“I Think I’m Gonna Like It Here” foi um dos melhores episódios da temporada. E não precisou de grandes eventos pra isso. Pelo contrário. Se destacou por saber contar suas tramas com uma simplicidade única, que já é marca registrada em OTH. Me trouxe um clima de small town, que eu não sentia há semanas na série, me levou do riso às lágrimas. Tudo foi dosado perfeitamente, desde o drama pequeno até a comédia. Colocou todos os personagens em devido destaque e soube fazer com que nenhum ofuscasse o outro. Cada um teve sua trama, sua importância. Nada ficou em excesso, nada faltou. Ao meu ver, um episódio perfeito.
Acredito que já disse por aqui, e mesmo que eu não tenha dito, salta aos olhos de quem assiste a série um fato: A trama do Ian é reciclada e não dá pra negar isso. Já vimos esse plot do Nathan agente, mas mesmo assim, o modo como desenvolveram a trama nesse episódio, me deixou bastante curioso para ver como a série ira seguir com isso. O diferencial é claro: Ian é torturado. É um personagem complexo e, mesmo que seu intérprete não seja dos melhores, deu pra sentir isso nesse episódio. O desabafo silencioso dele sobre o pai, o modo como jogava a bola no campo… Aliás, achei a cena dele e do Nate no campo uma das melhores do episódio. Foi onde consegui sentir, de verdade, mais ou menos como o cara se sente. Ter um pai ausente, que nem queria que você nascesse, deve ser barra. Por isso o Ian é tão fechado, tão amargo. Aposto que agora que ele será agenciado pelo Nathan, isso vai desenvolver conflitos com o Kellerman e eu quero ver quais serão eles. A pequena interação do rapaz com o Jamie também chamou minha atenção. Espero mais cenas deles.
O little Scott também arrasou no episódio. As cenas do início foram engraçadas. Quando eu li que o episódio focaria um pouco no jogo dele, tive medo de ser chato e maçante, então fiquei feliz que isso foi apenas um complemento e não a trama principal. Gostei muito da relação que fizeram com a luva que o Julian tinha dado ao garoto episódios atrás. Adoro quando a série faz referências a si própria e essa foi uma daquelas bem inesperadas, né? Mark sempre surpreendendo nos detalhes. Sou teu fã, tio! Foi engraçado ver o Julian tentando aprender as regras do jogo. A melhor cena do Jamie foi o final. Quando ele desceu as escadas da mansão e entregou a bola pra mãe, com aquela mensagem de fazer sorrir até o coração mais gelado, juro que meus olhos marejaram.
Valeu também ver o Julian com o Clay e o Nate. Acho que a relação dos três é algo bem legal e engraçado, que deveria aparecer mais vezes na série. Espero que agora que o moço está definitivamente casado com a Brooke, ele aparece mais nos points de Tree Hill com os guys.
Me surpreende que tenham conseguido deixar Millie e Mouth interessantes de novo. Os dois estavam completamente perdidos há duas temporadas e, finalmente, têm uma trama interessante. Toda a situação da Millie conseguir o emprego que o Mouth queria abriu uma janela de possibilidades e eu tô bem curioso pra ver quais serão os próximos passos dessa história. E o Mouth é um cara incrível, né? Poucos apoiariam a namorada do jeito que ele tá apoiando. Foi lindo quando ele disse pra ela a mesma coisa que ela o disse na 5ª temporada.
Outro casal que também venho gostado é Clinn. Embora nada de grande tenha acontecido aos dois depois do drama da Katie, gosto de vê-los simplesmente felizes. Nunca achei que ia dizer isso, mas é verdade. Adorei as indiretas dadas à Quinn sobre casamento. Acho que veremos os dois trocando alianças até o final da temporada. E alguém tem alguma dúvida de que vai ser naquele jardim? E falando nisso, não dá pra deixar de citar a montagem de cenas com os dois tendo flashs de quanto estavam no além-vida. Linda também.
E completando a parte dos casais-felizes-e-sem-drama, Nathan e Haley estão mais unidos do que nunca. Não que isso seja algo que a gente tenha duvidado, né? Mexer com Naley é pecado e o Mark deve saber disso. Especialmente agora, com a Lydia vindo. Preciso dizer que eu amei a escolha do nome? Não, né? Fantástico. Não poderia ser melhor! A cena do Nate perto do fim do episódio, dizendo que eles formavam uma linda família, foi sensacional e uma das melhores do episódio. Esses dois me inspiram, não canso de dizer isso.
Brooke, novamente, deu um show. Impossível não se emocionar e não torcer por essa personagem. O desabafo dela para a Chloe foi a melhor cena do episódio. Ela contando sua vida, expondo seu desejo mais íntimo… O de ser mãe. Fiquei com muito medo da Chloe voltar atrás ali e dizer que não daria o bebê porque ela e o Julian não seriam bons pais. O que nós sabemos que é mentira. Eles vão ser os melhores do mundo. Eu ainda não acredito que essa trama da adoção vá dar certo. Sei lá, é OTH. O Mark sempre arruma um drama a mais. Espero estar errado, porque a Brooke e o Julian estão tão animados… E falando nos dois, finalmente ouvimos como ficou o nome dela depois de casada: Brooke Penelope Davis Baker. Soa bem, vocês não acham? As cenas dos dois como casal também continuam fantásticas. Aquela com eles pulando na cama foi de lacrimejar os olhos de tão bonita. A Haley dando aquele discurso pra tentar salvar a Brooke também foi perfeito. Um dos muitos momentos que fizeram meus olhos ficarem cheios d’água.
One Tree Hill em sua essência, é como eu definiria esse episódio; leve e – ao mesmo tempo – pesado. Foi mais um passo dado de uma temporada que, a cada semana, galga um novo degrau rumo ao posto de minha favorita, entre todas. Pensar que a hora de dizer adeus pode estar quase chegando não é fácil. Dói. E dói muito.
