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Pan Am – 1×08 Unscheduled Departure

Por: em 16 de novembro de 2011

Pan Am – 1×08 Unscheduled Departure

Por: em

Apresentando um episódio sensacional em duas semanas seguidas, Pan Am aumenta sua audiência, é vendida para mais de 100 países, sendo um sucesso internacional…tudo é lindo no mundo novamente!!

Não é que Pan Am conseguiu? Após um episódio que trouxe todo o charme do piloto, a série apresentou mais um capítulo de tirar o fôlego com histórias diferentes, personagens carismáticos e simpatia…muita simpatia. Sendo assim, o drama escapista aumentou sua audiência pela primeira vez em sua pequena história, indo de 5.17 para 5.64. Para nós fãs da série, é um alívio tremendo, ainda mais que o rating voltou a subir para 1.8. O anúncio de que Pan Am está fazendo barulho pelos países afora é ótimo, e ajuda ainda mais a ABC manter a série no ar. Se continuarem apresentando episódios como Unscheduled Departure, por que não?

É normal dizer que os personagens de uma série que você gosta são bons, e talvez o que há de melhor. Existem as diversas em que o roteiro é genial e os protagonistas mais ainda, como Breaking Bad. Pan Am não é para ser levada a sério dessa forma. É para entreter, e o faz muito bem. Porém, seus personagens são sim o trunfo da série. As atuações estão cada vez melhores e deu para sentir falta até de secundário, ou vai dizer que não ficou com saudades de Sanjeev ao invés do insuportável Chuck? Os coadjuvantes convidados para os episódios também conseguem incitar sentimentos, sejam eles bons ou ruins. E quando você se pega na ponta da cadeira querendo abraçar aquelas aeromoças, você sabe o quão apegado está com Pan Am.

O cenário de Unscheduled Departure foi algo que sempre quis ver. Claro, não chegou a ser um acidente de avião, afinal, queremos nossos personagens vivos por muito mais tempo, mas um pouso de emergência sempre agita a história e coloca os pilotos, aeromoças e passageiros em estado de pânico. Pena que não chegamos a ver Caracas, na Venezuela, mas pudemos conhecer um pouco mais de Porto Príncipe e a história do Haiti. A época em que o ditador François Duvalier – conhecido como Papa Doc – ficou no poder do país, foi a mesma em que transformou o Haiti em um dos países mais pobres do continente. Perseguições, massacres, ideais vingativos e praticas de vodu, fizeram com que qualquer morador do país temesse seu presidente. O clima que presenciamos nesse episódio mostrou realmente isso. Tivemos corpos jogados nas estradas precárias; saúde em estado lamentoso; tiros; fome…e medo.

E por escolherem esse local, ninguém melhor do que Colette para brilhar, certo? Ao falar francês fluente, a aeromoça pôde ajudar em todos os momentos, e como Karine Vanasse chamou atenção. Se a atriz já é um charme por si só, falando e francês é melhor ainda. Começamos o episódio com uma piadinha interna entre ela e Dean após ele ter deixado ela pilotar o Clipper Majestic, e de lá para o final do episódio tudo foi ficando cada vez melhor. Colette é independente e gosta de ajudar, afinal é isso que seu emprego pede. Caiu como uma luva o plot dela querer ajudar a garota haitiana, afinal, ela mesma se viu órfã um dia e precisou de ajuda, sem ter ninguém para quem correr. Claro, se você parar para pensar se isso aconteceria mesmo; se eles conseguiriam decolar o avião; se o mundo é injusto…Pan Am é uma série, é ficção, e certos elementos precisam existir para que a história tome rumo. E nem por isso a garota foi tratada de forma diferente. Foi repudiada por todos os passageiros do voo, e tratada como escória. Só as quatro aeromoças conseguiram proteger a garota.

