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Orange is the new Black 1×03 – Lesbian Request Denied

Por: em 5 de setembro de 2013

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Sophia tentando ter acesso aos remédios

Continuamos a acompanhar a vida de Chapman na prisão, mas foi a Sophia quem roubou todas as cenas. Foi a vez de conhecermos a vida dela antes de ser presa e também de acompanharmos um pouco do preconceito que ela sofreu (e ainda sofre).

Sophia era uma bombeira e, mesmo ainda tendo aparência masculina, mantinha seu verdadeiro “eu” por debaixo das roupas. Achei deveras interessante acompanhar como foi para ela se assumir para a família e a reação deles: a esposa aceitando e ajudando-a a se encontrar e se posicionar no mundo e o filho ainda relutante.

Foi a coisa mais linda a Crystal ajudando a Sophia a colocar o vestido elegante e a conversa do casal mostrando o quanto elas se amam e se respeitam.

Vimos também o preconceito que a personagem enfrenta na prisão, como as colegas a chamando de “he/she” (“ele/ela” em tradução livre) ou de “tranny”, que são formas bem pejorativas de se referir às trans* e, assim como a sociedade em geral, nem todos na prisão entendem (ou querem entender) o que significa ser uma transexual.

Não que a gente esperasse algum sinal de dignidade vindo do Pornstache (o Caputo). E o Healy deu uma boa escorregada – para dizer o mínimo –, tirando a máscara de bonzinho e falando que queria colocar a Crazy Eyes e as lésbicas na ala masculina. Pelamor, direitos humanos cadê? Ainda bem que os superiores dele não permitiram que essa atrocidade aconteça.

Como disse nas primeiras impressões, achei muito legal a Sophia estar em uma prisão feminina (como é certo) e espero que ela não seja transferida. Quanto aos remédios, o único “consolo” que a personagem tem é que o problema não é pessoal com ela, mas do sistema prisional como um todo.

A Crazy Eyes roubando a cena

Enquanto isso, a Chapman continua a sofrer do assédio do guarda e com a perseguição da Crazy Eyes, que acha que a loira é sua namorada. Passei o episódio todo em conflito com a personagem. Embora não ache as atitudes da Crazy Eyes muito normais ou convidativas, também não me parece que ela seja ruim. Só meio maluca mesmo.

E achei engraçado a Chapman tentar passar uma indireta na Crazy Eyes falando do noivo escritor e a outra ignorando completamente. Falando no Larry, ele é um fofo, mas as cenas mais fracas do episódio são as que ele aparece. Bem, ele e a família da Chapman. As meninas na cadeia são tão interessantes e fantásticas que a vida comum fica muito sem graça.

Já a Vause… bem, esta eu não tenho conflito algum de sentimento. Não é fácil gostar da personagem, ela fica se impondo na vida da Chapman de uma forma bem invasiva e nem ao menos é engraçada como a Crazy Eyes.

Para terminar a review com um pensamento bonitinho, como fã de animes e mangás, adorei ver que a Daya desenha ao estilo japonês e que o relacionamento dela com o Bennett ainda está uma graça.


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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