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Law & Order: Los Angeles 1×04 – Sylmar e 1×05 – Pasadena

Por: em 12 de abril de 2011

Law & Order: Los Angeles 1×04 – Sylmar e 1×05 – Pasadena

Por: em

Quando se trata de mexer nas próprias feridas, os americanos dificilmente são superados. Especialmente quando se trata de sua mais nova (ou nem tanto assim) preocupação: o terrorismo. Abordado como o tema principal deste capítulo de Lola, a questão foi muito bem explorada por fugir do estereótipo do terrorista clássico: um nativo do Oriente Médio e que está disposto a se sacrificar para que os infiéis sejam punidos. Desta vez, a ameaça estava mais perto do que todos imaginavam.

Mas, se o episódio fugiu do estereótipo em partes, voltou para o estereótipo em outras, quando coloca os possíveis terroristas como muçulmanos dispostos a vingar, com sangue, as perdas humanas no Afeganistão e Iraque. Mesmo definidos como norte-americanos típicos, ainda considero essa opção como algo perigoso, porque só tende a reforçar a imagem negativa tida dos seguidores do Islã.

Em relação aos personagens envolvidos no caso, confesso que senti certa pena da mãe de Amy, noiva de um dos terroristas. Ela parecia tão convencida de que seus filhos não faziam nada de errado que fiquei até comovida diante da sua reação ao saber que um deles estava envolvido com crimes. Porém, a reação que ela teve ao descobrir que sua filha havia se convertido ao islamismo não me agradou, porque ela agiu como se isso fosse algo muito errado. A meu ver, uma reação desnecessária.

Entretanto, se eu achei a reação da mãe de Amy um pouco exagerada, a da própria Amy não estava tão deslocada de sua ideologia, que creditava a todos os norte-americanos pelas perdas no Oriente. Um ponto que merece ser destacado é sua capacidade de esconder suas crenças e agir como aqueles que a rodeavam é perfeita, assim como a atuação da atriz que interpretou a personagem.

Outra atuação que merece ser destacada é a do promotor Dekker. Peça fundamental na condenação dos envolvidos na morte de duas crianças, o personagem teve a firmeza necessária para impedir que o julgamento dos crimes se tornasse um circo midiático onde seria discutida a questão do terrorismo. Uma solução inteligente para uma situação delicada.

Mas, se Sylmar me empolgou, não posso dizer o mesmo de Pasadena, a começar pelo caso apresentado. Apesar de algumas reviravoltas e da inserção de vários suspeitos até o desfecho final, nenhum deles conseguiu causar surpresa. Até ouso dizer que boa parte deles era bem previsível, e talvez esse seja o grande problema da série: não conseguir emocionar. Alguns casos são bons, mas nenhum traz aquela emoção forte, capaz de “revirar o estômago”.

Voltando ao caso, a atuação da equipe responsável pela investigação foi correta, mas sem brilhantismo. Os investigadores seguiram as pistas conforme estas iam se apresentando, porém os grandes astros aqui foram os promotores, sobretudo Morales. Desde sua primeira aparição em cena, no piloto, este promotor vem mostrando que é uma das poucas coisas boas que existem na série.

Outros elementos que ajudam a segurar um pouco o ritmo do capítulo foram as atuações da vítima e da acusada. Principalmente a da acusada. Agindo como uma legítima mulher magoada, ela consegue passar frieza e uma profunda tristeza, não apenas por saber que sua morte está próxima mas por se dar conta de que seu marido já está planejando seu futuro com outra pessoa, apagando sua existência antes mesmo de sua partida. Um capítulo razoável.

Até a próxima review.


Rosangela Santos

São Paulo - SP

Série Favorita: Smalville

Não assiste de jeito nenhum: Grey's Anatomy

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