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Person of Interest – 1×07 Witness e 1×08 Foe

Por: em 20 de novembro de 2011

Person of Interest – 1×07 Witness e 1×08 Foe

Por: em

Sempre tive curiosidade sobre as máfias nos EUA, até que ponto os seriados de TV contam a verdade sobre essa guerra e o quanto isso ainda resiste após a Guerra Fria. Os melhores episódios policiais, no entanto, os envolve de alguma forma e, em sua maioria, os russos estão no meio. Sim, sempre que podem os americanos dão um jeito de se mostrarem como os mocinhos e os russos, os alemães, os chineses, o restante do mundo na verdade, como vilões.

Um professor de história, Charlie Burton (Enrico Colantoni, ou pra os fãs de Veronica Mars – Keith Mars), foi testemunha de um assassinato e seu nome apareceu na máquina de Finch e Reese. Mas para se livrar dos russos que estavam por trás do assassinato e, portanto do tal professor, Reese teve que entrar num complexo imobiliário comandado por outra máfia e inimiga dos russos. Essa parte me fez lembrar The Chicago Code (cujo cancelamento eu nunca vou entender).

O diferencial deste episódio foi que Reese estava sem contato com Finch e precisava descobrir como sair sem atrair atenção das máfias. Um aluno de Charlie os escondeu no apartamento e os dois conseguiram sair. O plano era levá-lo até Fusco e fazê-lo testemunhar contra os russos, só que Reese não fazia ideia que o professor de história, era na verdade Elias.

Devo admitir que audácia não falta a Person of Interest, mas esse plot é muito falho. Se Elias é o cara por trás dos assassinatos dos russos que aconteceram mês passado, porque depois de presenciar o assassinato de Benny ele voltaria para o seu apartamento? E quando viu Reese, Charlie/Elias parecia mais um civil pra mim do que alguém capaz de acabar com a máfia russa. Ademais, se John não tivesse chegado a tempo, será que Elias teria morrido? Acho que sim, senão pelas mãos dos russos, definitivamente pelo tiro que levou. Valeu a tentativa, mas não dá pra ignorar os furos no roteiro.

O episódio 1×08 também melhorou muito em termos de storylines, mas nem tanto o ritmo da narrativa. Acho que é seguro afirmar que Person of Interest não tem intenção alguma de ser mais ágil, o que é uma pena, porque por mais interessantes que os casos sejam, uma narrativa tão lenta e maçante tira toda a graça do episódio.

Ulrich Kohl (Alan Dale), espião alemão nos anos 80, foi dado como morto por um período de 24 anos. Agora de volta aos EUA, seu número foi detectado pela máquina porque Khol reapareceu para matar os integrantes da sua equipe que o traiu, entregando-o aos americanos e matando sua esposa.

E tudo que envolve espionagem rende muito. A técnica de tortura de Khol com agulhas foi uma boa sacada e, descobrir que a esposa o traiu também, ainda melhor. O caso se desenvolveu bem, mas minha atenção se prendeu no flashback de 2006, numa reunião entre Reese e Stanton.  Não disseram exatamente quem ela era, mas descobrimos que John Reese não é o nome verdadeiro do nosso protagonista. E a série é eficaz em nos deixar curiosos pelo passado dele.

Finch: “E se você errar?”

Reese: “Não sei dizer. Nunca aconteceu”.

Tá ficando bom, tá melhorando.


Lara Lima

Colatina - ES

Série Favorita: Friday Night Lights

Não assiste de jeito nenhum: Friends

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