Filho de peixe, peixinho é.
Sabe aqueles momentos em que Once Upon a Time te deixa sem palavras? Pois é, assim foi com esse episódio. Depois de alguns momentos de marasmo, em que a trama parecia presa ao “conto da semana”, a história voltou a evoluir já há alguns episódios, mas atingiu o ápice em “The Stable Boy”.
Um dos momentos mais esperados da série foi, enfim, retratado: o esclarecimento do ódio que Regina sente pela Branca de Neve, e eu não poderia ficar mais impressionado com a forma com que a história foi contada. Primeiro, ao nos mostrar Regina como uma boa moça, apaixonada e tendo que enfrentar sua malvada mãe, eu fiquei ainda mais do lado da personagem. Sim, porque é impossível não amar nossa Rainha.
Então, com a apresentação da little Snow, eu não curti muito, achei que ela delataria Regina apenas por birra, mas a pequena me surpreendeu, e no final eu estava sem saber quem defender. De um lado, Regina, magoada, com o coração partido e tendo que se render às vontades da mãe; de outro, Branca de Neve, uma criança que foi iludida e achou estar fazendo ao certo.
Ao final de tudo eu só queria mesmo é que a Cora se explodisse por fazer isso com as duas! Vale elogiar o excelente desempenho da Barbara Hershey, que deu um verdadeiro show de atuação. O mesmo vale para Bailee Madison, que interpretou de maneira muito similar à Ginnifer Goodwin, mantendo os traços da Branca de Neve. O mesmo eu não posso dizer do Noah Bean, como Daniel, deixou um pouco a desejar, foi superficial demais, mas esse incomodo pode ser pelo fato dele estar sempre em cena com a Lana Parrilla, que simplesmente engole a atenção. Digamos, então, que ele foi ok.
Acho que a gente nem pode culpar tanto a Regina, sua vingança (Hello, Emily Thorne!) chega até a ser compreensível, apesar de ser feita pelas maneiras erradas. No final de tudo, Branca não tem culpa, o Rei não tem culpa, o Regina e seu pai também não. A magia e a maldade vieram pela sua mãe. Não mostraram que fim a Cora teve, pode até não ser relevante, mas eu adoraria ver que morte sofrível ela deve ter tido, será que foi pelas mãos da filha?
Já em Storybrooke a coisa tá melhor do que nunca! A coisa tava feia pro lado da Mary Margareth, mas graças a Emma e August (fiquem juntos logo!), houve uma luz no fim do túnel, que no final deixou todos felizes e boquiabertos! Esses produtores não cansam de nos surpreender!
Eu estava crente que resolveriam esse mistério da Kathryn nesse episódio, afinal, a situação se tornaria insustentável para a MM. E até porque, se fosse ela estivesse mesmo morta e Mary fosse condenada, bem, a série não teria mais motivação. Mas enfim, foi um excelente meio de resolver a trama.
Acho que tem um dedo (ou uma mão, ou um feitiço) do Mr. Gold no meio disso tudo. Creio que ele estava fazendo jogo duplo com a prefeita, porque sua lealdade está com Emma e a liga do bem. Olha, assim eu espero, e isso só faria com que ele ganhasse mais pontos comigo.
Mesmo com esse episódio espetacular, a série marcou, pela terceira vez consecutiva, o pior índice de audiência desde a estreia: 2.7 na demo 18-49 e 8.20 milhões de espectadores totais. Mas dessa vez é até justificável, já que a produção enfrentou a premiação da Academia de Música Country. Sabe que TV é movida pela audiência, e não qualidade. Ainda estamos longe de nos preocupar, mas sempre é bom subir e marcar acima dos 3.0 na demográfica, que é o que realmente importa.
PS: tive uma crise de riso na cena em que a Emma disse que esqueceu o livro de códigos e o Henry, encantador como sempre, faz aquela cara de “aff”.
Agora o momento em que todos vamos xingar muito no Twitter: aqui vamos nós mergulharmos em um hiatus de três semanas. Sim, a série só volta com inéditos no dia 22 de abril, para os quatro episódios finais, que já tem nome:
- 1×19 – The Return
- 1×20 – The Stranger
- 1×21 – Apple Red as Blood
- 1×22 – A Land Without Magic
A promo do retorno que, casualmente – ou não – se chama “O Retorno”, você confere abaixo.
Não morram de saudades, eu volto em três semanas nesse mesmo canal. Até lá.