Taí uma coisa que eu não pensava que falaria sobre um episódio de Orange is The New Black: foi um episódio bem fofinho.
Desta vez conhecemos a vida da Claudette, que era uma menina tímida que começa trabalhando como empregada/escrava doméstica quando adolescente e se torna uma empresária do ramo quando adulta. Tinha um toque romântico na história, seja pelo sotaque francês ou pela doce história de amor.
O Baptiste cuidava dela, provavelmente sem se tocar dos sentimentos que ela nutria por ele. Embora o meio dessa história tenha sido um tanto amargo, com o casamento dele com outra mulher, terminou de uma forma bem bonitinha.
Mesmo o motivo que levou a Claudette à prisão foi diferente do normal, com um toque de injustiça sendo reparada.
O romance estava no ar e a Tricia queria fazer uma festinha para a namorada, Mercy, que ia sair da prisão. Foi algo bem simples, mas um gesto a ser apreciado, porque foi feito com o que elas tinham à disposição.
Também tivemos uma cena fofa da Daya com o Bennett. Curtinha, mas uma graça.
Enquanto isso, a Chapman precisa aprender a lidar com a nova vida, seja consertando um abajur ou limpando o xixi das outras. Quando o guarda racista disse que todas seriam punidas caso alguma ferramenta desaparecesse, já era de imaginar que alguma besteira aconteceria.
Quando ela colocou a chave de fenda no bolso, então, certeza que esqueceria. Uma das coisas que mais gosto na série é essa simplicidade toda que torna bem fácil da gente se colocar no lugar das detentas. Fiz a mesma cara da Chapman quando ela foi informada que teria de consertar o abajur até o fim do dia e senti o mesmo desespero quando ela percebeu a besteira que tinha feito.
Sorte que a Claudette foi bem compreensiva com a situação. Ela poderia simplesmente ter denunciado a Chapman e se livrado de um problema por um tempo.
– A solitária é muito ruim?
– É como os Hamptons, mas horrível.
Nem tudo foi tão bonitinho. Não podemos esquecer que estamos em uma prisão feminina cujos guardas são homens cis; até que demorou para que regras básicas, como o direito de mulheres serem revistadas somente por policiais femininas, sejam quebradas. Lembrando que esse direito tão básico também foi desrespeitado aqui no Brasil na época das manifestações. Mandar uma detenta para a solitária por exigir que ela seja respeitada é abuso de autoridade.
P.S.: Como fã de Harry Potter, tenho que dizer que adorei ver os livros da série sendo citados! E sim, você não quer estragar esse livro, vai estragar outro.