Quanto a isso, que passageiros mais chatos, hein? O tal de Miguel, interpretado pelo famoso ator de novelas mexicanas, Aaron Diaz, foi realmente uma perda de tempo. Enfrentando os funcionários, ameaçando reportar as ações, e nem parando para se colocar no lugar. E se fosse ele quem sofrera um enfarte? Porém, foi bom ver esse lado de quem está apenas vendo a história por fora, sem entrar na vida dos funcionários da companhia. Eles queriam chegar a Caracas, e tiveram que fazer um pouso forçado em um país hostil, de onde poderiam nunca mais sair. Dá para entender, mas depois de explicado o acontecido, não poderiam ser um pouco mais simpáticos com a causa? Por esse ponto de vista, vimos como é a vida deles quando nem tudo são flores. Enquanto o voo está no rumo correto e elas estão entregando cafés e bebidas: os pilotos são os melhores e as aeromoças, mulheres independentes e charmosas. A partir do momento que a situação não é favorável aos passageiros, não aceitam ordens, pois são os pagantes e tem direito de tratá-los como bem desejam. A idade e a capacidade do piloto podem ser questionadas e as aeromoças tratadas sem respeito.

Ao mesmo tempo, todos eles tiveram o que fazer. Maggie esteve sensacional como sempre dando ordens e tomando controle em algumas situações. Porém, é legal ver a ingenuidade da personagem em certos momentos. No pouso, ela pegou as mãos de Laura, por estar bem mais apavorada do que a novata. Quando os haitianos armados entraram no avião, ela esbugalhou os olhinhos como nunca, enquanto Laura lidou com a situação com calma e sem alarme. Eles estavam com fome, por que não perguntar? Foi ótimo ver Laura saindo de sua zona de conforto enquanto mostravam Maggie perdendo o controle nas situações de perigo. Claro, depois que o perigo passa, Christina Ricci faz sua Maggie brilhar ao mandar Miguel se calar e jogar sua mala escada abaixo. E quem não gosta de ver a pequena Ricci fazendo tudo isso?

Kate fez bonito mais uma vez. Toda a história de Henry foi bastante emotiva. Na hora que ele falou sobre moedas em pote e viagem que deveria ser feita a muito tempo, ainda mais para ir ao lugar onde sua esposa nasceu, pensei rapidamente no filme Up – Altas Aventuras, no qual o igualmente simpático Sr. Fredericksen viaja para o lugar que sua falecida esposa sempre quis visitar. Uma pena que Henry tenha morrido, mas a ideia de deixar o corpo para dar lugar a garota haitiana deu propósito a sua vida. Clichê ou não, foi muito bonito ver Kate dizendo que ele havia causado impacto na vida dos outros.

A cabine do piloto esteve movimentada. O melhor de tudo foi Ted mandar Chuck calar a boca e respeitar o capitão Lowrey. Foi um momento excepcional para o episódio, no qual Dean foi eternamente testado e diversas vezes desacreditado. A única coisa ruim foi que nas cenas de suspense e tensão com o voo, ou Dean é muito seguro de si, ou Mike Vogel não é lá tão bom ator. O contrário posso falar de Michael Mosley, que entregou mais uma atuação perfeita como Ted, sendo grande parte do alívio cômico da série. Suas cenas dirigindo com Colette foram incrivelmente divertidas para um episódio com essa intensidade. Porém, o melhor ficou para o final. A garota havaiana foi salva por Richard, que está devendo diversos favores para Kate, ainda mais após ela conseguir Niko para a CIA. Mas as duas cenas de maior impacto viriam a seguir. Se as personagens são ótimos, foi lindo ver Kate, Maggie e Laura tomando a culpa de Colette e protegendo umas das outras. Química perfeita para quatro amigas. E claro: o beijo mais do que esperado entre Dean e Colette. Inenarrável.

A única coisa ruim? Teremos que esperar até dia 04 de Dezembro para ver o episódio 1×09!! Isso mesmo, duas semanas sem o charme de Pan Am. Porém, quando a série retornar, voltará com tudo, visto que o promo promete o episódio mais chocante, com a introdução de Ashley Greene. Exatamente pessoal, como atrair mais telespectadores para sua série? Não contrate apenas uma atriz de Crepúsculo, mas sim uma que faz a personagem mais amada do público, Alice Cullen. Apesar de eu não gostar da saga, Ashley tem charme e pode ajudar muito mais Pan Am.


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

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