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One Tree Hill – 9×09 e 9×10 Hardcore Will Never Die, But You Will

Por: em 15 de março de 2012

One Tree Hill – 9×09 e 9×10 Hardcore Will Never Die, But You Will

Por: em

“Bring Nathan home.”

Primeiro, as explicações. Semana passada, minha vida acadêmica foi extremamente mais corrida do que o natural, então eu não consegui escrever sobre o episódio 9×09. Este texto engloba os dois episódios, tanto ele quanto o 9×10. Eu ia esperar a emoção passar (vi o 9×10 há poucas horas), mas eu comecei a pensar sobre o episódio, os quotes voltaram com tudo na minha cabeça e eu decidi sentar e colocar tudo no papel.

Every Breath is a Bomb e Hardcore Will never die, but you will são episódios complementares. Poderiam, salvo algumas ressalvas, serem exibidos um após o outro. Enquanto o primeiro foi o responsável por preparar o terreno, o 2º levou o plot do seqüestro do Nathan – o eixo central da temporada – ao ápice, detonando todas as emoções dessa reta final. Por diversos momentos do capítulo dessa semana, eu me senti assistindo um filme de ação, e não uma série de drama.

Quando eu digo que o nove foi uma preparação, foi basicamente pelos momentos entre Dan e Haley, os protagonistas absolutos dessa temporada. O modo como eles se uniram para descobrir o cativeiro, a Haley usando as roupas da Deb (morri de rir com isso!), o Dan ameaçando o bandido… Foram os melhores momentos do episódio, que pra mim foi o mais fraco da temporada – embora eu ainda assim tenha gostado.

Todo o desfecho da história no 9×10 foi de tirar o fôlego. Eu tive que pausar meu episódio para respirar em diversos instantes antes de prosseguir. Gostei bastante do modo como o Mark começou jogando o elemento cômico (muito engraçado ver o Dan descrente de que o Julian e o Chris ajudariam em algo – o “Dan Scott doesn’t like this either” foi sensacional), pra logo em seguida, vir com o drama e a ação em doses nada homeopáticas. A partir do momento em que o Dan tentou fazer com que o Julian fosse embora, o sorriso deu lugar as lágrimas.

Todas as cenas do Dan com o Nathan foram sensacionais, sem exceção. Ele falando que carregaria o filho nas costas se fosse preciso, para tirá-lo dali, foi de deixar qualquer coração apertado e o Paul Johansson merece todos os elogios do mundo pela composição que fez do seu personagem nessa temporada. Olhares, nuances, tudo muito bem colocado, sem soar exagerado e convencendo de uma maneira sensacional. Um dos meus momentos favoritos foi quando ele entrou no cativeiro atirando nos 3 ou 4 bandidos que ainda estavam por lá.

A melhor sequência do episódio foi o tiro que o Dan levou. Desde o momento em que ele pisou os pés ali, era totalmente esperado que isso acontecesse, mas em nenhum momento a obviedade estragou alguma coisa. O modo como a câmera ficou lenta, o olhar de desespero do Nathan, o pedido de desculpas do Dan por não conseguir salvar o filho, tudo impulsionado pelo tiro que o Nate deu no bandido logo depois. O detalhe do sangue caindo, enquanto ele caía junto diante dos olhos do Nathan foi incrível. O ‘hi’ do Julian foi mais para descontrair o clima pesado, mas também funcionou. Não sei se o Dan morre, vamos saber semana que vem, mas caso aconteça, vai ser uma morte heróica, ao melhor estilo Mark Schwann. Honestamente, eu não sei o que eu prefiro, se a morte dele ou não. No producer’s preview do 9×11, o Mark disse que ele será um dos melhores episódios da série e isso já me basta.

Um dos recursos que eu mais gostei do episódio foi a intercalação das cenas do resgate com a Haley revendo vídeos. Mexeram muito comigo, especialmente o de Duke, que é um dos meus momentos favoritos da série, e o da 7ª temporada com ela o mandando ir embora. A Bethany Joy apareceu pouquíssimas vezes no episódio, mas conseguiu transmitir TUDO no olhar e no “Hello” da cena final. Junto com o Paul, o grande nome da temporada.

E a Sophia Bush não fica atrás em nenhum momento. Se no começo da temporada, a Brooke estava meio de lado, com aquela trama cômica com a Tara, nesses 2 últimos o drama do Xavier voltou com tudo. Quando a Tara o contatou no 9×09, eu já imaginava que ele aprontaria alguma com a Brooke, mas não pensei que chegaria ao ponto que chegou.

As cenas da perseguição no prédio (aquilo era meio que o estacionamento de um, não era?), o quase estupro e a Brooke tendo que se esconder trouxeram ao episódio um nível de tensão ainda mais elevado, já que estavam sendo exibidas em paralelo ao resgate do Nate. Talvez porque eu estava realmente envolvido e preocupado, eu não imaginava que a Tara seria a salvação. Foi uma saída interessante, porque resolveu a briga das duas da melhor maneira possível. Com o Xavier voltando para a prisão, minha curiosidade é a trama dos próximos 3 episódios.

Porque tirando a morte ou não do Dan, o que sobrou foi a história do Clay e do Logan. Mesmo o Rob sendo meio travado e inexpressivo, eu sempre senti uma afeição pelo Clay, desde a 7ª temporada, então gostei muito da dimensão que a trama dele ganhou nessa 9ª. A interação dele com o Logan é excelente, os dois comentando sobre super heróis no 9×08 foi bem bacana de se ver, assim como foi bem triste – mas compreensível – ver o Logan virar as costas para ele quando soube da verdade.

Os momentos dele conversando com o túmulo da Sara foram emocionantes, especialmente quando ele começou a falar do Nathan – é a prova de que, de uma forma ou de outra, praticamente todas as tramas da temporada convergiram ou tiveram respingos do seqüestro, que foi a espinha dorsal deste ano.

No fim das contas, esse texto acabou sendo bem mais sobre o 9×10 do que o 9×09, já que um pareceu mínimo perto do outro e, como eu disse, complementar. A única história que apareceu no 9×09 que não teve continuação no 10 foi a trama do Chase e do Chuck, até porque ela se encerrou ali mesmo. Achei até bonito da parte do Chuck contar a verdade, mesmo que o Chase tenha perdido a licença de qualquer jeito. Acredito que os dois, assim como Skills, Mouth e os outros da ala “aleatórios” não devam mais ter tanto destaque assim nesses 3 últimos episódios. Pelo menos espero.

Semana que vem, o episódio se chama “Danny Boy” e, como o nome já entrega, será focado em Dan Scott. E aí, morre ou vive? Façam suas apostas!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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