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Life Unexpected 2×04 – Team Rebounded

Por: em 8 de outubro de 2010

Life Unexpected 2×04 – Team Rebounded

Por: em

Qual a graça do ‘Morning Madness’ com Kelly, conhecida por nós como falsa virgem? O programa antes trazia empolgação de verdade. As discussões de um casal de verdade levadas ao tom humorístico da coisa eram divertidas de se ouvir. Não me espantaria com uma queda da audiência da rádio, tendo essa nova apresentadora tão chata e meticulosa, mas que no fundo pode ter razão. Quando esse episódio começou, pelo vídeo promocional e pelo nome do episódio, achei que seria mais um leviano, sem profundos dramas, estava completamente enganado.

Finalmente alguém entendeu Lux e esse alguém foi Eric. Os problemas da garota, tanto psicólogicos, tanto de aprendizado ou quaisquer outros advém da sua criação problemática. Eric procurou o histórico de sua aluna e viu o quão traumática e nômade tinha sido toda a vida de Lux e obviamente enxerga o quanto isso atrapalha na vida da garota agora. Só que a garota insiste em se fechar numa casca de sofrimento impenetrável, uma casca que bloqueia as outras pessoas de a ajudarem a melhorar. Talvez Lux só consiga se abrir de verdade com alguém que entenda realmente o que ela passou, alguém que estava ao lado dela quando ela precisou. Tasha virou seu porto seguro e é de se esperar que a loirinha faça qualquer coisa pela amiga.

Divertido vê-las estudando em um mesmo colégio, sem as preocupações com dinheiro e tudo mais que as cercavam (pelo menos a personagem Tasha) na primeira temporada. O clima descontraído e relaxado entre as duas estava fluindo bem, até que Lux conheceu a nova moradia de sua amiga. Que a casa não é visualmente aconchegante, isso é notável, mas algo a mais despertou em Lux, algo bem maior que uma preocupação de amiga. Eu pensei na hora que a loirinha podia já ter morado com a mulher, mas descartei a idéía ao longo do episódio. Aconteceu que eu estava certo. Quando tinha 12 anos, Lux viveu naquela mesma casa e suas lembranças não parecem serem as melhores, o que nos leva a uma pergunta que até então eu não tinha me feito: Quantos traumas essa garota já passou indo de lar em lar adotivo? Quantos adultos revoltados? Quantas surras? As lágrimas de Lux não me pareceram a toa e creio que saberemos mais disso em breve. O que me deixou em dúvida depois foi a tal carta que a assistente social entrega para a menina. Não entendi o misto de emoção e ódio que a garota teve como reação à carta.

Agora, o que me incomoda é a pressa com que a garota trata as coisas. Ok, ela se incomodou e se preocupou com o fato do que a amiga poderia passar nas mãos daquela mulher, mas nem tudo se resolve adotando uma adolescente. Aproveitar-se do estado nada sóbrio de Cate foi ainda mais deplorável. Mas o desespero leva a certas coisas mesmo, perdoo você Lux. A atitude de Cate e Ryan em se tornarem responsáveis por Tasha foi bonita demais e confesso ter me emocionado com a emoção da garota, que pareceu enfim ver um resquício de tranquilidade para viver. Sobre Lux preciso falar o quanto me divertiu aquele jogo de basquete, nunca vi meninas tão atrapalhadas quanto aquelas. Deu pra rir bastante.

Cate realmente precisava se acertar com Kelly pois o ambiente de trabalho entre as duas estava péssimo. E não é que as dus juntas rendem boas cenas? Finalmente vimos um lado mais humano da falsa-virgem (um dia eu paro de chama-la assim). Nunca teve amigas, sempre rejeitada, isso realmente traumatiza uma pessoa. Esse descobrimento da amizade entre as duas pode render ótimos frutos, tanto para a rádio, quanto para nós que assistimos. Agora confessar coisas quando se está alcoolizado pode gerar sérias consequências e Cate aprendeu com isso. Cate é um  poço de egoísmo e disso já tivemos provas, agora sua discussão com Ryan dessa vez foi além disso. Foi podar o desejo de um homem de conhecer a paternidade, o desejo de ter uma relação que até então ele só conhece superficialmente. Seu amor por Lux é sólido, mas ele quer ter alguém que surgiu dele, dá pra entender. E depois da sincera conversa que o casal teve embaixo das arquibancadas, pensei de verdade que Cate mudaria de atitude, mas seu egoísmo ainda fala mais alto. Péssima jogada, Cate.

E em um episódio onde jogadas foram destaques, Baze, o atleta, apareceu pouco. Mas no pouco que apareceu fez a diferença. Seus discursos motivadores à equipe foram realmente bonitos de se ver e mostrar que a importância de vencer não está nos resultados e sim na consciência, foi demais. Achei lindo mesmo o time todo comemorando os únicos 3 pontos que fizeram na partida. Gostei também da parte em que Baze estimula Matt a querer mais e correr atrás das mulheres, mas vamos combinar que esse Matt é bobo demais. Acorda pra vida cara, ficar parado assim não leva a nada.

Taí quem me irritou: Paige. Ô menina chata, personagem besta. E sinceramente, se enfiarem ela num triângulo amoroso com Lux e Eric, eu vou odiar. E isso parece que vai acontecer em breve. Espero mesmo que não. Life Unexpected conseguiu manter seu nível e isso realmente impressiona. Deliciosa de assistir, repito que são os meus 40 minutos mais tranquilos da semana. Ah semana que vem teremos crossover de Life com One Tree Hill, então fiquem ligados!

Aqui você confere o vídeo promocional de ‘2.05 – Music Faced’, que será exibido na próxima semana!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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