Gostei do episódio, mas alguns pontos me incomodaram. Depois do ótimo 1×11, com toda aquela tensão e fuga, era mais que esperado que o próximo acalmasse os nossos ânimos. E foi o que aconteceu em “Free”.
Alex está fora da Division. Agora é uma agente que tem direito de usufruir de certos luxos, como um belo carro e um apartamento só seu. Quem vê de fora pensa que ela leva uma vida normal. Mas como Nikita lembrou, em breve a Division entrará em contato para recrutá-la para uma missão. As normas sobre relacionamento continuam as mesmas e Alex não deve se relacionar com rapazes. Porém, Nathan, seu vizinho bonitão com cara de galã da CW, surgiu na história para complicar a situação e “adocicar” o roteiro. É óbvio que os dois irão se relacionar.
A CW disse que colocaria um pouco mais de relacionamento em Nikita para deixar a série mais atrativa às mulheres. Eu imaginei que essas mudanças haviam começado com a entrada de Owen e a possibilidade de um triângulo amoroso entre ele, Michael e Nikita. Mas assistindo ao retorno, percebo que somente aqui as tais mudanças foram aplicadas. A começar por Nathan. Por hora, não comprometeu a história, apesar de não ter gostado muito da sequência da festa. Pois é… uma festa. Achei previsível demais.
Um dos pontos alto da série foram os flashbacks de Alex, quando ainda era jovem e vivia na Rússia. Surpresa mesmo foi descobrir que ela era rica. O pai dela a treinara psicologicamente desde pequena para sobreviver sozinha. O velho sabia que em breve poderia não estar mais junto à filha (acho que saberemos mais nos próximos capítulos). Mas, ainda pequena, Alex só queria poder levar uma vida normal e ouvir música em seu MP4. Detalhe: A canção que toca ao final chama-se “Life For Rent”, do disco homônimo da inglesa Dido (uma das minhas favoritas).
Enquanto Alex tentava se enturmar, Nikita buscava uma forma de desconfigurar o chip que a Division instalou no córtex cerebral da ex-recruta. Verdade seja dita: Percy se superou dessa vez. O chip, além de rastrear, também pode matar. Depois da fuga de Nikita, o chefão já não podia mais correr riscos, né? Pior para Alex. Tentar fugir é o mesmo que assinar seu óbito. Para entrar no sistema da Division, Nikita se juntou ao Ryan (lembram-se dele?) e ambos seqüestraram Birkhoff.
Eu gostei dos dois trabalhando juntos. Nikita precisava de um aliado para ajudá-la e nada melhor do que um agente da Cia para ajudá-la. Só acho que aquele beijinho ao final do capítulo foi totalmente mal colocado. Desde quando Nikita cala a boca de um homem com um beijinho rápido? Esse é o meu medo quanto à inserção de mais romance a série. Não quero que descaracterizem a personagem.
O seqüestro de Birkhoff (que está com uma péssima expressão fácil) rendeu um embate entre Michael, agentes da Cia e Nikita. O tipo de cena que gostamos de ver na série. Ryan foi exposto, Percy sabe que ele está junto de sua maior inimiga, mas por enquanto não pode fazer muita coisa, devido à exposição dele na mídia. Matá-lo poderia chamar a atenção de muita gente. O importante é que o chip foi desconfigurado no que se refere ao localizador. Alex pode sair, ir à balada (coisa que ela já fez) e seu dispositivo sempre mostrará que ela está em casa.
Outro detalhe do episódio foi a rápida aparição de Jaden. Não sei vocês, mas deu a entender que aquela chata não retorna a série. Sem Tom e com Alex fora, não vejo motivos para ela aparecer outra vez. E, sinceramente, não fará falta. A não ser que ela venha atrás de Alex buscando vingança pela morte de sua paixãozinha. No mais, ela é dispensável.
E no geral, Nikita voltou com um bom episódio. Mais positivo do que negativo. Tirando alguns pequenos trechos que não fazem jus a série, posso dizer que foi um dos melhores retornos neste 2011 que está apenas começando.
