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One Tree Hill – 9×05 The Killing Moon

Por: em 9 de fevereiro de 2012

One Tree Hill – 9×05 The Killing Moon

Por: em

“I can’t believe you never try to fly.”      

Não há muito de novo o que dizer da 9ª e derradeira temporada de One Tree Hill. Continua emocionando em cheio, trazendo a essência da série à tona e me fazendo, semana após semana, terminar os episódios com um nó no estômago e levando horas e mais horas para digerir. Assisti The Killing Moon na madrugada de ontem pra hoje e o que eu posso dizer é que foi difícil dormir, já que sempre que eu parava pra pensar, o episódio retornava a minha mente e parecia ainda mais e mais perturbador.

Para vocês verem, nem mesmo Chuck e Chase me irritaram como de costume. Começarei falando por eles, já que são a parte que menos interessa atualmente. Mas não tiro, em momento algum, o mérito da trama que vem sendo desenvolvida. Ela – junto com Brooke e o café – são o alívio cômico deste nono ano, está ali para divertir, deixar o clima mais leve, já que nas outras histórias, o tom pesado e sombrio é o que vem predominando. Quero ver até quando o Chase vai conseguir sustentar a situação com a “Not Alex” e o Chris.

A Tara é uma bitch de marca maior. Disso eu não tenho mais dúvidas. O lance das baratas foi golpe baixo, muito baixo. Mas ela não sabia com quem estava se metendo. Adorei ver Brooke e Millie colocando-a no lugar que ela merece. Mas essa situação do jarro (curioso que esses dias eu estava revendo a 5ª temporada, e a Lindsay dá um jarro bem parecido para a Brooke e para a Peyton assim que elas retornam a Tree Hill) não chegou nem perto do que ela fez com o Julian.

Já disse semana passada, mas preciso me repetir aqui: Austin Nicholls está sensacional. A construção que ele vem impondo a essa fase depressiva do Julian é destruidora. Me jogou no chão, mesmo. Desde o momento em que ele foi ao hospital, eu fiquei com medo de qualquer atitude que ele pudesse tomar – não com as crianças, porque isso eu sei que ele jamais arriscaria novamente -, mas com relação a si mesmo. E foi bastante doloroso ver aquela sequência final, com ele acreditando fortemente que merecia apanhar. Torço muito para que o personagem saia logo desse clima dark. E tivemos mais dois momentos daqueles da sequência inicial: A surra do Julian e o surto da Brooke no café vizinho depois de descobrir que a Tara havia escrito o bilhete.

Clay também continua me interessando muito. O Rob melhorou consideravelmente a atuação e eu fiquei bastante curioso pra saber o que o personagem está escondendo de tão traumático do seu passado e que está causando o sonambulismo e os apagões. E pensar que, na season premiere, eu não consegui ver essa história indo longe. Certamente, o segredo tem alguma coisa a ver com a Sarah. Teorias?

Gostei bastante da interação entre ele e o terapeuta e entre ele e o menino Logan. Tive medo de sentir sono ou achar a situação muito chata – tenho um certo problema com personagens em longas sessões de terapia em algumas séries – , mas o roteiro conseguiu fazer tudo ficar interessante e aguçar a curiosidade. Os momentos com o garoto foram excelentes. Trouxeram uma calmaria e uma sinceridade bem bacanas. Lindo o Clay entregando o avião. Alguém duvida de que a criança vai ter TOTAL influência na recuperação do Clay e descoberta do segredo? Aposto até mesmo que, no fim das contas, ele vai ser adotado pelo casal Clinn. A cara de Mark Schwann.

Mas mesmo com todo o excelente desenvolvimento do drama do Clay e do Julian, a temporada tem, até agora, dois nomes e isso é inegável: Haley James e Dan Scott. Desde a premiere, eles dividem as melhores cenas, as mais intensas, as mais bem escritas, aquelas que tocam na alma e nos fazem sentir LÁ no fundo. Desconfio que esteja relacionado ao fato deles representarem a velha guarda de Tree Hill, mas isso não importa. Estão dando show e isso tem que ser reconhecido sempre que possível.

Em The Killing Moon, por exemplo, Haley dominou a cena e não teve para ninguém. Bethany Joy é uma atriz fenomenal e eu sei que disso ninguém tem mais dúvida, mas eu vou longe e digo que este foi um dos seus grandes momentos na série. O desespero, a dor, a incerteza e o medo que a personagem estava sentindo com o desaparecimento do Nathan eram angustiantes, muito bem construídos e transpassando uma tela de TV ou computador. A cena do aeroporto, mesmo que tenha durado menos de dois minutos, foi INCRÍVEL. A súplica dela para a atendente me levou as lágrimas – até porque não é só ela que teme pelo que aconteceu com o Nathan, isso é comum a todos os fãs. As sequências na delegacia também foram excelentes – e aqui há que se dar destaque para o Chris, que estava muito bom.

Para quem havia cantado a bola de que Dan era o responsável pelo incêndio na lanchonete que o levou de volta a Tree Hill, a revelação no fim não foi surpresa. Eu, no fundo, ainda esperava que fosse especulação. Quero, de verdade, acreditar em Dan e confesso que ele me convenceu quando jurou para a Haley que não sabia onde estava o Nathan. Acredito que ele veio atrás de redenção e mesmo com tudo que ele já fez na série, não acho que ele seria capaz de arriscar a vida do próprio filho. De qualquer forma, o confronto entre ele e Haley foi nada menos do que espetacular. Paul e Bethany DESTRUÍRAM em cena e o momento final com ela se trancando no quarto e ligando pro 911 foi de arrepiar.

Disto isso, eu termino este review com uma certeza: Preparem seus corações, porque ainda vem chumbo MUITO mais grosso por aí. One Tree Hill está em uma excelente temporada final. Nada menos do que isso.

Agora só faltam 8. 🙁

E ah, a trilha sonora foi tão fantástica quanto o episódio e a quem interessar:

  • “Litost” – Ambassadors
  • “I Can See The Light” – Right The Stars
  • “Thorn Castles” – Gardens & Villa
  • “Greenleaf” – Generationals
  • “Free My Mind” – Katie Herzig
  • “Midnight Starlight” – Jason Walker
  • “Mothers” – S. Carey
  • “No Light, No Light” – Florence + The Machine

PS: Dois episódios para o retorno de Lucas Scott!

PS²: CODA (montagem das últimas cenas + música) SENSACIONAL. Fazia tempo que um mexia tanto comigo.

PS³: Jamie citando Harry Potter é só amor.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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