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Mad Men 6×10 – A tale of two cities

Por: em 6 de junho de 2013

Mad Men 6×10 – A tale of two cities

Por: em

Mad Men dessa semana seguiu mostrando os negócios da agencia, e finalmente temos um nome para a agência, mesmo que ele tenha saído de uma reunião estranha, onde a gente não entende direito, ou não consegue enxergar qual é exatamente o plano do Jim Cutler, mas parece que ele sabe mais de jogos de negócios do que os nossos queridos da SCDP.

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A Sterling Cooper & Partners vai se tornar um lugar onde as pessoas tentam puxar o tapete de outras? Cheio de panelinhas? A única vez que isso aconteceu foi quando a SCDP foi criada, e mesmo assim fizeram de uma forma para que a gente gostasse da ideia, ninguém ia suportar aqueles ingleses na série.

O grande problema dessa vez é que na junção com outra agencia eles não tem a definição dos papeis que tem que desempenhar na empresa. Quando formaram a SCDP, saíram todos de uma agencia e formaram outra idêntica, então não precisaram de uma estruturação. Agora tem mais gente, muitas pessoas com o mesmo cargo e mesmo poder, e ainda se comportam como se fossem concorrentes ainda. Eles estão perdidos, não sabem como agir e o que devem fazer. As posições estão comprometidas. Ted acha que tem que trabalharem em conjunto (claro!) mas delega muitas das decisões para os outros. Falta estrutura. Quem sabe daqui pra frente eles não consigam definir quem são, agora que tem um nome.

Um nome de destaque no episódio foi Joan. Ela teve sua história mais bem trabalhada aqui, já que anteriormente ficou de lado e teve pouco destaque. Apoio a ideia da Joan bater o pé pela sua posição, querendo ou não ela é sócia, tem direitos e deveria ser ao menos respeitada, principalmente pelo Peter. Não era o trabalho dela fazer a captação do cliente, realmente eles (e quase todo tipo de empresa de serviços) tem um setor para isso. Mas quando quem está nesse setor é Peter, eu dou meu apoio a ela, mesmo sabendo que o que fez foi errado.

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Joan precisa se impor, ela sempre fez isso e quando se tornou sócia se diminuiu um pouco. Mas também acho que a sua atitude foi um pouco de orgulho, porque ela saiu para um encontro às cegas, e está acostumada a sempre ter os homens a cortejando. Quando viu que ele estava interessado nos negócios, se ela conseguisse a conta da Avon não seria uma derrota no campo pessoal, mas sim uma vitória nos negócios. Esta é uma tremenda oportunidade para ela, para se tornar a executiva que sua amiga acha que ela é (lembram das duas saindo para uma grande noite no episódio To have and to Hold?), mas ela tem que aprender a fazer isso, não cortar o trabalho da Peggy. Ela não viu que a Peggy estava com aquela conversa familiar não era à toa, mas sim para conquistar o cliente. E acabaram com aquela discussão, que não imaginei que pudesse acontecer. Mas espero que agora a relação delas melhore, porque isso pode ser muito proveitoso pra duas!

Uma parceria inusitada também foi a do Bob e do Ginsberg. Ainda não estou convencida que o Bob não é um espião da CIA, mas agora fica mais claro que ele começou há pouco tempo e é um cara que só quer subir rápido, puxando o saco de quem for preciso para isso. Eles parecem realmente ter alguma relação, aquele momento de pânico do Ginsberg mostra isso. Se é que foi mesmo uma crise de pânico, já que o Ginsberg nunca foi normal, naquela hora achei que fossem revelar que ele tem esquizofrenia ou algo do tipo, até pela falta de tato que tem de lidar com as pessoas, chefe ou colega, mas ainda assim é chamado de gênio.

A viagem para Los Angeles do Don e Roger foi estranha e um pouco sem sentido, achei que ia ter algum grande acontecimento, sempre que vão para L.A. é o que acontece. Mas mais uma vez mostraram ele chapado, tendo ilusões e dessa vez com sua própria esposa. Sua ilusão mostrou o que ele realmente queria que ela fosse, que ela fizesse, pois seu padrão de mulher para ser esposa deveria ficar em casa cuidando dos filhos. A mulher para trabalhar não é a mesma para ser esposa que também não é a mesma que deveria fazer loucuras durante o sexo. Durante o voo gostei de como o Roger aprendeu alguma coisa com seu psicólogo, como ele consegue resumir o Don e a si próprio em uma frase.

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Deixando o último pedaço de post para falar do Peter, que eu gostaria nem de falar. Ele vai de uma boa conversa com a Joan no último episódio à uma tentativa de diminuí-la as suas atividades administrativas. O seu lugar na história, na vida particular ou empresarial está sem sentido, sem caminho e ele precisa sempre passar por cima de alguém antes de conseguir concretizar algo. Deu vontade de socar o Peter quando ele não chama a Joan para a reunião entre os sócios no final.

E ninguém tem a decência de fazer isso.

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PS.: Don está com bronquite novamente. E quase morreu de novo. A morte está rondando.


Camila

Mineira, designer, professora que gosta tanto de séries que as utiliza como material didático.

Belo Horizonte/MG

Série Favorita: Fringe

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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