Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

One Tree Hill – 9×08 A Rush of Blood to the Head

Por: em 3 de março de 2012

One Tree Hill – 9×08 A Rush of Blood to the Head

Por: em

Via de regra, é exatamente quando o clima de derrotismo e angústia toma conta de Tree Hill que OTH entrega seus melhores episódios e com A Rush of Blood to the Head não foi diferente, sendo ele, até aqui, meu favorito nesta temporada – e acredito que, também, o melhor. Entramos na reta final, só faltam CINCO até o fim e a partir de agora, é prender o fôlego, semana após semana, porque tudo só tende a se intensificar mais e mais. Meu coração chega a doer só de pensar que o fim nunca esteve tão próximo.

Já disse aqui em outros textos que a Haley é a dona dessa temporada de fato e direito e tudo o que vimos essa semana só veio corroborar isso. A narração em voice over dela antes de ir reconhecer o corpo que supostamente era do Nathan foi sensacional, arrepiante, profunda e eu duvido que tenha existido sequer um fã da série que não tenha se emocionado com tudo aquilo (a cena dela destruindo uma mesa na delegacia, nervosa, também foi incrível). Quando Naley está em jogo, não tem como não ficar tenso. Aos corajosos que viram o promo semana passada, imagino como foi difícil passar a semana.

Era óbvio que o Nathan não estaria ali embaixo. Primeiro porque o Mark, se fosse matá-lo (o que eu duvido cada vez mais), não o faria a cinco episódios do fim, esperaria estarmos mais perto. O sequestro do cara é o ponto chave da temporada, praticamente tudo (ou quase tudo) vem girando em torno disso e resolve-lo agora seria matar a galinha dos ovos de ouro, por assim dizer. Mesmo assim, não tem como dizer que não rolou uma sensação geral de alívio quando a famigerada cena da maca enfim foi ao ar e comprovamos que não era o Nate ali embaixo.

Um dos piores problemas que uma temporada final planejada pode enfrentar está no que diz respeito ao retorno dos personagens antigos, que podem correr o risco de não se encaixar na trama atual, mas OTH vem sabendo lidar muito bem com isso e, até agora, todas as voltas estão bem encaixadas e justificadas, como foi a da Deb nessa semana. O filho dela está desaparecido, nada mais do que natural que ela retorne para dar um suporte à nora.

A pequena cena entre ela e o Dan foi uma das minhas favoritas do episódio. Não teve um diálogo marcante, atuações dignas de Emmy ou nada do tipo, mas trouxe uma nostalgia gigantesca e foi impossível não marejar os olhos quando ela o abraça dizendo que não pode perder o Nathan.

Ele, inclusive, está cada vez mais próximo de encontrar o cativeiro do filho. Acho que, a essa altura, ninguém mais tem qualquer dúvida sobre as intenções do maior vilão de Tree Hill. Ele está mesmo atrás de redenção (adorei quando o cara na prisão citou o programa lá da 7ª temporada!) e está tão desesperado quanto todos lá com o desaparecimento do Nate. Mantenho firme minha teoria de que ele morrerá como herói para salvá-lo, só não consigo ainda pensar de maneira organizada como tudo se dará, mas agora, com a Haley finalmente do seu lado, aposto que não demorará muito tempo para descobrirmos.

Me surpreendeu bastante que até mesmo a trama do Chuck e do Chase assumiu feições mais dramáticas do que de costume. E eu gostei! Muito. Me emocionei, inclusive, com o momento onde o Chase entrou na casa armado para defender o garoto e depois saiu preso, sob o olhar do Chuck e da mãe dele.

Brooke, como eu imaginava, finalmente voltou a uma trama que passa longe da comédia. Adorei vê-la imponente, forte, se sobrepondo ao Xavier. Ao mesmo tempo, isso me deixa com medo. O cara é um psicopata e o Have a Nice Day me arrepiou, de verdade. Ainda temos 5 episódios, tempo suficiente para ele aprontar alguma coisa. Foi gratificante também ver o Julian o enfrentando de peito aberto e ameaçando-o caso ele se aproximasse da Brooke e dos bebês. É nessas horas que fica claro o quanto o Julian é o cara certo para Brooke.

Mas, de longe, o que mais me surpreendeu – e ouso dizer que talvez o que mais me deixou estático e emocionalmente impactado – foi a trama do Clay. Eu tinha CERTEZA que ele iria adotar o Logan com a Quinn e todos seriam uma família feliz e que o menino seria seu porto seguro, o que iria ajudá-lo a se lembrar da parte do seu passado que ele tanto queria esconder. Mas eu nunca, de verdade, imaginava que ele pudesse ser pai do garoto. Cheguei a cogitar até mesmo o Logan como uma projeção, mas jamais como filho.

E nossa, como foram bem feitas as cenas responsáveis por mostrar isso – para nós, público, e para o Clay. A trilha sonora sensacional, o passar da câmara de um plano para o outro, os closes no rosto do Clay e do Logan até a revelação direta e crua. E tudo se encaixou minutos depois, com o psicólogo falando que tentava contar aquilo para ele desde o dia em que a Sara morreu.

Quando ele saiu da clínica, deixando para trás um Logan com um avião e um coração quebrado, o meu se quebrou também e eu dou o braço a torcer: O Rob fez direitinho o trabalho dele. Nos primeiros episódios, eu disse que ele estava meio canastrão em alguns momentos, mas foi só o cara ser jogado num arco dramático – desses que só Mark Schwann é capaz de fazer – e ele mostrou que é tão bom quanto qualquer outro ali. Deu vontade de aplaudir de pé.

Junto com a resolução do sequestro do Nathan, essa é, certamente, a trama que eu mais espero ver nos próximos episódios. Não tenho a menor ideia de para onde vamos caminhar e eu adoro isso.

PS. Faltam só 5 episódios. 🙁

PS¹. Eu não senti saudade da professorinha. Vocês sentiram?

PS². O cartaz de Missing Nathan Scott é uma das coisas mais angustiantes que a série já fez.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

×