Eis que um dos momentos mais esperados de How I Met Your Mother chegou, mas e aí: Valeu a pena?
Sim, valeu muito a pena. Claro que esse não é um dos episódios mais engraçados da série, até porque grande parte dos personagens que apareceram são pouco conhecidos para o público, o que torna extremamente difícil fazer várias piadas que funcionem. Mas o fato é que não precisávamos de humor e sim conhecer mais sobre a Mother, conhecer sua história e, assim, saciar nossa curiosidade em torno dessa, até então, misteriosa pessoa. Feito isso, a partir de agora podemos apenas se preparar para o tão esperado encontro entre ela e Ted.
E essa apresentação da “Garota do Guarda-Chuva Amarelo” foi tão boa, mas tão boa, que talvez até se torne indescritível. Os nove anos de seriado foram se amarrando de forma sensacional, explorando as ligações entre a “turma” da Mother e a “turma” de Ted de uma maneira emocionante, delicada e até ousada. Os vinte minutos foram muito bem usados e não desperdiçaram um único segundo, sendo que ainda assim o episódio não se tornou corrido, tendo tudo na medida certa.
E o mais marcante daqui foi, sem dúvidas, a história da Mother com Max. Isso apenas prova pela milésima vez o diferencial de How I Met Your Mother com a maioria das comédias, até porque qual série de humor se arriscaria em apresentar um episódio com tamanha carga dramática? Os personagens cresceram desde o distante piloto e o roteiro cresceu junto com eles, tornando essa uma das maiores características mais memoráveis da série. Assim como nós, telespectadores, cada pessoa dessa história possui seus defeitos, dramas e decepções que nos assombram ao longo do caminho. E com a Mother não foi diferente…
Ah, como ela se engana achando que não ganhará na “loteria” novamente… O fato de seu amor ter morrido, lá em 2005, além de dar uma complexidade ainda maior à personagem, ainda explica o maior defeito das primeiras temporadas. Não que isso incomodasse, mas lá no comecinho eram raras as vezes em que a Mother e Ted se cruzavam pelas ruas de New York. Tudo é explicado com uma única palavra: luto. Mas muito longe de ser apenas a desculpa para esse pequenino defeito, isso enriquece a personagem e a coloca, de certa forma, numa situação parecida com a do arquiteto. Ted ainda não conheceu ninguém que finalmente tirasse Robin de sua cabeça e a Mother ainda não conheceu ninguém que preenchesse o vazio deixado por Max. Eles se complementam e estão separados um do outro por apenas uma parede…
Será que existe algum único ser humano que não se emocionou com a Mother falando com Max e, após isso, tocando “La Vie Rose”? Se por muitas vezes o público se questionou achando que a amada de Ted não seria tudo o que ele descrevia, agora grande parte desse mesmo público se questiona se Ted é de fato bom o bastante pra sua amada. Diante de tanta ligação, as outras namoradas do protagonista (mais especificamente, a Robin) parecem extremamente diferentes de Ted. Toda essa situação apenas aumenta a ansiedade de todos os telespectadores para o encontro, que provavelmente ocorrerá nos últimos episódios.
E eu poderia passar mais horas e horas falando das qualidades de “How Your Mother Met Me”, procurando ligações com as outras temporadas, comentando os inúmeros retornos, a mitologia, quotes e momentos marcantes. Mas porque ficar batendo na mesma tecla? Todos que assistiram esse 200º episódio sabem que nenhum texto é bom o bastante pra comentar a riqueza de detalhes e conexões que vem sendo unidos desde 19 de setembro de 2005. Percebido isso, só nos resta aproveitar cada segundo restante…
Observação:
-Faltam apenas 8…