Com um pouco de atraso – pelo qual eu me desculpo, foram intempéries do destino -, vamos comentar o que rolou em Love The Way You Lie, 3º episódio da derradeira temporada de Tree Hill. Eu consigo ver uma constante entre este e os outros 2 capítulos exibidos até agora. Todos fugiram do drama habitual a que os fãs de OTH estão acostumados e trouxeram um roteiro mais leve, pincelando um drama aqui, outro ali, mas nada realmente dark and twisted como os próprios atores afirmaram que seria. Pois bem, acredito que essa fase “feliz” chegou ao fim. A cena final, com o grito mudo de dor do Julian e o Davis sendo levado numa ambulância, veio com o intuito de quebrar a felicidade antes dominante e abrir as portas pro drama. E a gente agradece!
Às vezes dá raiva do quanto o Mark adora mexer com a Brooke. Jamie não teve problema, Sawyer não teve problema… E exatamente quando os gêmeos dela nascem – depois de tanta luta pra conseguir engravidar -, acontece esse plot do carro. É claro que o Davis não vai morrer, o Mark não seria sádico a esse ponto (se bem que eu também falei pra mim mesmo que ele não faria o menino ser esquecido dentro do carro e ele FEZ), mas eu nem quero pensar no drama que isso vai trazer pra vida da Brooke e, principalmente, pro Julian.
O nome do episódio da semana que vem é “Do You Want to Share the Guilt?” que, em tradução livre, fica “Você não quer compartilhar a culpa?”. Aposto que o Julian vai se culpar mais do que a gente – e a Brooke – está o culpando. Ele tava com a cabeça cheia pelo trabalho, reunião e tudo, mas nada justifica, claro. Ele pisou na bola FEIO e vai ter que lidar com isso pelo resto da temporada, eu acredito.
Como se a Brooke já não tivesse problemas pra lidar. Logo vi que essa história do pai não daria em coisa boa. Com certeza, o Ted não voltou para “retomar laços” com a filha e eu sou capaz de apostar que Brooke ainda vai se decepcionar mais ainda com o pai, e isso vai estar relacionado com o investimento na Baker Men. Foi interessante o paralelo do encontro fracassado acontecer no mesmo episódio em que o Julian esqueceu o Davis dentro do carro, quase uma aula do que os pais não devem fazer.
Em contrapartida, o lado cômico do episódio estava aflorado com Chris Keller. Sem dúvida, o retorno dele foi um dos grandes acertos desta temporada final, é incrível ver o quanto ele consegue irritar cada um dos personagens em questão de minutos. Pode ser viagem minha, mas eu sinto que a volta dele não vai se restringir a esse tom cômico e acho que em pouco tempo ele estará envolvido no turbilhão dramático que vai acontecer. Enquanto isso não vem, a gente curte momentos maravilhosos, como ele quase colocando fogo na cozinha do Karen’s Coffe.
E, na mesma linha do Chris, Dan Scott cada vez se confirma como um dos grandes nomes da temporada. Ainda não consigo enxergar essa bondade toda, alguma coisa ele está planejando e não deve ser algo legal. A abertura do café rival foi bem estranha, especialmente pelo Dan estar por perto na hora pra ajudar a Haley na cozinha. Eu estou gostando da interação entre eles. Os diálogos são muito bons, Paul e Bethany estão dando conta do recado e agora eu já vejo como totalmente possível a possibilidade do corpo na maca ser dele – e se a aproximação continuar assim, o choro será totalmente justificável.
Agora, uma trama que vem me surpreendendo é a de Clay e Quinn. Quando o sonambulismo foi apresentando, pensei comigo mesmo que era um desperdício de tempo e que não daria em nada. Então, qual não foi minha surpresa ao ver como isso está evoluindo para um drama legal e intenso sobre vício e drogas. E mais uma vez eu preciso dizer o quanto a Shantel melhorou! Ela está segurando muito bem as cenas de drama e a canastrice do Rob em algumas nem soa mais tão incômoda o quanto antes. Acho que a trama dos dois só tem a crescer e logo devemos estar diante da terrível discussão que foi mostrada naquele “compacto” da temporada.
Quanto a Millie, Mouth, Chase e Chuck, eu não tenho nem o que comentar. Na verdade, acho que o silêncio fala por mim. Pô, Mark. Tira eles e a temporada fica perfeita. Ponto. Tramas inúteis, desnecessárias e que só tomam tempo de tela. Porque não sei vocês, mas eu não me importo nem um pouco com o problema da obesidade (!) do Mouth ou a dor de cotovelo do Chase. Mas ok, o resto das histórias segue tão interessante, sendo desenvolvida aos poucos, que eles ainda não chegaram ao ponto extremo de incômodo.
Começou de vez. E agora só faltam 10. 🙁
