No 1×06, embora toda a trama da enfermeira em estado terminal tenha sido bastante interessante, isso acabou não acrescentando em nada ao desenvolvimento dessa primeira temporada. Não me entendam mal, acho bom ter episódios focados unicamente neles mesmos, que não interferem muito na narrativa. Episódios como o 1×04 de Psychoville, que são gostosos de assistir, mas no final das contas, se não existissem, não fariam diferença à série.
De qualquer forma foi bastante interessante a forma com a qual a questão da eutanásia foi abordada. Não era uma grande questão ética em que todos se martirizam se devem se envolver ou não. E sim algo que precisava ser feito, pronto, e assim o seria.
Mas a grande dúvida gerada por esse episódio é mesmo como Jackie, sendo tão feinha e sem graça, pode ter duas filhas tão lindinhas? E quanto as mães de Coop, espero que ainda vejamos mais dessas duas grandes (e subestimadas) atrizes.
Já no 1×07, Eddie finalmente disse a Jackie o que eu já sabia: o interesse dela não é bem por ele, e sim pelas pilulas coloridas e brilhantes a que ele tem acesso garantido. E foi pra quem já estava com saudade de ver em Jackie as atitudes que a marcaram nos primeiros episódios (como jogar na privada a orelha de um cara que esfaqueou a mulher), que ela arrancou aquele catéter de uma forma tão gentil!
E como é bom assistir uma série em que é tão fácil gostar dos amigos do protagonista! Porquê, convenhamos, é complicado acompanhar satisfeito algo como Veronica Mars, em que por mais que você goste, tem que ficar rezando pra que o foco volte correndo pra protagonista e deixe seus amigos chatos de lado. Em Nurse Jackie somos total e completamente mimados; Zoe, Eleanor, Eddie, Coop e cia. são coadjuvantes de respeito. Personagens redondos que serão desenvolvidos com calma e a seu tempo, como vimos dessa vez com a história do pai de Eleanor.