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One Tree Hill – 9×01 Know This, We’ve Noticed

Por: em 12 de janeiro de 2012

One Tree Hill – 9×01 Know This, We’ve Noticed

Por: em

“I like Tree Hill like this: Warm. Safed. Loved.” – Brooke Davis

Assistir uma série durante 8 anos acaba acarretando em consequências. Você se apega aos personagens, aos locais, as situações e a todo o clima que ele te passa. Com OTH não é diferente. Tree Hill não é só a casa dos personagens que amamos, mas é também a nossa casa. E voltar uma última vez para ela não vai ser fácil.

Dentro do que se espera de um Season Premiere, esse episódio cumpriu seu papel: Apresentou as histórias que serão desenvolvidas nos doze episódios restantes, nos transportou de volta pro clima do show e, acima de tudo, deixou um gostinho de “quero mais”, de querer saber onde tudo vai dar, além de ser possível reconhecer Mark Schwann e OTH em cada momento ali. Foi um episódio feito para fãs – assim como eu creio que a temporada toda será – e que nos colocou num clima meio dark, que segundo o Mark, irá predominar durante os próximos 12 episódios.

Dá pra ver esse clima de escuridão já nas citações, especialmente nas do Nathan, sobre inferno e demônios. E que sacada boa colocar a imagem do Dan sempre que citavam o demônio, não é? Ele, aliás, foi o destaque do episódio. Paul Johansson é um ator estupendo e mesmo eu nunca tendo sido fã de Dan Scott, dava certa tristeza ver o quanto o ator vinha sendo mal aproveitado nas temporadas anteriores, com aquelas aparições esporádicas – e algumas vezes sem sentido, confesso. Felizmente, parece que esse ano o cenário vai ser diferente. Teremos Dan como uma presença constante na temporada e a julgar por esse episódio, acredito que isso foi uma decisão acertada.

Os momentos dele com a Haley foram os melhores do episódio, especialmente o da igreja. O roteiro que o Mark escreveu pro Paul foi incrível e ele conseguiu colocar verdade em cada frase dita. O “Do you know what it’s like to have a beautiful granddaughter and have no expectations of holding her?” foi profundo, me arrepiou e quase me levou as lágrimas. Com o coração gigante que a Haley tem, eu estranharia se ela não acolhesse o sogro. A Joy não deixou a dever em nada e arrasou em cena. Ando inclinado a acreditar que, com o Dan morando com ela, Nathan e Jamie por um tempo, os dois vão criar algum tipo de aproximação, que justificará o choro da Haley na maca que vimos no começo, caso ali seja o Dan – o que eu ando inclinado a acreditar que sim. A possibilidade de ser o Nathan me assusta demais.

Gostei do recurso que o Mark usou. Jogar em nossa cabeça todas aquelas cenas fortes logo nos primeiros minutos de episódio funcionou pra criar uma expectativa quanto ao futuro. É impossível não ficar ansioso pra saber o motivo do surto da Brooke, da prisão do Chase, da surra do Julian, da parceria entre Dan e Chris e – principalmente – a identidade do corpo na maca, identificado pela Haley. Esse feeling bad já estava presente nesse episódio, mesmo que em menor escala, nos diálogos Naley pelo telefone, nos momentos em que a Haley via algo aberto, até mesmo no plot de sonambulismo do Clay – que eu confesso que não entendi bem o propósito, mas acredito que vai render. E foi lindo ver a Quinn acordada toda a noite pra cuidar dele. É como se tudo estivesse prestes a desmoronar.

Nem sei dizer o quanto fiquei satisfeito por não terem transformado a história da Brooke e do pai em mais um drama desnecessário. Esperava uma sequência de batizado um pouco maior, mas finalmente conhecemos Ted Davis. A interação dele com a Victoria foi incrível e trouxe ao episódio uma leveza, se contrapondo a escuridão que aos poucos vinha sendo colocada. E que gêmeos mais lindinhos, né? Adorei ver a família Baker cuidando do Jude e do Davis. Só tenho medo que algum drama maior venha a acontecer com eles. Parece que o Julian vai enfrentar problemas com dinheiro. Deu uma tristeza quando cancelaram o contrato do estúdio, espero que esses obstáculos não respinguem em nada na relação dele com a Brooke.

Durante os momentos em que a Brooke dirigia pela cidade, só eu fiquei esperando um acidente? A cara de Mark Schwann. Mas no fim das contas, era só mais um momento fofinho. E que momento. Depois das cenas de Dan e Haley, os melhores do episódio, de longe. As citações dela foram incríveis e deu pra ver o quanto a personagem evoluiu, não é? Brooke Davis ainda vai mudar o mundo um dia. Eu senti aqueles momentos dela como um momento nosso também. Não é só ela que cresceu em Tree Hill, não é só ela que gosta de lá quente, seguro e salvo, não é só ela que sente que, apesar de tudo, lá é bom. É um sentimento que, depois de oito anos, não é só dela. É nosso também.

E Chris Keller?! Não achei que tivesse sentido tanta falta do personagem. E como o Tyler Hilton melhorou como ator! Os momentos mais engraçados do episódio foram dele, desde o  Well, well até as indiretas-diretas pra Alex. Não sei se foi a presença dele ou o quê, mas a história do Chase não me irritou nesse episódio. Gostei da interação dele com a Alex e também sinto que isso está quase desmoronando. É felicidade demais para Mark Schwann, esse homem não é assim. Acredito que Chris vai acrescentar bastante pra esse ano, quero ver como vai ser a parceria entre ele e Dan Scott e qual vai ser a reação do Nathan ao vê-lo em Tree Hill novamente. Welcome back, Chris.

Eu não esperava aquela cena final. Imaginei que Nathan não chegaria a Tree Hill bem, que algo ia acontecer, mas gostei bastante de ver o encontro entre ele e Dan e mal posso esperar que semana que vem chegue logo, para saber onde tudo vai dar.

It’s done, folks. Foi dada a largada e agora só faltam 12. Preparam os corações, porque o momento de dizer adeus a Tree Hill de uma vez está cada vez mais próximo.

“Hell is empty and all the devils are here.” – Nathan Scott

A quem possa interessar,  a lista com a excelente trilha sonora do episódio você pode encontrar aqui.

PS – Momentos no Karen’s Coffe: Coisa mais awesome da semana!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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