E não é que Agents of the S.H.I.E.L.D. está melhorando? Devagar, mas está melhorando. Esse episódio subiu do nível “bonzinho” para “bom”, apesar de ainda dar para melhorar bastante.
O quinto episódio não foi apenas um caso da semana isolado. Ele foi relacionado com o piloto, sobre o Projeto Centopeia. O fato de a série voltar à uma história anterior para criar o caso é exatamente o que faz esse episódio ser melhor do que os outros. A trama soa mais importante e mais complexa. As referências dão continuidade à história e passam a impressão de ainda há um mistério a ser desvendado.
Finalmente Skye agiu como uma pessoa. Até agora, a personagem era tão terrível que era difícil sentir qualquer coisa por ela. Era tão ruim que não dava para gostar nem desgostar dela, de tão sem sal. Mas, apesar da clássica e pouco criativa história do “estou procurando meus pais”, ela desenvolveu um pouquinho.
Já sabíamos que Skye estava infiltrada e tinha segundas, terceiras e quartas intenções sobre sua parceria com a SHIELD. A questão é que até agora eu não dava a mínima para isto. As cenas em que ela estava com Miles soaram menos forçadas para personagem e um pouco mais natural. Talvez seja mais fácil sentir alguma empatia pela moça agora que já sabemos o segredo dela.
Apesar da série ser, até o momento, pouquíssimo competente em definir seus personagens centrais, ela parece ser consideravelmente boa em fazer os personagens que aparecem pouco. Akela Amador foi interessante na semana passada e em Girl In The Flower Dress Raina foi de longe a melhor coisa do episódio. A manipulação fria e calculada me fez desejar que ela volte logo. Ela acabou tirando toda a atenção de Scorch, que mais pareceu um peão do que um vilão.
Os episódios tem sempre deixado algum tipo de ponta solta, o que deve resultar em uma conexão no final da temporada. O Projeto Centopeia está longe de ser neutralizado e suspeito que haja alguma relação entre eles e os acontecimentos do quarto episódio. A cena final mostra a moça do vestido florido conversando com um prisoneiro na intenção de contatar o “clarividente”. Tudo indica que logo teremos a continuação desta história.
Os plots estão crescendo, mas os personagens e diálogos precisam urgentemente melhorar. Todos os personagens centrais são exageradamente superficiais, sendo que os que mostraram algum tipo de história de fundo foram extremamente clichês. Algumas falas são muito forçadas e não parecem como algo que uma pessoa real falaria. Os membros do grupo que pareciam interessantes no piloto da série agora parecem ser apenas enfeites. Fitz e Simmons, que poderiam ser ótimos, são – como diria uma amiga minha – tão profundos quanto um pires.
P.S.: Teve um erro de continuidade descarado. É coisa boba, mas foi muito óbvio. Repararam na camiseta de Miles na cena da pegação com a Skye?
