Depois de um piloto que quebrou a narrativa linear que estamos acostumados a assistir na maioria dos seriados, My Generation volta em um ótimo episódio e só comprova o quanto a audiência americana não sabe apreciar coisas que inovam a sua televisão. Esse assunto por sinal já foi discutido aqui, mas vale a pena ser tocado de novo. Para quem não sabe, a série já foi oficialmente cancelada pela ABC devido a fraquissíma audiência obtida e a série já foi retirada da grade de programação do canal.
Em um episódio onde o assunto principal foram os reflexos da criação, tivemos um grande destaque para Steven e Dawn, ambos personagens com pais um tanto quanto problemáticos. Steven era o garoto prodígio no colegial e suas metas eram simplesmente ser o melhor. O que ele alcançou não chegou nem perto disso. Sua vida medíocre de vagabundo é por sinal uma decepção para seu pai e ai que está o problema. Steven sempre foi tão pressionado pelo seu pai para ser o melhor, que acabou se tornando exatamente o oposto disso, como se o objetivo disso fosse mostrar para o pai que ele estava no comando da própria vida. E se por um lado Steven é todo errado, como pai ele funciona muito bem. Ele sabe o que é ruim em um pai, então tem menos chances de errar, agora que conheceu seu filho Tom.
E Dawn era a rebelde sem causa. Ou com muita causa. Mas depois desse episódio, conhecemos um lado de Dawn que mostra que ela é muito mais que um cabelo escuro e uma música pesada. A vida da garota parece nunca ter sido fácil. E se no passado, ela tivera que resolver os problemas do abandono de sua mãe, agora no presente, tem de lidar com a ausência de seu marido durante sua gravidez. Ainda bem que ela pode contar com o fiel Kenneth, que podem falar o que quiser, para mim ele está super afim da sua ex-namorada. Por sinal, que cena mais forçadinha aquela em que Rolly leva um tiro, não curti nem um pouco. Só acredito que a volta do ex-atleta, atual soldado, poderia causar muitas polêmicas.
Carol pede para Stevens mas fica com medo de perder o filho (por sinal, que mulherzinha chata essa que faz o documentário, meu Deus!). Achei que aqui foi uma trama besta que não precisava ser desenvolvida. Já Brenda e Anders me interessa muito e foi bem legal o cara mostrar-se prestativo e solidário com a situação de sua antiga (?) paixão. Ainda não entendi bem para que a personagem Jackie existia e porque diachos eles tiram fotos de todos os pratos que Anders cozinha, mas tudo bem, eu supero.
E em mais um episódio de idas e voltas, tivemos mais esse pedaço (e pelo que parece, último) da história dos formando do ano 2000. Apesar do alto potencial dramático da série, atores razoáveis e roteiro original, a série não resistiu. Como sua produção foi interrompida imediatamente, não acredito nem que possamos ver os episódios já prontos, então me despeço aqui de vocês, porque, infelizmente, essa série foi para o cemitério da tv americana. Fica pra próxima geração.
