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Once Upon a Time – 2×10 The Cricket Game

Por: em 8 de janeiro de 2013

Once Upon a Time – 2×10 The Cricket Game

Por: em

O último episódio de Once Upon a Time foi bastante bom, provavelmente o melhor da temporada. Confesso que sou uma das pessoas decepcionadas com essa segunda temporada, e fico realmente contente com o fato desse episódio, The Cricket Game, ter sido tão bom quanto seu antecessor. Será que a boa e ainda não tão velha OUAT voltou aos seus dias de glória?

Não é a primeira vez que escrevo isso numa review, e provavelmente não será a última: os bons episódios, em sua grande maioria, são aqueles cujo foco é em Regina. Em geral, em todos os momentos em que a série aposta nos seus personagens centrais e procura desenvolver a trama central da série, ela se dá muito bem, porque é isso que nos prende e nos motiva a assisti-la. Por exemplo, antes desses dois últimos episódios, ambos ótimos, tivemos um que focou bastante na Red/Ruby/Chapeuzinho Vermelho, e, mesmo eu adorando a personagem, achei o episódio ruim.  Assim, espero que a série continue nesse caminho, mesmo eu reconhecendo que todos os personagens tem sua importância na trama.

Nós todos já sabíamos, desde que conhecemos o desejo de Cora de dar uma passadinha em Storybrooke, que sua estadia seria um tanto quanto conturbada. O que eu não esperava, contudo, é que no seu primeiro dia no novo “reino” ninguém notaria sua presença. Definitivamente a Rainha Má Mãe continua me surpreendendo. Mas tudo isso não quer dizer que ela não tenha deixado sua marca, pelo contrário, ela não só o fez, como o fez muito bem. Ao incriminar Regina pelo suposto assassinato de Dr. Hooper, ela matou dois coelhos numa cajadada só, pois agora também tem o Grilo Falante sob cativeiro, e ela fará de tudo para ele abrir a boca e contar todos as lamentações de Regina em suas consultas. Cabe ainda acrescentar que fiquei um pouco frustrado de ver Dr. Hooper vivo. Não eu que não goste do personagem, aliás, não gosto mesmo, mas quem eu esperava que talvez pudesse estar lá é o filho do queridíssimo Rumple. Infelizmente, não foi dessa vez que o mistério começou a ser desenvolvido e teremos que esperar mais um tempo para descobrir que fim levou Bael.

Pois então, comentei acima que o episódio foi bom porque trouxe Regina como o centro das atenções, vamos a alguns fatos sobre nossa Evil Queen predileta. Essa personagem ganhou nossa corações, sem dúvida, e quando digo isso não me refiro a corações guardados em caixinhas de madeira. Me refiro à sua caracterização. Regina não passava de uma doce jovem filha de dois pais, mesmo infelizes como casal, que sempre conseguir dar à sua filha uma boa vida. Foi o amor que destruiu a vida dela. Ao se apaixonar por Daniel, sua mãe Cora, também supostamente movida pelo amor à filha, matou seu possível futuro genro. Não podemos julgar uma mulher que deseja o melhor para sua filha. Agora, podemos sim, quando ela utiliza os métodos nada ortodoxos que Cora utiliza. E foi esse grande trauma que vem alimentando o ódio de Regina por Snow desde então. E agora, é novamente um amor, maior ainda que aquele que nutria por Daniel, que pode novamente mudar Regina.

Henry é a chave da questão, desde sempre. E os roteiristas vem sendo muito competentes em abordar essa relação, mesmo. As atitudes do pequeno são sempre muito coerentes, considerando sua inocência e, na maioria das vezes, falta dela. Do mesmo jeito, Regina e Emma agem da forma como uma mãe sempre agiu, quando não se trata de Cora, claro. O que procuro dizer, no final das contas, é que essa relação tripla é o que a série tem de mais rico e puro, e ouso dizer que será o que definirá o fim da série, quando ele chegar.

