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O que esperar de 2018

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One Tree Hill 8×08 – Mouthful of Diamonds

Por: em 11 de novembro de 2010

One Tree Hill 8×08 – Mouthful of Diamonds

Por: em

“This looks like a place I could call home forever.”

Nostálgica é a palavra ideal pra definir essa oitava temporada. Semana pós semana, Mark Schwann brinca com detalhes de diálogos, fotografia ou locação. Citações a Lucas e Peyton (preparando nosso espírito, mesmo que não nos demos conta disso – para a já quase confirmada volta) e toda uma atmosfera das primeiras temporadas dão um tempero a mais pra esse oitavo ano, que continua sendo um dos meus favoritos até agora por me lembrar episódio após episódio o porque eu amo tanto One Tree Hill. É porque aquela não é só a casa deles. É também a minha casa. A nossa casa. A frase do Troy pro Nathan poderia facilmente sair da minha boca – ou da sua – em uma referência à Tree Hill. E são esses detalhes que fazem com que, mesmo quando o episódio não me satisfaça por completo, eu saia feliz.

De fato, Mouhtful of Diamonds foi um episódio que eu gostei bem mais assistindo pela segunda vez. Continuo achando que foi o mais fraco da temporada e, em alguns momentos, achei um pouco chato e arrastado. Meu maior problema foi que eu senti tudo muito solto. Parecia um quebra cabeça onde as peças não se encaixavam e a aleatoriedade dominava tudo. Senti muita falta também de uma interação maior entre os personagens. Os núcleos foram reduzidos a Brooke/Julian, Haley/Jamie, Haley/Mia e outras duplas. Por experiência própria – a amarga 6ª temporada e boa parte dos episódios da 7ª – sabemos que isso não funciona na série. Deixa os episódios nesse ritmo arrastado, uma coisa que eu ODEIO admitir quando acontece com One Tree Hill. Como contraposto, o resultado final desse episódio em questão parece nos levar a uma incrível jornada.

What Comes Next foi gravado e ele com certeza ainda vai ser importante. Acho que eu já disse por aqui que imagino uma eventual series finale (supondo que – eu espero que não – a série se encerre em maio do ano que vem) onde ele é exibido e faz com que todo mundo chore. Os depoimentos de todos foram recheados de saudade e me fizeram recordar do episódio da cápsula do tempo, lá na 2ª temporada. Foi lindo ver o Nathan se referindo ao basquete como “the one thing on earth that I feel like I was born to do.” E aqui eu abro um parêntese pra falar do rumo que a trama do Nate tá tomando nessa temporada. Como eu já falei em reviews passadas, tá sendo MUITO doloroso pra ele desistir do basquete. Mais do que qualquer um pode imaginar. Essa coisa toda de agente ainda não tinha me empolgado muito (e ela foi uma das responsáveis por eu achar esse episódio o mais fraco da temporada), mas eu acho que agora engrena. Eu senti uma pontada no coração quando ele tirou a bola de basquete da sua estante e substituiu por uma de futebol americano. Mas eu entendo. Entendo e aceito. É hora de mudanças, de seguir em frente. O Nathan agora é treinador do Troy. E eu espero de coração que ele consiga se encontrar no futebol americano tanto quanto ele se encontrava no basquete.

“When Peyton was having a bad day, she used to come up here and throw water ballons at people to fell better.”

Essas refências não podem ser aleatórias. Durante todos os 22 episódios do ano passado, Lucas e Peyton quase não foram lembrados, diferente do que tá acontecendo esse ano, onde eles são citados em TODO episódio. Foi lindo ver a Brooke falando da melhor amiga e atirando os balões de água. A trama da Brooke esse ano é uma das mais interessantes. Tá sendo muito bacana ver o modo como ela tá lidando com a perda da loja e os preparativos do casamento com a Julian. Daí agora ainda veio a Sylvia. A conversa delas no início do episódio foi engraçada, mas a do final foi bem mais sincera. Lindo de verdade ver a mãe do Julian dizendo que a mãe da Brooke deveria ter orgulho da filha. Acho que agora elas se entendem de vez, né? Sogra atrapalhando casamento já deu, gente. A Brooke se faz de fortaleza, mas a gente sabe que, no fundo, ela é a personagem mais vulnerável da série. E é alguém que, ao desabar, precisa que uma pessoa que a ame e a entenda esteja ali, do seu lado. E o Julian tá cumprindo esse papel muito bem. As cenas dos dois como casal estão fantásticas nessa temporada. Alguém ainda tem dúvidas de que B. Davis finalmente encontrou o cara que a fará feliz pelo resto da vida?

A trama da Haley com a Erin parece promissora. A gente ainda não sabe direito como vai acontecer, mas a mulher tem uma voz linda e tem uma excelente sintonia em cena com a Bethany Joy. Quero vê-la em uma trama a parte da Red Bedroom Record também. A Haley, aliás, estava incrível nesse episódio. As cenas ao lado do Jamie-preocupado-com-usar-aparelho foram perfeitas e recheadas de momentos-ternura, como a Hales contando quando usou aparelho nos dentes. E ela citou o Lucas, né? Daí veio mais nostalgia. “Uncle Lucas was the first person I saw, and you know what he said? He said ‘Cool’. And everything was okay after that.” E foi bonito também ver a mesma cena se repetindo com o Jamie e a Madison, no final do episódio. A amizade de Lucas e Haley sempre foi uma das minhas coisas favoritas em One Tree Hill e eu a vi ali de novo, como uma semente.

Agora quanto as outras tramas do episódio… Meu problema foi mesmo com elas. Eu tô ficando cansado desse draminha do Chase. Adorei mesmo só vê-lo se estapeando, mas o triângulo que anteriormente eu achava engraçado, tá começando a me irritar. Tomara que resolvam isso logo de uma vez. E, que fique claro, se é pra escolher entre Alex e Mia, mil vezes a Alex, que fez falta nesse episódio. O Mouth tá completamente perdido. Nesse episódio ele não ficou tanto assim pela gravação do documentário, mas alguém sabe qual é a história dele esse ano? Pois é. A mesma coisa vale para o Clay, personagem que eu adoro muito, mas que, por algum motivo estranho, não consegui me importar muito nesse episódio. Mas eu gostei, contudo, da cena do cemitério. Foi bem bacana vê-lo conversando com a lápide do Will.

Apesar de tudo, não dá pra dizer que o episódio foi aleatório por completo. A aleatoriedade dele se encontrou nas tramas, que em nenhum momento se ligaram (tirando as gravações do documentário). E foi isso que o tornou meio arrastado em alguns pontos, ao menos pra mim. Não foi nada que vá comprometer o nível da temporada e nada que eu imagine que vá se repetir. Sou capaz de apostar que semana que vem teremos um episódio incrível, sem esses errinhos bobos e até mesmo com essas tramas paralelas (Mouth, Chase) um pouco mais interessantes. E até o casamento e a exibição do tal documentário, acho que muita coisa ainda pode acontecer. Eu confio e acredito em Mark Schwann, então eu tô tranquilo com what comes next. Vocês estão?

Pergunta: Alguém tá sentindo falta da Quinn?

“Happiness is a condition, not a destination. It’s like being tired or hungry. It’s not permanent. It comes and it goes, and its okays. And I feel like if people thought of it that way, they’d find happiness a lot more often.”


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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