Nurse Jackie é a minha mais nova comédia favorita. Sim, comédia. Principalmente agora, que How I Met Your Mother e The Big Bang Theory estão de férias. A mais nova séie do Showtime me lembra muito Desperate Housewives nos seus tempos áureos, quando o humor era negro ao extremo (quase carvão) e rir era uma constante, não uma exceção, como hoje.

Os 60 segundos em que vimos Zoe e Elenor jantando foram os mais engraçados da série até então. Isso, claro, até pouco tempo depois, quando o choque de Mrs. Akalitus levou, com folga, a medalha de momento mais divertido e inusitado de Nurse Jackie.

E como passam rápidos todos os momentos da série! Se muitos dramas, ou até comédias, se arrastam, tornando os seu 41 ou 21 minutos intermináveis; os 25 minutos de Nurse Jackie parecem durar cada dia menos, tamanha a fluidez dos episódios.

E começo a desconfiar que o interesse de Jackie por Eddie não passa de um interesse pela disponibilidade de medicamentos que ele lhe proporciona, seja para uso próprio ou para com seus pacientes. E é aí que se esconde um dos grandes trunfos da série: a maneira como Jackie realmente se importa com seus pacientes. Seja com um senhor idoso sendo importunado por sua mulher histérica, seja por uma criança que tem que lidar e cuidar de sua mãe doente. Tudo isso sem deixar seus próprios problemas de lado, já que Grace continua fazendo desenhos tristes e sem cor.

(A Califórnia aos olhos de Grace)