Fazer amigos na Division é arriscado. Muitos dos recrutas não saem vivos de lá e se apegar a alguém é garantia de sofrimento no futuro. Alex está passando por esta fase. Já é amiga de Tom (que nutre um sentimento maior por ela) e simpatiza com outros dois recrutas: Sarah e Robbie. O jovem é ágil, esperto e sonha em poder descobrir o mundo. Já a garota é mais frágil, não leva muito jeito para luta e, como se não bastasse, está com os dias contados. A Division decidiu eliminá-la de forma brutal devido à sua incapacidade para ser agente. Só mesmo Nikita poderia salvá-la.
Sara é ativada para uma missão secreta. Alex e os outros, que não são nada bobos, estranham a decisão da diretoria. Por que uma recruta tão fraca seria selecionada? Alex comenta o fato com Nikita, que logo compreende a situação. Na verdade, Sara está sendo enviada para uma missão suicida. Desta forma, ela pode servir a Division de alguma forma. O objetivo: Se infiltrar em uma organização ambiental/terrorista chamada Eco-Front. Quando chegasse a uma determinada manifestação, seu colete explodiria, destruindo o local, matando os manifestantes e, obviamente, a ela mesma. Sarah só não sabia desta última parte.
Nikita, que conhece bem a Division e entende a maneira como a organização elimina seus recrutas, intervém e salva a vida da garota. O problema é que Sara não é uma garota tão passiva quanto imaginávamos. Sua maior dificuldade é aceitar a ajuda de Nikita. Apesar de todas as evidências, ela não acredita que a Division tentou matá-la. Sarah tenta fugir em vários momentos, mas Nikita é bem mais forte e inteligente e detê-la é tarefa fácil.
Em alguns momentos cheguei a pensar: “P*rra, deixa essa menina morrer logo!”. Convenhamos: Sarah era uma chata! Sua relutância no início era compreensível, mas depois de um determinado ponto sua desconfiança e teimosia começaram a irritar. Nikita foi muito paciente com ela. Paciente até demais. Nesse meio tempo, descobrimos que a jovem é mãe de um garoto que foi adotado (ou comprado, pelo que pudemos ver) por uma família. Agora que ela está em liberdade deseja conhecê-lo. É neste ponto em que ela consegue fugir de Nikita.
As duas se encontram mais tarde, quando a Division descobre o paradeiro da garota e envia uma equipe para assassiná-la. Michael, que se preocupa com o bem estar dos recrutas, é um dos enviados. Como era de se esperar, chovem tiros para todos os lados. Acredito que Nikita só não perdeu essa porque Michael e equipe foram chamados de volta a Division. Desta forma, a garota sobreviveu e pôde fugir do país, sem seu filho, mas viva e ilesa.
Agora passamos ao motivo para Michael ser chamado de volta à sede.
Lembram-se do Robbie, o cara que mencionei no início? Ele causou um grande alvoroço neste episódio. Apesar de Sarah ter um destaque maior, o que chamou mais a nossa atenção foi a trajetória dele. Um dos recrutas mais velhos, provavelmente o mais capacitado e que impõe respeito aos colegas. Prestes a se formar, Robbie é selecionado para ser um dos guardas da sede. Tal decisão acaba com o rapaz, ainda mais depois de tanto treinar para ser um agente secreto. A frustração o corrói por dentro e quando sua raiva explode, Robbie sai pela Division atirando para todos os lados.
Houve uma hora em que o filme “Elefante”, do diretor Gus Van Sant, me veio à cabeça. O filme retrata o dia em que garotos entraram em uma escola e atiraram em vários alunos. A frieza de Robbie lembrou-me a frieza dos personagens do filme. Alex, que se importa com o rapaz, tenta ajudá-lo, mas em meio à confusão, torna-se sua refém. Apesar de ágil, o garoto é imobilizado e levado pela Amanda. O restante dos recrutas fica triste com a situação e acreditam que o rapaz foi eliminado. Porém, estão tremendamente enganados.
Amanda é esperta e percebe que Robbie pode ser muito útil na equipe de ceifadores. Para quem não se lembra, os ceifadores (ou “limpadores”) são aqueles que matam pessoas ligadas, direta ou indiretamente, a Division. Owen era um ceifador e Daniel, o noivo de Nikita, foi uma de suas vitimas. Acredito que em breve veremos Robbie de novo, provavelmente ainda mais calculista. A sua desobediência e seu instinto assassino, ao contrário do que prevíamos, foi ao seu cartão de saída.
Até aqui foram sete ótimos episódios. Nikita ganha novos ingredientes a cada capítulo e cresce como série, pois seus personagens evoluem pouco a pouco e nos fazem gostar cada vez mais deles. É bom ver também que a CW pode ser mais ousada quando quer. Inclusive, o canal já garantiu uma temporada inteira para a série, graças a sua boa audiência (que só perde para The Vampire Diaries).
Discordo apenas dos vídeos de apresentação da série. Em alguns deles, Nikita aparece de biquíni (como aquela cena do primeiro episódio). Parece que a idéia é vender a personagem como uma assassina fria e muito sexy. Não me entendam mal, pois eu também acho Nikita muito sexy, mas não é bem isso que a série representa. Poderiam focar em outros pontos, não acham? Sem falar a trilha sonora da Rihanna (peço desculpas aos que curtem, mas essa moça e suas músicas não me descem).
Observação: Peço desculpas pelo atraso da review. Eu não pude assistir aos episódios nestes últimos dias. Pretendo atualizar as reviews de Nikita o quanto antes.
