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Lost – 6×05 Lighthouse

Por: em 24 de fevereiro de 2010

Lost – 6×05 Lighthouse

Por: em

Relacionamentos. Quem diz que consegue viver sem, está mentindo. Os que dizem viver completamente bem com todo mundo, também falam da boca para fora. Desde o começo de nossa existência, aprendemos a socializar…conhecer pessoas diferentes, respeitá-las, amá-las…ou não. Conflitos existem em relacionamentos, sejam de sangue ou coração, e são eles os personagens centrais de Lost, que a cada episódios aprimoram ou corrompem um pouco mais suas histórias.

Lighthouse proporcionou isso de maneira brilhante, nos dando algumas respostas e, como de costume, mais perguntas. Jack Shephard cresceu sem o apoio do pai, sob rédeas curtas, esperado para ser excepcional em tudo. Christian apenas esqueceu que não somos perfeitos e erramos e se nessa ilha há alguém que erra, esse é Jack. Em seu fashsideway, tudo o que condenou em seu pai durante toda a sua vida, ele usou no filho. Pois é, filho!! Quer bomba maior que essa? David, um grande pianista, é filho de Jack, (a mãe é Sarah, ou outra pessoa que conhecemos?) e como o pai, tem medo de falhar e decepcionar seu genitor. Se até então, Jack nos proporcionou ódio, raiva e frustração em alguns de seus episódios, Lighthouse foi emocionante e dedico a conquista a Matthew Fox.

Os produtores disseram que nesse episódio veríamos algo que relacionaria as duas realidades, e para mim, esse algo é dolorido: cirurgia de apendicite. Na 4ª temporada, especificamente no episódio 10, Jack se submeteu a essa cirurgia e foi Juliet, com a ajuda de Bernard e Kate, que removeu a apêndice do médico. Nessa nova realidade, Jack não lembra do tal incidente ter acontecido em sua infância, como sua mãe lhe contou. Indício básico de que as duas realidades tem conexões entre si. Outra possibilidade é sobre os espelhos do farol, que eu falo mais abaixo.

Ainda sobre os flashes do médico, a interessante aparição de Dogen (mas não faço a mínima ideia do por que) e da mais recente referência ao livro de Lewis Carroll: Alice no País das Maravilhas. Quando Jack vai até a casa da mãe de David, encontra a chave da porta embaixo de um coelho, mas isso pode ser apenas viagem de um bom fã.

Se Jack e seu filho foi um relacionamento ótimo de ver, Jack e Hurley foi melhor ainda. Jorge Garcia exala simpatia em todas as suas cenas, sendo um dos personagens mais queridos do público. Hurley, um dos candidatos, (aliás, a cena na qual ele enfrenta Dogen foi fantástica) é o escolhido de Jacob como porta voz e como o sobrevivente para levar Jack em uma viagem. Viagem, essa, que relembrou muito o começo da série, como o próprio gordinho comentou, com eles andando no meio da floresta, encontrando lugares desabitados e habitáveis, como as cavernas. E foi lá que encontraram o inalador da Shannon, (ela quase morreu pela falta deles na 1ª temporada e torturaram Sawyer pensando que ele os tinha) e os esqueletos Adão e Eva. Hurley levantou a boa teoria que todos consideram: os esqueletos serem de dois sobreviventes. As apostas da maioria dos fãs: Rose e Bernard.

No farol, (que eles nunca tinham visto, tipo a cabana, que aparecia para as pessoas de vez em quando) vimos os números novamente. Vale notar que alguns deles não batem com os encontrados na caverna como Faraday que é o 761 nas cavernas e o 101 no farol. Jacob vigiava os sobreviventes pelos espelhos do farol, onde cada grau corresponde a um deles. Vimos casas em estilo nipônico, provavelmente quando passou pelo número 42, de Kwon e uma espécie de torre, além da casa de Jack. No livro Alice Através do Espelho, a garotinha sobre em uma lareira e consegue atravessar o espelho que fica em cima, indo parar em um mundo alternativo, conhecido como o País das Maravilhas. Em Lost, é através de espelhos que Jacob observava os sobreviventes em uma outra realidade, não alternativa, mas diferente da vivida na ilha.

Pelos nomes na roda do farol, pudemos ver o da Kate. Austen está marcado como o número 51, sem estar riscado, e o tal número 108, que Hurley deveria apontar, está com o nome de Wallace e está riscado. Quem é Wallace e por que 108, é algo para futuros episódios, assim como quem é que está vindo para a ilha. Aposto em Widmore, que ainda está em sua procura pelo que ele chama de seu. Mas se esse alguém é uma pessoa que Jacob quer que venha, então aposto em Desmond!!

O terceiro plot do episódio também foi sensacional. Claire Littleton, mãe de primeira viagem, sozinha, simpática, amiga, até ser levada pelo que parece ser seu pai. A nova Claire é fenomenal, bruta, fria, assustadora…loucamente procurando por seu filho (quão bizarro é o boneco de ossos que ela guarda no berço?). Óbvio que nada seria tão fascinante se não fosse pela atuação de Emilie de Ravin, que está ótima nesse novo papel, por assim dizer. Claire matou o Outro friamente, sem se preocupar com nada, apenas com seu filho. Por que ela mataria Kate se fosse verdade que a sardenta cuidou de Aaron? Jin mentiu, por medo, provavelmente, e para levar Claire para onde ela poderia ser pega, mas o amigo da garota não irá deixar.

“Ele não é o John, é meu amigo.” A tal escuridão já se apossou 100% em Claire e ela já está do lado do homem de preto, provavelmente para aniquilar os candidatos, já que parece ser isso que o homem de preto quer. Lembram de quando os parceiros de Rousseau foram infectados pela tal doença e se viraram contra ela? Pois é, para mim, essa doença faz as pessoas ficarem do lado do vilão e matar quem pode fazer o bem.

Com mais esse episódio muito bom, Lost vai terminando seu ciclo de vida de uma ótima forma, nos deixando extremamente curiosos para o próximo episódio: Sundown.


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

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