Este episódio pode ser considerado um episódio de transição. A maioria dos personagens teve seu destaque e, desde o início da minissérie, foram muito bem caracterizados. As características e personalidades de cada um já nos estão bem claras, a ponto de podermos imaginar o que nos espera no último episódio.
Em 16 hours tivemos apenas dois pontos importantes na trama: o resgate do submarino chinês e o envolvimento entre Doug e Susan. O primeiro era bastante previsível, afinal eles não iriam começar uma 3ª Guerra Mundial faltando um episódio para o fim da série. E o segundo, não tão previsível, mas algo que eu já vinha percebendo de outras ocasiões. E eu gostei!
Anne é uma personagem que não me agrada muito. Claro que sua cena com Margaret, ambas drogadas e alcoolizadas, foi ótima. As duas tiveram uma dinâmica bem interessante e foram um dos pontos altos do episódio. Ainda assim, a relação entre Doug e Anne nunca me convenceu (o que pode se esperar de um pedido de casamento feito sob efeito de ecstasy?). Na minha opinião, Doug e Susan tem muito mais química e formam um casal, no mínimo, quente. A dinâmica entre os dois fluiu naturalmente e desde a primeira fala eu soube no que resultaria. Resta saber, agora que já temos uma boa base sobre os personagens, qual será o futuro desse triângulo. Sou totalmente team Susan e estou muito ansioso para ver como será esse desfecho.
Ansiedade essa que se estende a todas as demais tramas da minissérie. Neste episódio, Elaine teve bem menos destaque, focando-se bem mais nos personagens secundários, com exceção de T.J., que já teve seus próprios momentos de glória nos episódios anteriores.
Bud me surpreendeu e começa a ganhar minha simpatia, bem diferente do que ocorria no início da minissérie. O monólogo com T.J. foi até o momento uma das cenas mais emocionantes de Political Animals e o soco no vice-presidente foi, sem dúvida, comemorado por todos nós. Eu acredito na redenção desse personagem e inclusive numa possível volta com Elaine. Não é exatamente o que eu desejo, mas não ficaria de todo chateado. Acredito que o final de Elaine será solitário, mas ainda assim glorioso.
Agora, algo que vinha me preocupando e que até cheguei a comentar em uma das reviews, continua a me amedrontar, mas não mais com tamanha intensidade. A minissérie desde o início trouxe inúmeras tramas e todas muito interessantes, e eu sempre questionei se havia tempo para desenvolver tantas boas ideias. Eis que estamos a um episódio do fim e, apesar de ainda restar bastante coisa para ser resolvida, vejo que, mesmo com apenas cinco episódios, as estórias foram muito bem trabalhas e tem tudo para serem bem concluídas.
A bulimia de Anne é o plot mais deixado de lado desde o início e só voltou à tona agora. Acredito que (e aí entra muito mais a minha torcida do que qualquer outra coisa) Doug escolherá Susan, e vejo duas reações bem distintas de Anne em relação a isso: ou ela se fortalece e supera a bulimia, ou ela se entrega de vez. Acredito muito mais na primeira hipótese, porque me parece que Political Animals não tem o perfil de final triste. O mesmo vale para T.J.. Quando ele acordou no hospital e uma de suas primeiras manifestações foi “sinto muito”, eu criei esperanças de que seu futuro será longe do vício.
A grande incógnita da minissérie fica por conta de sua personagem principal. Com todas suas subtramas bem encaminhadas e parecendo ter desfechos previsíveis, mas ainda assim satisfatórios, a carreira política de Elaine Barrish continua sendo o grande ponto a ser desenvolvido no episódio final. Será que a Secretária de Estado irá mesmo concorrer à presidência? Desconfio que por algum motivo relacionado à família ela poderá acabar por desistir. Ou, numa visão mais óbvia, Elaine concorre e vence, já que não imagino que, se de fato ela irá concorrer, Political Animals terminaria com a democrata mais uma vez derrotada. E aí me faço mais uma pergunta: se Elaine vencer, a minissérie vai simplesmente encerrar sua trajetória sem mostrar o que mais seria interessante explorar? Afinal, aposto que eu não sou o único que adoraria ver uma série explorando a vida da primeira mulher presidente do país mais importante do mundo.
Estou ansioso, e sei que você também. Como já disse anteriormente, as chances de renovação são remotíssimas. Mesmo. Até agora, desde o início, nenhum rumor sequer indica que teremos uma nova temporada. Então, nos resta esperar por um desfecho satisfatório, tão bom quanto todos os episódios. Particularmente, tenho certeza que Political Animals fechará com chave de ouro de sua curta trajetória.
Deixe seu comentário e aproveite para palpitar sobre o final da minissérie.
