Uma coisa que eu acho engraçada é como cresceu o número de pessoas que passaram a achar No Limite um bom programa. Eu juro que queria participar desse grupo, mas pra mim o que era ruim antes, agora só tá disfarçado pelo novo estilo que o jogo tomou. As estratégias dos participantes são coisas tão básicas que, na verdade, eu não consigo considerar estratégias de verdade: “Fulano é forte, fulana é fraca, fulano tem força de vontade, fulana não ajuda na tribo”. Mas vamos deixar o meu mau humor de lado, porque aconteceram algumas coisas interessantes de verdade nesse oitavo episódio de No Limite, e é bem capaz que algumas “estratégias” comecem a pegar fogo no episódio que vem.
Zeca Camargo começou o programa falando do clima entre as mulheres da Taíba. Sandi, ao mesmo tempo em que é uma ótima participante e traz alguns dos melhores momentos do jogo, me pareceu um pouco insegura com relação a Taritza. A novata demonstra sua força pra firmar sua posição no grupo, mas Sandi fica com o pé atrás, achando que isso poderá prejudicá-la. E pra piorar (ou melhorar, no caso de quem assiste), os atritos com a Índia também continuam fortes, não só com a Sandi, mas com todas as outras mulheres da tribo. Mal vejo a hora desses conflitos explodirem.
Já na tribo Manibu, Marcelo continua com a Síndrome do Coitado. É verdade que o gaúcho sempre ajuda na equipe, faz milhões de coisas pra melhorar o acampamento, mas ficar de mimimi o tempo todo a troco disso não vai fazer com que ele chegue mais longe no programa. O que fez com que ele chegasse mais longe foi, de fato, a jogada do Portal, quando ele deu o anjo pro Rafão. Os dois estão com uma boa aliança e, pro meu desgosto, isso ficou mais do que provado no final do episódio. Já chego lá.
A prova de recompensa foi bem fraca. Um participante de cada tribo tinha que ser vendado pra procurar um saco de recompensa no meio de um campo de areia. Os participantes podiam brigar pelo saco do jeito que bem entendessem, mas o único conflito direto na disputa foi entre Rafão e Alexandre. Os dois praticamente caíram na porrada, mas uma regra de tempo de disputa caiu do céu, e Zeca Camargo fez com que os dois se separassem e recomeçassem a rodada. Outra falha da prova foi a falta de cuidado na hora de mostrar apenas os participantes. O jogo perde um pouco de seu espírito quando a gente vê tanta gente da produção na tela, com câmeras, microfones, ou coisas do tipo. Enfim, no final das contas, as tribos empataram. De 8 sacos, cada uma levou 4 pra casa.
Já a segunda prova, a de imunidade, mais uma vez foi retirada de Survivor Tocantins. Taíba acabou levando o ídolo, mas a parte boa da prova ficou pro final: mais 2 participantes iriam pro Exílio. A equipe azul escolheu Felipe, e este, para a surpresa de Gabriela, acabou levando a mineira de acompanhante. A surpresa do Exílio foi que a recompensa não era, de cara, uma imunidade. Dessa vez, eles teriam que seguir as dicas pra encontrá-la. Mas nenhum dos dois conseguiu – o que quase levou Felipe à eliminação, porque a votação no Portal foi bem disputada.
Foi aqui que a influência de Rafão e sua aliança com Marcelo falaram alto. Foram 3 votos pra Bia (Rafão, Marcelo e Felipe) e 3 votos pro Felipe (Jéssica, Luciana e Bia). BEM interessante os votos divergirem entre Jéssica e Rafão. O namorico dos dois parece não valer pra hora do jogo, e eu torço muito pra ver uma reação da Jéssica com relação a isso no próximo episódio. Quanto ao desempate, achei injusta e ao mesmo tempo interessante a maneira escolhida. Com os próprios participantes decidindo qual dos dois sairia, claro que a voz do mais influente falaria mais alto, mas isso também pode trazer bons atritos pro resto do jogo. Assim, Rafão e Marcelo (provavelmente) impuseram suas vontades e fizeram de Bia a 7ª eliminada do jogo.
Pra próxima quinta, não vou nem mais torcer pra um episódio melhor, vou ficar só na expectativa de que o Felipe mantenha sua raiva com relação ao Rafão, e, junto com a Jéssica e Luciana, elimine ou ele ou o Marcelo no próximo Portal.
