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One Tree Hill – 9×06 Catastrophe and The Cure

Por: em 18 de fevereiro de 2012

One Tree Hill – 9×06 Catastrophe and The Cure

Por: em

Catastrophe and The Cure veio como um pequeno respirar no meio da tempestade; menos intenso que seus dois últimos, mas claramente uma preparação para o turbilhão pesado que irá atingir a série nos seus 7 (SETE!) últimos episódios. O sequestro do Nathan não é algo isolado, que mexe apenas com a família Scott. Em um olhar mais geral, podemos ver que praticamente todas as histórias da temporada estão, de certa forma, ligadas ao desaparecimento do personagem e todos os personagens estão sendo afetados, de uma maneira ou de outra.

Se eu vinha falando nos textos passados que realmente acreditava que Dan estava atrás de redenção e que nada tinha a ver com o sumiço do filho, após ver este episódio, eu tenho ainda mais certeza. Mark Schwann aproveitou que teve tempo para uma última temporada planejada e decidiu dar ao maior vilão de One Tree Hill seu tão sonhado acerto de contas, com os habitantes de Tree Hill e com o público. Cada vez parece mais claro que o corpo que Haley reconhece na maca será o dele e a morte deverá ser heróica, salvando Nate.

O foco no personagem tem sido o maior acerto desse 9º ano. Paul Johanson está sensacional e já é de longe o grande nome da temporada. Todas as cenas dele são excelentes, o texto está no tom correto, sem parecer forçado ou pesado demais e, em alguns momentos, trazendo um tom mais leve para se opor à apreensão do sequestro.

Nesse episódio, por exemplo, isso ficou claro nas cenas com o policial no começo e o último diálogo com o Mouth. Este, inclusive, finalmente mostrou utilidade. Bem mais interessante vê-lo preocupado com o Nathan e dando pistas que podem levar ao amigo do que revoltado com quem lhe chamou de gordo. Tô bastante curioso pra ver até onde essa busca do Dan vai dar e, confesso, senti um pouco de pena dele por se culpar pelo sequestro, achando que alguém fez isso para acertar contas com ele.

A dobradinha dele com o Julian foi uma ótima sacada – aqui a gente volta pro que eu disse ali em cima, de todas as histórias acabarem, de alguma forma, convergindo para o Nathan. O Julian ainda tá se sentindo meio culpado pelo episódio com o Davis e ajudar a encontrar o amigo pode ser uma saída interessante pra que ele finalmente se sinta em paz consigo mesmo, sem precisar procurar brigas em bares e sem comprometer sua relação com a Brooke. As cenas do casal também continuam ótimas e agora que o drama do carro parece ter chegado ao fim, algo novo deve surgir para esta reta final.

Até porque, essa história da Brooke na briga entre os cafés parece que também encontrou seu desfecho aqui – ou pelo menos, não ganhará tanto destaque nas semanas seguintes. Adoro a voz do Tyler Hilton, sempre ótimo vê-lo cantando e foi bastante engraçada toda a situação com o Chase, o Chris e a Tara-Not-Alex. Aparentemente, a bitch perdeu os dois. Bem feito. É o mínimo depois do bilhete do episódio passado. E eu me diverti um bocado com a “briga” dos dois e o Chris obrigando-o a financiá-lo num clube de strip.

As cenas do sequestro foram meio bizarras. Não sei se foi o sotaque dos sequestradores, que mais divertiu do que assustou ou se foi toda a coisa do basquete ou porque eu esperava alguma ligação com o traficante que o Dan ameaçou episódios atrás. De qualquer forma, a justificativa funcionou pra mim – e deu pra ver como o Mark se esforçou pra que nada soasse forçado, explicando como o basquete pode ser visto de maneira radical fora dos Estados Unidos. Estava achando muito fácil que simplesmente eles resolvessem negociar, então não me surpreendi no final quando ele falou que o Nathan morreria de qualquer jeito.

A história do Clay também continua interessante. Ainda não consegui formular uma teoria sobre o que ele está escondendo de si mesmo, mas certamente deve estar mesmo relacionado a Sarah, como muitas pessoas sugeriram nos comentários do episódio passado. Mas, honestamente, o segredo se tornou o mínimo pra mim. O que eu quero mesmo é ver mais da dinâmica sensacional dele com o Logan.

As cenas entre os dois continuam muito boas, sutis na medida ideal, inocentes e sem pretensão alguma. É uma relação bem bacana que tá sendo construída e que eu tenho cada vez mais certeza de que terá relação ao final do personagem na série. E que cena triste foi o Clay indo embora, perdido, e o Logan triste e perguntando porque ele fazia aquilo!

E, ainda falando em crianças, meu coração ficou menor toda vez que o Jamie apareceu nesse episódio. Que o timing cômico do Jackson é excelente a gente já sabia, mas o moleque segurou muito bem as cenas dramáticas. A explosão dele ao acusar o Dan de ter algo relacionado ao desaparecimento do pai foi minha cena favorita do episódio inteiro e me arrepiou. Ele também não deveu em nada a Bethany – sempre maravilhosa – nas cenas dos dois juntos, quando ela conta do desaparecimento e depois perto do fim, quando pergunta como ele está. Outra cena que me chamou atenção foi quando a Quinn disse que estavam espalhando cartazes por tudo lugar e procurando na mata. A reação da Haley foi de destruir qualquer um.

E a cena final foi como uma calmaria, né? Eu já esperava que alguma desgraça maior acontecesse, então me surpreendi quando a Lydia apareceu dando os primeiros passos. Mesmo em meio a pior das tempestades, a gente precisa encontrar um porto seguro para se apoiar e seguir em frente enfrentando o furacão. E foi isso que aquele pequeno momento significou para a Hales.

Agora só faltam sete.

E semana que vem, tem Lucas Scott de volta! A promo do episódio que marca o retorno do antigo protagonista de OTH segue abaixo.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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