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Hung – 1×04 The Pickle Jar

Por: em 30 de julho de 2009

Hung – 1×04 The Pickle Jar

Por: em

Gostei tanto da estréia de Hung, que quando o segundo episódio me decepcionou um pouco eu fiquei sem saber o que dizer. O terceiro chegou e com ele o medo de que a série se perdesse… Não poderia estar mais equivocada. O terceiro episódio passou como um flash, de tão bom, pareceu durar apenas 5 minutos. E ainda tivemos a melhor herança possível do segundo: Lenore (Rebecca Creskoff, impagável), que ao que parece deve continuar na série, já que também marcou sua presença, ainda que pequena, no quarto.

Acredito que o que mais me fez ficar receosa em relação a série tenha sido a cena de sexo (explícito, diga-se e passagem) de Ray e Lenore. Nenhum excesso de puritanismo da minha parte, mas é bom lembrar que existem sim produções que apelam pra cenas fortes, seja de alguém transando ou consumindo cocaína, apenas para chocar e assim atrair audiência. Uma equação estupidamente simples e que, infelizmente, costuma funcionar. Mas estamos falando de HBO, e não é à toa que se fala em “padrão HBO de qualidade”.

Em The Pickle Jar, nome desse quarto episódio, descobrimos que Ray pode ser falível também em relação ao sexo. Não, ainda não foi dessa vez que o vimos, literalmente, broxar. Mas toda aquela história de doença, foi, como bem disse Tanya, a única fuga que ele conseguiu arranjar daquela situação, transar com uma mulher que não lhe era atraente. E se a série tem sido ousada em alguns momentos, em outros às vezes lhe falta uma certa coragem. Estava na boca de Ray, porque não foi dito? Ele não quis transar com ela por achá-la gorda e velha. Uma afirmação óbvia, porém dolorosa de ser ouvida, talvez até mais forte que uma cena de sexo, e que por isso mesmo os roteiristas devem ter achado melhor que não saísse da boca do seu protagonista.

Mas, ainda que ele tivesse dito, teria se redimido com a última cena. A delicadeza com que Ray tratou Molly (a tal mulher) foi tocante. A tentativa, aparentemente real, de compreendê-la, de ajudá-la; de encarar seu papel de gigolô e efetivamente assumí-lo… Afinal, como ele disse ao filho, se a vida lhe dá limãos, faça uma limonada.


E por falar em Damon, estou pra ver adolescente mais estranho! Emo? Não. Gay? Não. Damon não se declara parte de nenhum desses grupos mais óbvios para a sua aparência. E, pensando bem, porquê ele deveria aceitar algum rótulo? Pelo menos ele tem personalidade, e ainda a famosa vergonha na cara, coisa que falta a sua irmã Darby. Mas eles realmente tinham que ser adolescentes atípicos, se não acabariam se encaixando perfeitamente no mundinho cor-de-rosa que sua mãe e o novo marido criaram.

E será que vai demorar muito pra aquele casamento construído a base de botox começar a ruir? Quando isso acontecer, só posso esperar que Jessica acabe apelando pros serviços de Lenore; e , claro, que ela lhe indique os “Consultores da Felicidade”! Mas isso já seria material pra uma segunda temporada…


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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