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One Tree Hill 8×03 – The Space In Between

Por: em 30 de setembro de 2010

One Tree Hill 8×03 – The Space In Between

Por: em

“As pessoas acham que conhecem Nathan Scott. Eu sei que eu achei que conhecia. Mas eu descobri algo novo hoje: Nathan Scott é um mártir.”

Foram as palavras ditas por Peyton Sawyer ao fim do 13º episódio da 4ª temporada. Em nenhum momento desses 4 anos que se passaram, elas fizeram tanto sentido como agora. Nathan cresceu. E como cresceu. Tentem comparar o cara desse episódio com aquele moleque inconsequente que conhecemos no piloto. É outro homem. Absurdamente mudado para melhor. Aquele monstro de egoísmo se transformou em uma pessoa absurdamente altruísta. Talvez até mesmo o ser mais altruísta da série.

Nós acompanhamos toda a evolução; desde as brigas com Lucas até a paixão por Haley. Casamento, separação, casamento de novo, basquete, brigas, cadeira de rodas, problemas na costas, NBA. A gente tava com o Nathan em cada um desses momentos e foi testemunha do crescimento dele. Nesse episódio aqui, ele voou mais alto. E eu não vejo palavra melhor para descrever esse passo. Ele voou como um herói, em socorro aos que necessitam. O desejo dele de sacrificar o sonho de sua vida pelo amigo que ele tanto ama prova isso e vai além: foi simplesmente uma das mais bonitas provas de amizade que eu já vi no mundo dos seriados. Imagina se o mundo fosse feito de mais Nathan’s Scott? Tudo seria mais bonito.

“Eu não sou forte o suficiente, Haley. É demais para mim.”

Eu não me lembro, nem quando a Haley saiu em turnê, de ter visto o Nathan assim. Derrotado. Destruído. A sensação de impotência era clara nos olhos dele. A dor que ele sentia era absurda e visível. E se eu estava achando isso durante a sequência em que ele descobre que não poderia doar o rim, quando ele desabou olhando os cavalos eu simplesmente desabei junto. Não lembro exatamente da última vez que OTH me deixou assim, se é que ela existiu. A conversa que se seguiu com Haley foi uma das mais emocionantes que eles já tiveram na série. Esse companheirismo que eles partilham é de dar inveja. A gente sabe que um SEMPRE vai estar lá para o outro, mas ver isso sendo dito não tem preço. De verdade. E é com o peito estufado que eu digo que o Jamie está seguindo o caminho do pai que ele tem. Quando ele perguntou se poderia doar o rim para o Clay, de forma que o Nathan pudesse continuar a jogar, eu abri um sorriso de ponta a ponta. Esse garoto é demais. Simplesmente isso.

“Eu não quero viver sem você. […] Esse mundo é tão escuro e tão grande. […] e no meu paraíso só tem nós. Eu e você.”

Outra que eu preciso elogiar MUITO é a Shantel. Essa garota me irritava demais no começo da 7ª temporada, pelas caras e bocas exageradas. Mas eu preciso tirar o chapéu. A Quinn está absolutamente incrível e dividiu meu estoque de lágrimas desse episódio com o Nathan. Lindo ela e o Jamie dormindo juntos e toda a preocupação com o Clay. A conversa deles foi algo inenarrável. Eu tive que pausar o episódio para respirar um pouco depois. “Eu acho que eles estão com medo de perder você.” foi de partir o coração e a Shantel não deveu em nada. Ela sabe que não vai suportar perdê-lo. E ele prometeu para ela que voltaria. Mas ela precisava pedir. Pedir que ele abrisse novamente aqueles olhos que conseguem enxergá-la de uma maneira tão diferente e tão única. Faz apenas uma temporada que o casal foi inserido na série, mas eu não me canso de dizer o quão marcante eles já são. São cenas como essa que provam isso. O choro da Quinn não é só dela. É o choro de todos nós. Porque, afinal de contas, todos estávamos com medo de perder o Clay.

“Quando ele acordar, nós deveríamos arrumar confetes.”

Brooke Davis quer um filho. É o sonho da vida dela e eu espero SINCERAMENTE que o Mark brinde a personagem com isso. Não só a personagem, como também a todos nós que a amamos. Enquanto esse filho não chega, ela cuida de Jamie. E a interação do garoto com ela e Julian é algo tão bonito, mas tão bonito. O Jamie é um personagem único, que consegue me levar do riso ao choro em coisa de minutos. Em um instante eu estava sorrindo pela dúvida dele sobre a origem dos bebês. No seguinte, eu chorava quando ele correu para abraçar a mãe completamente desabada no hospital. Ouví-lo dizer para Brooke e Julian que eles serão ótimos pais um dia renovou as esperanças no meu coração. E no meio de tanta dor e desejo, Brooke é uma vencedora. Se Nate é o herói da série, Brooke é a heroína. Foi LINDA a cena onde ela abraça a Victoria quando descobre que a mãe decidiu se entregar para a polícia. Eu não achei que essa história se resolveria tão cedo na temporada, mas gostei e quero ver como o Mark vai continuar desenvolvendo.

As cenas de Clay com o Will foram ótimas. O cara era muito legal e mostrou para o Clay o quanto ele era amado. Eu sentia que ele iria realmente morrer, mas isso não me impediu em nenhum momento de pensar que o Clay era a vítima quando o fundo preto apareceu. A narração da Quinn foi um golpe baixo e – por um momento – eu realmente achei que o Mark tinha aprontado essa conosco. Aparentemente, Clay recebeu o rim dele. E agora, como tudo isso vai continuar? Eu não sei, mas eu confio no Mark. One Tree Hill está fantástica. Por mais redundante que isso possa parecer. Não há outra palavra. Simplesmente fantástica.

“Seus orgãos foram doados para que outros pudessem viver.”

P.S: Adorei a narração em podcast do Mouth . Combinou direitinho com o episódio e as citações foram ótimas. Valeu, Mark.

P.S.S: Adorei o momento família de Brooke/Julian/Jamie.

P.S.S.S: Novamente começamos o episódio com Haley escrevendo para Lucas. Isso está trazendo uma nostalgia danada.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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