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Once Upon a Time – 1×02 The Thing You Love Most

Por: em 31 de outubro de 2011

Once Upon a Time – 1×02 The Thing You Love Most

Por: em

“All power comes with a price.”

 

Apaixonante. Não há descrição melhor para Once Upon a Time. Mais um episódio que conseguiu nos passar o encanto dos contos de fadas.

Para analisar uma produção, precisamos levar em conta o contexto em que ela se insere: em alguns momentos, os efeitos da série são extremamente toscos, como na luta entre a Rainha Má e a Maleficent (Kristin Bauer – a Pam, de True Blood), porém, como foi muito bem dito em um comentário no texto de primeiras impressões, é exatamente esse surrealismo que nos transporta de volta à nossa infância e mostra toda a magia que envolve ashistórias que costumávamos escutar. Afinal, naquelas histórias, o Príncipe lutava sim, mesmo com uma criança no colo, a neblina era luminescente e engolfava a todos, e o mais importante, como foi mostrado em “The Thing You Love Most”, há um preço para tudo, e não há atitude que possa passar ilesa, sem exigir sacrifício.

Lana Parrilla segue impecável em seu papel de Rainha Má/Regina, e é o grande destaque do elenco, juntamente com o pequeno Henry, que segue surpreendendo. Já a construção da personalidade de Emma (Jennifer Morrison) vem sendo bastante conturbada, já que a mesma não possui o carisma necessário para segurar o posto de protagonista, em cena com Regina, Henry ou até com alguns dos coadjuvantes, Emma acaba por ser suprimida, e os roteiristas, tentando minimizar o fato, buscam dar-lhe um toque “menos bonzinho” e um aprofundamento mais verossímil, mesmo assim, para não sucumbir de vez, Jennifer tem um longo caminho a trilhar.

O que me agradou imensamente neste episódio, foi o desenrolar do passado da Rainha, e os esclarecimentos que a levaram a lançar a maldição sobre os contos de fadas. Os flashbacks continuam sendo utilizados em larga escala, e o passado, acaba sendo o mais atrativo, afinal, praticamente contava os segundos para cada nova aparição da Rainha e o desenrolar dos fatos. Algo que será ainda bastante abordado, é o fato que levou ao ódio da majestade com relação à Branca de Neve, pelo que entendemos, a Rainha já teve uma vida feliz, mas algum evento fez tudo virar de pernas para o alto. A humanização da personagem, que a primeira vista parecia puramente maligna, foi um grande acerto, e, seguindo a linha mágica, assim como as antigas histórias, veio daí a lição que o episódio nos passou: tudo, absolutamente tudo, tem seu preço e exige sacrifício. Para nossa felicidade futura, muitas vezes temos que abrir mão de algo que nos é de grande valor (como a Branca de Neve teve que abrir deixar sua própria filha, para garantir o futuro de todos), e para o regozijo daqueles que desejam o mal, o sacrifício pode ser ainda maior, como a Rainha, que foi obrigada a tirar a vida de seu pai, a pessoa que ela mais amava e o único que a compreendia, em busca do sentimento de vingança, que era sua felicidade momentânea.

Agora, essa história de que talvez o Henry seja, na verdade, o pai da Rainha Má, deu um nó na minha cabeça, que coisa mais doida, mas realmente é justificável, afinal, que outro motivo Regina teria para adotar uma criança? E aí, faz todo o sentido o garotinho saber da maldição e todos os detalhes, não é mesmo? Rumpelstiltskin segue cada vez mais misterioso, e agora descobrimos que a prefeita tem questões pendentes com ele. A vida dela, aliás, está ficando cada vez mais incômoda, já que Emma parece disposta a enfrentá-la e mostrar do que é capaz. Achei fantástica a cena em que ela recolhia as maçãs espalhadas pelo quintal.

Quando a audiência, não poderia estar mais satisfeito, Once Upon a Time praticamente manteve os excelentes números da estréia, com 11.64 milhões de espectadores e 3.9 na demográfica 18-49 anos. Se continuar assim, poderemos cogitar “six season and a movie”, como diria o Abbed, de Community.

 

texto dedicado à minha avó que nos deixou nesta semana. We miss you so badly.

Tobias Romanzini

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Fringe e séries policiais

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