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Parenthood – 5×18 The Offer

Por: em 24 de março de 2014

Parenthood – 5×18 The Offer

Por: em

Asperger is supposed to make me smart. But if I’m smart why I don’t understand why they laugh at me? – Max

Lenços de papel não foram suficientes para segurar as lágrimas no 18º episódio da 5ª temporada de Parenthood, que foi ao ar na última quinta-feira, dia 20/03.

max_cristina

O pequeno Max deu o primeiro sinal de que, ser um adolescente com Asperger, pode ser muito difícil. Começo esta review falando do plot da família de Adam porque, durante muito tempo, Max ignorou (ou não compreendia) suas dificuldades sociais, e no duríssimo episódio “The Offer“, o Braverman teve que aprender duras verdades sobre isto. A cena com Kristina e Adam no carro, e a visível perturbação do personagem de Max Burkholder, foi tão tocante quanto o breakdown emocional que o garoto teve no saguão do hotel. Sempre me preocupei por quanto tempo os roteiristas iriam deixar que o crescimento de Max acontecesse sem grandes traumas, já que a adolescência é um período difícil para qualquer pessoa – e se ela tem algum distúrbio psicológico, deveria ser ainda mais cruel. Você leitor já parou para pensar se seria amigo de Max quando adolescente? Difícil responder, não é? Porque vendo a história pelo olhar da família (e até mesmo de Max) é fácil se revoltar e se emocionar com os conflitos vividos por ele e seus pais, mas e se ele fosse simplesmente seu colega de sala? Não só na adolescência, mas também na infância e vida adulta, pessoas diferentes (por distúrbios psicológicos, sociais, físicos) sofrem com algum tipo de bullying ou exclusão, e esta situação vivida por Max, muito provavelmente, já ocorreu em seu convívio social, e talvez você nem tenha percebido. Fico satisfeita que a série tenha decidido tocar neste assunto e trazer Adam e Kristina mais perto da realidade que é ter um filho com este tipo de doença. Os dias de paz e satisfação na casa mais harmoniosa da família Braverman estão para acabar.

julia_victor

Outra temática que ainda perturba no drama da NBC é a relação cada vez mais morta de Joel e Julia. Com a presença do ex-marido no batizado de Aida, no episódio anterior, Julia (e nós!) tínhamos esperança de que uma reconciliação, ou ao menos uma sincera conversa, estaria próxima de acontecer. Esperança que foi jogada as traças novamente com mais uma das atitudes incompreensíveis de Joel. A destruição do casamento já atingiu as crianças, e a vítima da vez foi Victor, que sofre com a insegurança de ser abandonado pelos pais, e a constante acusação de Syd por ser o culpado de tudo. Crianças são sensíveis, são sinceras e são cruéis, e se Syd continuar apontando seu irmão adotivo como o grande vilão da relação de seus pais (e convenhamos, ela tem um pouco de razão sobre este assunto, já que a adoção de Victor foi uma das problemáticas do casamento Joel/Julia) a convivência entre eles vai se tornar cada vez pior. A mãe vê as dificuldades em casa e tenta abafar a crise, enquanto o pai age como um inconsequente, agradando o próprio filho com mimos superficiais, ao invés de lidar com o real problema. Joel me decepcionou, e ainda decepciona, muito nesta temporada, e é por isto que Parenthood é maravilhoso: a coragem que falta em alguns roteiristas em desconstruir personagens seguros, sobra na turma da NBC.

Os outros plots não chamaram tanto a atenção neste triste capítulo da série. Zeek e Camille tem uma maravilhosa oferta em mãos pela casa, e agora que a possibilidade de vender é real, o medo de perder as lembranças bate à porta do casal. Eu venderia a casa, mas aposto que eles vão resistir à tentação em nome das memórias da família. Drew enfrenta uma enorme dor de cotovelo por Natalie. Honestamente não entendo quais são as intenções da garota com o personagem de Miles Heizer, já que ela sempre deixou claro que não procurava um relacionamento sério. Culpá-lo por ficar com Amy e dormir com o colega de quarto dele não vai ajudar em nada. Crosby pouco falou e pouco fez, assim como seu núcleo familiar. E Sarah e Hank voltaram a aquele papinho de “eu gosto de você como amigo, mas eu gosto de você como namorada” – prefiro mais Hank trabalhando com Max e Sarah criando sua independência emocional e financeira.

Na semana que vem temos muito mais drama por ai: enquanto o casamento de Julia e Joel parece mesmo chegar ao fim, teremos a volta de um querido personagem na telinha da nossa TV.

Observação final:

*Quero dar um destaque especial para a trilha sonora desta semana, que foi presenteada com um fofo dueto de Mae Whitman e Miles Heizer. Abaixo segue o nome das músicas que foram tocadas neste episódio.

playlist_parenthood

Até semana que vem!


Marina Sousa

Mineira radicada em SP. Pão de queijo + séries + música. É fã de listas, maratonas e, claro, trilhas sonoras.

São Paulo/SP

Série Favorita: Friends

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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