugar. Bom, com mais um episódio mediano, melhor que o anterior, How I Met Your Mother vem fazendo uma sétima temporada instável e que precisa achar seu ponto de equilíbrio urgente, antes que não restem mais fãs para assistir a série. Até semana que vem!