Eu torço e acho que sempre torcerei por Regina. Emma é uma personagem que desde o início não me chamou qualquer atenção. Se os roteiristas acertam em tantos pontos, é fato que ainda pecam na tentativa de humanizar sua protagonista. Já Regina sim, é palpável. No momento em que as duas discutem, após Emma decretar a prisão de Regina, e tentarem jogar pó mágico sobre ela para que perdesse seus poderes, fiquei indignado quando Emma gritou: “Ele é meu filho!”. Quase levantei e saí apontando o dedo na cara dela. Acredito que isso seja muito mais uma visão pessoal minha, mas não gosto da forma como Emma chegou na cidade lá atrás, e nem das suas atitudes mais recentes, querendo pagar de boa mãe. Afinal, apesar de Regina ser uma vilã, ela nunca abandonaria o filho, e esteve com ele desde o início, fazendo não o certo, mas o que achava certo.

É muito difícil, eu sei, confiar em Regina. Isso ficou nítido no episódio, Foi Emma, inclusive, quem mais insistiu para que todos dessem um voto de confiança para ela, mas isso foi motivado pelo seu faro para mentiras, que nunca falhou. Ela percebeu que Regina estava realmente tentando se redimir, e fico me perguntando se ela teria a mesma postura que Mary Margaret e David, caso não tivesse o instinto de notar quando uma pessoa mente. Provavelmente sim, e isso só me faz gostar ainda menos da personagem.

Outro questão bastante interessante do episódio foi que, como quase sempre, ficamos sabendo de uma parte interessante da história com os tradicionais flashbacks. Regina chegou a ser capturada por Charming e Snow White e, não digo incrivelmente porque é típico dos personagens, eles pouparam a vida dela. Isso muito mais por causa de Snow, que impediu, por segundos, que Regina fosse executada, e não assassinada, como Charming fez questão de citar. Dessa forma, as duas ficaram quites, Regina já havia salvo a vida de Snow uma vez, e foi por causa dessa ocasião que todo o resto aconteceu, e agora foi a vez de Snow retribuir o gesto. Eu só não esperava que, além disso, ela ainda soltaria Regina. Sem  dúvida, Snow continua me conquistando a cada dia mais, mesmo com atitudes quase estúpidas como essa, mas que só tornam sua personalidade ainda mais interessante.

Também conhecemos o motivo de Regina querer tanto ir para outro reino. Em troca de sei lá eu o quê, Rumple imunizou Charming e Snow de qualquer maldade que a Rainha pudesse tentar. Com isso, a esperança de Regina de acabar com Snow, naquele reino, se anularam. Assim, a única alternativa foi levar todos para o nosso mundo.

Resta dizer que espero que a série mantenha o ritmo desse e do episódio anterior e continue abordando muito a relação entre mães e filhos, e aí incluo Snow em relação à Emma também. Não digo relação entre pais e filhos porque isso incluiria David, e, sinceramente, não me agrada muito sua presença em cena. Agora peço que você deixe suas considerações sobre o episódio e a série em si. Estou muito curioso para debater o futuro dessa trama que promete, sem dúvida, ser bastante agitada nos próximos episódios.

Outras observações:

– Fiquei morrendo de dó daquele pescador transformado em peixe pela Cora.

– Apesar de considerar o casal lindo, foi estranho ver Snow e David na cama. Parece que tenho a impressão que personagens de contos de fadas não fazem sexo.

– Eu não me importaria de ter que passar por um maldição, caso isso me desse um diploma PhD.

– Será que Mulan e Aurora estão aprontando sozinhas no reino perdido? Acho que no final das contas elas vão desistir de ressuscitar Phillip e vão acabar engatando um romance. Só eu sinto um clima no ar?

– Hook totalmente avulso nesse episódio, hein?

– Emma tem mágica dentro dela! Sei que será muito importante para a série, mas fiquei totalmente indiferente à essa notícia.

– Lana Parrilla continua dando show. A cena final, na qual Regina chora no carro ao ver Emma contando a Henry que a mãe é uma assassina, é de arrepiar.


Micael Auler

Gaúcho que ama chimarrão e churrasco (tchê!) quase tanto quanto ama séries, filmes e livros. Para acompanhar, seja lá o que for, bebe: se não o chimarrão, café; ou então algo com um pouquinho de álcool.

Lajeado / RS

Série Favorita: The Good Wife

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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