Este foi mais um episódio filler de Person of Interest, mas pelo menos mudou um pouco o roteiro, já estava na hora de termos um número que seria o criminoso. Embora só no final pudemos ter certeza que a máquina deu o número de um criminoso, durante todo o episódio a dúvida ficou no ar, se a grande promotora Vanessa Watkins seria criminosa ou vítima.
O melhor do episódio foi o início, vendo Bear aparecendo mais como ator, interpretando bem o papel de cão doente, até fiquei preocupada. Mas os produtores criaram este artifício de sempre começar resolvendo um caso, emendando logo no próximo número. Talvez para criar este sentimento de que os crimes premeditados estão aumentando em New York, e se esta era a intenção eles conseguiram. Shaw resolve um, Reese resolve outro e logo começam a investigar um próximo número, sem descanso.
Sempre que um advogado aparece em Person of Interest ele não inspira muita confiança, e agora uma promotora não seria diferente, ainda mais sendo acusada de matar o marido. Não tinham como saber se era a vítima ou não, o caso estava bem elaborado e mesmo a experiente Carter se enganou. A falta de um número que fosse criminosos nos últimos episódios nos fez desconfiar mais ainda da Vanessa.
Apesar de um pouco previsível e até clichê a história da Vanessa e a esposa que finge matar o marido e é traída enquanto planejavam fugir com o dinheiro serviu para voltar com assunto que está sempre presente na série, o dilema moral sobre quem salvar, se é que merecem ser salvos.
Desde a Carter salvando Elias não tínhamos esse tipo de dilema. Não que nesse episódio tenha sido profundo e bem trabalhado como foi com Elias, mas é bom ver que enquanto justiceiros eles encontram estes problemas, nem tudo é preto no branco como a gente gostaria que fosse. Reese interpreta esse pensamento muito bem quando deixa o casal sozinho no barco, falando que ele está ali para salvar boas pessoas, mas que não sabe se algum deles merece ser salvo. A ganância do casal levou à esta loucura toda.
Infelizmente não tivemos nada sobre a Root, sobre Elias, sobre HR. Tinha imaginado que nesta temporada mesmo os episódios fillers iam ter alguma coisa mais substancial sobre eles, não só o novo parceiro da Carter ter visto ela com o Reese não adianta muito a história, não é mesmo?
Mas pudemos rir com a Shaw e o Fusco indo ao banco descobrir quem movimentou a conta do casal. A Shaw assusta tanto o Fusco que é engraçado. Person of Interest podia dar mais cenas para os dois.