Duras verdades. O perfil no twitter de Parenthood já havia avisado que o episódio da última quinta-feira seria duro para a maioria dos personagens, e o tema foi muito bem desenrolado em todos os núcleos. O drama da NBC vem trabalhando muito bem o talento de seu elenco e explorando, de maneira cada vez mais íntima, os delicados detalhes das relações humanas.
Começamos com Julia e Joel e o casamento em turbulência. Demorou para que Syd mostrasse sua insatisfação com a separação dos pais, dizendo as primeiras duras verdades do episódio, e Julia, tentando colocar panos quentes na situação, aceitou a pressão da menina em não querer voltar para a casa de Joel. Ele por sua vez continua sem se esforçar para tentar salvar o relacionamento de 15 anos, e pode acabar jogando a esposa nos braços de Ed novamente. A cena final, com Julia entrando no apartamento do amigo (após um tímido pedido de desculpas), pode ter selado o primeiro passo da Braverman para superar o término do casamento.
Para Drew a verdade veio como consequência do período isolado com Amy. Ao tentar se reaproximar de Natalie o garoto ouviu o que não esperava, e trocou chumbos com a “amiga” ao dizer que ela não tinha direito de reclamar, já que nunca quis um relacionamento sério. Amber até tentou ajudar o irmão, escalando para uma festa universitária, mas tudo que conseguiu foi acabar a noite com um beijo roubado do colega de quarto de Drew. No final das contas o personagem de Miles Heizer ficou sozinho, mas engatou um plot com Natalie que ainda vai render mais confusão.
Kristina e Adam sempre carregam enredos emocionantes e marcantes. Para a Sra. Braverman a dura verdade viria de seu médico, após fazer um check up e avaliar se estava livre do câncer. Enquanto aguardava os resultados, que chegariam em um prazo de dois dias, Kristina ainda teve tempo de tirar satisfações com o professor de Max (e conhecer um profissional diferente e ousado) e de retomar seu sonho de criar uma escola para crianças especiais. O destaque deste núcleo foi a tocante cena de Adam chorando ao ouvir o feedback positivo do exame de sua esposa: impossível segurar as lágrimas para tanta fidelidade na interpretação das emoções.
Quem talvez tenha ouvido a verdade mais dura foi Crosby, não só uma, mas várias vezes: da mãe, da esposa e do pai. Sua atitude mimada em chamar a mãe de egoísta despertou em Camille a vontade de colocar para fora tudo aquilo que ela nunca contou para os filhos: foram 30 anos de dedicação exclusiva a eles e a Zeek, então porque é que ela não pode fazer uma única coisa que deseja? Não sobrou argumentos para o imaturo Braverman, que optou por juntar suas bagagens e procurar outro local para ficar. A mãe não aceitou que o filho ficasse na casa de estranhos, e disse a eles que poderiam ficar o tempo que fosse necessário – mas isto não significa que ela tenha mudado de ideia sobre a venda da casa.
O maior plot do episódio ficou por conta de Sarah, que confirmou tudo o que eu esperava para ela nesta temporada. Este é “o ano da Sarah“, e ela não vai se prender a nenhum homem por isto. A personagem de Lauren Graham sempre teve enredos desenvolvidos no entorno de um personagem masculino: Seth, Mark, Hank e agora Carl. A decisão de desistir da viagem a África foi somente uma maneira de relembrá-la que ela precisa de um tempo para si, e nos mostrar que Sarah é, talvez, a Braverman mais forte dentre os quatro irmãos, simplesmente por ter coragem de recomeçar e se reerguer na vida pessoal e profissional. Hoje ela é uma boa mãe, uma boa profissional, uma boa filha e uma boa irmã. Viajar com Carl e deixar todas as suas conquistas para trás não seria uma atitude compatível com a nova Sarah. Hank, por sua vez, vem comendo pelas beiradas e programando uma reaproximação com a ex-namorada, após assumir para seu terapeuta que ele ainda a ama – só espero que Sarah não se abale com isto e mantenha seu foco no trabalho.
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Para semana que vem temos mais drama, por isto comprem suas caixas de lenços de papeis e não reclamem: Parenthood foi feita para nos emocionar toda vez.
