O segundo episódio de Nashville vem pra mostrar que a série é realmente o que o piloto prometeu: enxuta, sem enrolações, bem estruturada e com uma história bonita e concisa. Mantendo o padrão de foco na história de Rayna, logo no começo do episódio é exposta a dificuldade da cantora tendo de lidar com as filhas sendo fãs de sua “rival” na indústria da música, enquanto Juliette – a rival – para o trânsito da cidade para gravação de um clipe.
Mas, retornando brevemente ao 1×01, um casal – Gunnar (Sam Palladio, de Episodes) e Scarlett (Clare Bowen) – toca num bar country da cidade onde Watty White (JD Souther, de thirtysomething) frequenta. Ele é, na série, o que seria um “conselheiro” de carreira. Impressionado com a música e a sintonia dos dois, ele sugere à Rayna que faça turnês em arenas menores e shows mais íntimos, tocando no palco apenas com Deacon. Assim, Rayna não precisaria se preocupar em abrir os shows de Juliette, o que era, até agora, um grande problema.
Falando em Juliette, a moça tem investido pesado na tentativa de trazer Deacon à sua banda. Sem limites no jogo da sedução, ela tenta comprá-lo com presentes intimistas e está cada vez menos discreta, não tendo pudores em sua relação com o cantor nem na frente de Rayna. Juliette e Deacon se reúnem para compor uma música e o clima flui, instigado principalmente pela jovem.
Há também uma certa pressão sob Rayna em relação à candidatura de seu marido, Teddy, à prefeitura da cidade. O pai de Rayna, Lamar (Powers Boothe, de Deadwood) abre uma sindicância com o genro e filha sobre suas vidas pessoais, com o intuito de “limpar” ou esconder possíveis erros ou problemas do passado para que sua candidatura de Teddy não sofra ameaças. Lá, Rayna faz revelações interessantes sobre seu relacionamento com Deacon: Além de um namoro de 11 anos, ele teve sérios problemas com drogas e foi internado em uma clínica para dependentes químicos, a qual Rayna pagou por todo o tratamento e internação.
O clima também pesa para Gunnar e Scarlett, uma vez que o rapaz está claramente apaixonado, e ela namora Avery (Jonathan Jackson, de General Hospital). Watty os convida para produzir a música em que os dois cantaram no Bluebird (o bar country), mas ela hesita por seu namorado já estar no ramo da música e não ser bem sucedido.
Mesmo assim, no fim do episódio é onde chegamos ao “clímax”, com uma performance de Rayna com Deacon – também no Bluebird – da música “No One Will Ever Love You”. A apresentação serve como um ensaio para o que há de vir na turnê dos dois, e é deixada como um sinal de que a cantora aceita a sugestão de Watty de fazer shows menores.
O casal Gunnar e Scarlett ganhou mais espaço no 1×02, e os problemas familiares de Juliette foram deixados um pouco de lado. Mas ainda tem bastante drama pra ver e muito country para ouvir. E com essa continuação excelente, há de esperar apenas bons episódios.
Até semana que vem!