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One Tree Hill – 8×18 Quiet Little Voices

Por: em 22 de abril de 2011

One Tree Hill – 8×18 Quiet Little Voices

Por: em

Quando eu achei que a temporada não poderia ficar melhor do que está, sou surpreendido com um episódio maravilhoso como esse, que trouxe uma carga nostálgica tão poderosa que, ao terminar de assisti-lo, acabei revendo alguns episódios antigos, lá dos tempos de 3ª e 4ª Temporada. Mark Schwann, mais uma vez, mostrou que é mestre em lidar com as emoções humanas e fez de Quitte Little Voices um episódio memorável não apenas para a 8ª Temporada, mas também para a história de OTH.

Quem esperava algum tipo de desenvolvimento de todos os cliffhangers deixados no 8×17, pode até ter se decepcionado um pouco. Eu não nego que, sim, queria ver onde daria toda a história do Nathan descobrindo que o Ian era o responsável pelo acidente da Brooke e do Jamie e estava curioso com o caso do jogador e da Alex, mas bastou o primeiro flashback surgir e eu sequer me lembrei que essas tramas existiam. Foi indescritível rever momentos marcantes da série ao decorrer do episódio e o melhor é que o recurso, em nenhum momento, soou forçado ou coisa parecida. O Mark conseguiu criar uma atmosfera onde o uso da forma de narrativa foi totalmente plausível e criou algo que as vezes soou como uma retrospectiva e as vezes veio como pura e simples nostalgia.


Eu não canso de dizer o quanto sou apaixonado por Nathan e Haley e o quanto a história deles me fascina. Se realmente existe algo no mundo das séries que me faz acreditar no amor, são esses dois. Portanto, rever partes da trajetória do casal foi sensacional. Se eu tivesse que escolher meu flash preferido, sem dúvida alguma seria o do primeiro beijo dos dois. Quando ouvi os acordes de I Dare You to Move e revi a cena, praticamente repetindo cada palavra com eles, eu percebi o quanto eu sou emocionalmente preso à OTH. Nate prometendo a ela que tudo ficaria bem e a beijando na testa marejou meus olhos.

Não sei se eu era o único, mas eu estava morrendo de medo de que alguma coisa desse errado no nascimento da Lydia. Sei bem como One Tree Hill se porta diante de eventos tão importantes e já estava esperando uma tragédia – o que só ficou ainda mais forte depois da cena de Jamie e Nathan na igreja. Então, quando o rapaz saiu, no final, falando que tudo estava bem e quando a Haley surgiu com a menina nos braços, eu respirei aliviado. E nem preciso dizer o quão fofo e bacana foi ver o Jamie todo preocupado com a irmã e pedindo a ajuda da Brooke, da Quinn e do Clay pra fazer um “livro de coisas que ela deveria saber”.  Aliás, o moleque mandou bem comandando as citações do episódio. E falando nela, mais alguém teve deja vu do poema que a Peyton citou lá no 3×01, sobre o número de pessoas no mundo?

Rever a Quinn implorando pra que o Clay abrisse os olhos foi desesperador. A cena é facilmente uma das minhas favoritas do casal (e também uma das mais emocionantes da série) e eu não esperava que ela aparecesse aqui. Foi um bom contraste, já que a função dos dois nesse episódio era divertir o Jamie e não deixá-lo pensar muito na Haley tendo o bebê. Sensacional os três tentando comer 6 bolachas de sal em menos de 1 minuto. Eu não conseguiria.

Quando aquele cara apareceu e começou a conversar com o Julian, algo em mim despertou e eu imaginei que ele poderia ser o pai do bebê da Chloe. Fiquei torcendo com todas as minhas forças pra que estivesse errado, mas não deu outra. E se eu já tinha quase chorando com o flashback da Brooke contando para o Julian que não podia ter filhos, quando ela percebeu que a Chloe tinha desistido de lhe entregar a criança e fez aquela expressão de dor, eu não consegui me segurar. Escorreu uma lágrima do meu olho e uma vontade de abraçar a Brooke surgiu sabe-se lá de onde. De alguma forma, eu imaginava que essa história da adoção poderia não dar certo. Mas mesmo assim, foi duro ver o casal Baker destroçado por dentro com o fim da história.

Se a Lydia não tivesse nascido nesse episódio, talvez não tivesse sido tão triste quanto foi ver Brooke e Julian chorando por não conseguir a criança. A cena final acabou sendo ainda mais arrasadora do que eu achei que seria e a Sophia conseguiu passar a exata dualidade que o momento pedia; enquanto uma parte dela chorava de emoção por segurar a filha da grande amiga nos braços, a outra parte chorava de tristeza por saber que o sonho de segurar sua filha nos braços teria que esperar um pouco mais. Uma situação daquelas que só Mark Schwann consegue fazer.

Faltam 4 episódios pro fim da temporada e a situação ainda é incerta. Pelo clima atual, eu diria que a hora de se despedir definitivamente de Tree Hill se aproxima. Mas, como estamos falando da CW, o canal mais imprevisível da TV americana, nada é impossível. Eu, honestamente, não sei o que pensar. Enquanto parte de mim se recusa a se despedir de uma das séries que mais marcou minha vida, a outra diz que não existe um caminho adiante e que o melhor a se fazer é terminar agora, com chave de ouro e uma temporada – até aqui – irretocável.

Acho que, no fundo, eu tô tão dividido quanto a Brooke.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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